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Green desceu as escadas saltando de dois em dois degraus, no último acabou se desequilibrando mas graças aos ótimos reflexos de Jacob foi ligeiramente salva.

— Melhor tomar cuidado, da próxima pode não haver alguém para segurá-la.

— Obrigada, bonitinho. — sorriu agradecida e deu duas batidinhas no ombro dele.

— Sem problemas. — disse ele, soltando-a. — A propósito, sou o Jacob.

— O Filho do Billy? — inqueiriu ela.

— Conhece meu pai? — postergou Jacob, receoso.

— E as suas irmãs também. Onde elas estão, talvez possamos...

— Elas estão no Havai. — respondeu Jacob, eliminando qualquer esperanças supridas pela garota.

— Que sorte a delas. — balbuciou Green, seguindo para a cozinha. — Você disse que se chamava Jacob, né?

— Sim. Sam disse que brincávamos de fazer torta de lama, não que eu me lembre.

— Que tragédia deveria ter sido. — resmungou a garota, contorcendo o nariz.

— Nem me fale. — concordou Jacob.

— Está com tempo? — ela perguntou, tomando o leite da geladeira direto da caixa. Se Emily visse aquilo, Jacob não queria nem pensar.  — Poderia me mostrar o que quer que possa ter de interessante aqui?

— Claro. Conheço um lugar que você pode gostar.

— Duvido muito, mas vamos lá. — propôs ela.

                              🍁🪦🍁

Green os encarou por alguns instantes, estudando as possibilidades daquele lugar, mesmo não enxergando muitas.

— Vocês não vão à festas? — perguntou.

— Ah, sim! — chiou Paul. — Se nos reunir em volta de uma fogueira e ouvir os velhos falarem de seus antepassados for considerado uma festa, então sim, nós vamos a uma. — zombou.

— Palhaçada isso. — resmungou a garota. — Aposto que não deve ser tão empolgante quanto as festas da capital. Estou falando de música alta estourando seus tímpanos, bebidas, ecstasy e...

— Você usa drogas?! — inqueriu Embry, alarmado.

— Bombadões como vocês não usam? — retrucou ela. — Esteróides e anabolizantes também podem ser prejudiciais ao corpo, bonitão.

— Tudo isso aqui é natural. — indagou o Lahote, passando a mão pelo abdômen nu. —Veio de fábrica.

— Benditos sejam os fabricantes. — brincou ela. — Quem é a morena rancorosa?

Quil, Jared, Embry e Paul seguiram seu olhar e viram que ela falava de Leah, que conversava algo com Jacob.

— Aquela é a Leah. — informou Quil. — Irmã do Seth.

— A bonitona que Sam passou para trás. — constatou Green.

— Nem começa com as piadinhas, o assunto é proibido por aqui. — disse Jared.

— É, Sam não gosta. — concordo Quil.

— Pensasse nisso antes de bancar o cretino sedutor. — rebateu ela.

— Vocês duas vão se dar bem. — disse Embry.

Green não conseguia parar de olhar na direção de Leah, tentando achar defeitos naquela mulher para Sam ter feito uma covardia sem tamanhos.

— Ela é bem diferente das garotas de Stanford, todas de lá formam um ciclo de estereótipos. — disse. — As garotas da cidade são todas... pecaminosas. — sibilou. — Sempre almejando em viver no limite, é tentador. Vocês nunca saíram daqui?

— Fala sério, o máximo que um de nós já foi, foi nos limites do Canadá. — disse Paul, desprovido.

— E ainda assim quis voltar?! — inqueiriu ela, consternada.

— Ele só estava fugindo, Paul. — corrigiu Embry.

Paul revirou os olhos e bufou.

— Do quê? — perguntou Green, curiosa.

— De uma garota que o trocou por alguém que considerava ser melhor. — respondeu Quil aos resmungos.

— Fala sério! — chiou Green, desgostosa. —
Deve ser uma baranga.

— Não é tão atraente assim. — disse Paul.

— Imagino que não seja. Mas e aí, algum de vocês têm namorada? — Green os olhou, esperançosa.

— Ah, o nosso garotão aqui tem uma. — vibrou Paul, massageando o ombro de Jared. — Fala pra ela, Jared.

— É, Jared. Me fala. — incentivou Green. — Qual é o nome dela?

— Kim.

— Diminuitivo de Kimberlly? — perguntou Green e o quileute assentiu. — E é o cômico romance água-com-açúcar?

Jared deu de ombros.

Ele não tinha a droga dessa concepção, "água com açúcar", ele sequer sabia o que essa merda queria dizer.

Essa garota era chata e insuportável que nem o Paul. Jared não estranharia se os dois se tornassem "amigos de infância".

— Isso é considerado adolescência jogada no lixo de onde venho. — argumentou Green.

— Ah, é? — indagou Jared, pronto para revidá-la. — De onde venho, é conhecido como... deixa pra lá.

PERPÉTUA - JACOB BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora