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Trish desistiu logo da caminhada na praia quando viu Jacob se aproximando com Embry.

Ela estava escolheu um péssimo momento para estar ali.

Sabia que ele não queria conversar, ouvir sua versão da história por ser orgulhoso demais, mas ela não tinha feito nada de errado.

Jacob poderia ao menos parar por um mísero minuto para ouvi-la, assim ele entenderia.

O Black se sentou no mesmo tronco de seus parceiros e passou a encarar o horizonte, sem olhá-la.

  — Vai lá falar com ela, cara. — sussurrou Embry.

— Não tem nada para falar, Embry. Combinamos em ser apenas amigos e eu não tenho nada que...

— Amigos também merecem uma segunda chance. — disse Embry.

Jacob parou para prestar atenção no que Embry estava dizendo.

Quando foi que seu amigo amadureceu tão depressa assim, sem que ele percebesse? 

  — Ela gosta dele.

— Quem disse? — questionou Embry. — Ela? Ele?

— Não precisava nenhum dos dois dizer. — murmurou Jacob.

— Eu não teria tanta certeza. — cochichou Embry, se levantando e indo na direção em que ela estava.

Jacob não estava interessado em saber o que o outro quileute faria, não resolveria absolutamente nada.

Se algum dia existiu um pingo de esperança, havia se decepado.

O Black ficou minutos demais encarando o agito das ondas, que sequer notou a aproximação Dela.

— Essa vai ser a última vez que você vai me ver por aqui. — a voz dela saiu mais embargada que o esperado.

O quileute deu de ombros.

Sua indiferença fez Trish morder os lábios e revirar os olhos.

— Será que consegue ao menos me olhar? — questionou-o.

Jacob se levantou e ficou frente à frente com ela, fazendo-a esquecer-se de como se fazia para respirar.

— O quê você quer?

— Eu só queria resolver as coisas entre a gente antes de ir embora. — ela respondeu.

Jacob pressionou os lábios e passou a encarar a praia deserta.

— Então é assim que resolve as coisas? — o mal-humor de Jacob era notável. — Indo embora?

— É assim que resolvo as coisas quando meu amigo decide me evitar por uma coisa boba.

— Coisa boba?! — inqueiriu ele. — Eu vi você beijando aquele cara, Green.

— Eu não beijei ele. — ela ponderou.

— Quando um não quer duas bocas não se beijam. — respondeu ele com descaso.

— Você inventou isso agora. — acusou Trish.

— Eu estou falando sério. — ditou Jacob.

— Eu também.

O sorriso que nasceu nos lábios da garota fez Jacob paralisar e lutar para que seu pulmão voltasse a trabalhar.

Ele cansado daquela postura hostil, acabou soltando um riso nasal.

— Me perdoa? — os olhos dela brilharam de expectativa, enquanto esperava sua resposta. — Eu nunca beijaria o Brandon. Pelo menos não sentindo essa coisa estranha que sinto quando você está por perto.

— Droga.

Os ombros de Jacob caíram, desfazendo sua postura de bravo.

Trish o abraçou.

Ele enterrou o nariz na curva de seu pescoço e suspirou.

— Custa não sorrir quando eu tiver bravo com você?

— Desculpe. — ela sussurrou.

Ele a soltou aos poucos e namorou seu rosto por alguns segundos, queria registrá-lo em sua mente — porque nunca saberia quando seria a última vez.

Trish sorriu e inclinou a cabeça de lado, Jacob estava com uma cara inusitada.

— Me diz o que rolou na festa. — ele pediu.

— Brandon estava chapado demais para enxergar um palmo diante de seu nariz. Resumindo, ele só queria fazer ciúmes na Nikki.

O quileute franziu o cenho, confuso.

— Na Nikki? Por quê?

— Ele gosta dela. — respondeu Trish, desfazendo sua nuvem de dúvida.

— E por quê ele não diz isso à ela, ao invés de ficar beijando a melhor amiga dela? — questionou Jacob, consternado.

— Ele não pensa com a cabeça de cima.

PERPÉTUA - JACOB BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora