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— Cala a porra da boca, Brandon! — guinchou Trish, enquanto o empurrava na direção da escada.

— Uh! Tá legal. — zombou ele, fazendo chacota de sua cara, deixando-a ainda mais irritada. — O quê é? Por quê me chamou aqui tão cedo?

A garota cruzou os braços e encarou seu cinismo.

— Pra você reparar a merda que você fez.

— Que eu fiz? — inqueiriu ele, se fazendo de desentendido. — Do que você tá falando?

— Da porra do beijo! — bradou Trish. Aquela lembrança da noite anterior ainda a incomodava.

Brandon sorriu e pincelou seu nariz.

— Ah, qual foi, baby. Vai me dizer que foi tão ruim assim?

— Foi péssimo! — bradou. — Agora você vai subir lá e falar que tudo passou de um equívoco seu.

— Eu? Eu não vou a lugar nenhum. Você e esse cara nem namoram.

Brandon cruzou os braços e se sentou nos primeiros degraus da escada.

— Não começa, Brandon. Ou eu te parto a cara. — ela o ameaçou.

— Para que tanta violência? — zombou ele. — Tanto chilique por causa da droga de um selinho? Que cara manezão! — xiou, encarando o topo da escada.

— Cala a boca e anda depressa!

O loiro bufou e se levantou.

— Tô indo. Tô indo. Você me tirou da minha cama no meio da madrugada para vir dar satisfações a um zé ninguém... — resmungava enquanto subia a escada.

— Se abrir essa boca para falar asneira outra vez, juro que eu te...

— Tá, eu já entendi.

Trish o puxou pela camisa quando ele ameaçou dar meia volta e descer novamente a escada.

O garoto revirou os olhos e esperou ela abrir a porta do quarto.

Jacob estava de pé na sacada, encarando o céu.

— E aí, bravinho. — caçoou Brandon, evadindo o quarto.

Jacob sentiu seus músculos tensionarem assim que aquela maldita voz entrou em sua audição.

— O quê esse cara tá fazendo aqui? — empertigou-se.

Brandon sorriu e se apoiou nos ombros de Trish.

— Ela me chamou.

A garota empurrou Brandon de perto dela e andou na direção de Jacob, que estendeu a mão pedindo para ela ficar onde estava.

— Não é o que você está pensando, Jacob.

— Você não sabe o que estou pensado. — retrucou incapaz de olhá-la nos olhos.

— Eu não, sei mas seus olhos estão dizendo por você. — replicou ela.

O Black mordeu os lábios, enraivecido.

— É pedir muito para tirar esse cara daqui?

— Gata, melhor eu ir embora. — disse Brandon, indo na direção da porta.

— Não! — ela o interceptou antes mesmo de segurar a maçaneta. — Daqui você não sai, não até o Jacob ouvir o que você tem para falar sobre ontem.

Trish o encarou séria e Brandon apenas assentiu erguendo as mãos em rendição.

— Sobre o que eu vi?! — inqueiriu Jacob, rindo de incredulidade. — Não tem nada para falar.

— É isso aí. — chiou Brandon. — Contra fatos não há argumentos.

— Cala essa boca, Brandon! — irritou-se Trish.

— Cara, eu também não curto ficar muito tempo perto de homens, mas eu vou ser bem rápido. — sibilou Brando, sorrindo com perspicácia. — Você pode esperar lá fora, gata?

Trish analisou suas probabilidades e não gostou nenhum pouco delas.

— Eu não confio nem um pouco em você, Brandon.

— Relaxa, não vou fazer nada com o seu menininho. — ironizou.

Mas mal sabia ele que se tentasse algo contra Jacob, estaria ferrado — literalmente.

— Eu não vou ficar sozinho com esse cara. — Jacob resmungou.

— Eu vou estar aqui fora. — avisou Trish. — Nem tente bancar o engraçadinho, Brandon.

O loiro ergueu as mãos na defensiva.

— Longe de mim.

A garota saiu do quarto naquele momento, deixando-os a sós.

Jacob quis correr atrás dela, mas conteve-se em permanecer estático onde estava.

— Relaxa aí cara. — disse Brandon. — Você está todo tenso.

— Não estou tenso, estou me perguntando porque ainda não quebrei sua cara.

Brandon sorriu pelo sobreaviso do outro.

— Você ama aquela garota e não quer deformar essa carinha linda aqui. — zombou.

— Não me provoca.

— Beleza. Olha, eu nem sei porquê a Trish se importa tanto assim com você, na verdade, sim, eu sei.

Jacob cruzou os braços e o encarou.

— Eu não estou interessado em saber.

— Cara, ela te ama. — insistiu Brandon.

— Fala sério. — Jacob bufou.

— O quê? — o loiro riu, incrédulo. — Acha que ela quis aquele beijo? — perguntou retóricamente. — A Trish me deu um socão depois, que tá doendo até agora.

— Quer que eu tenha pena de você por isso?

— Não, cara. Eu tenho pena de você. — Jacob quis gargalhar na cara dele. Ele não estava pedindo para um otário ter pena dele. — Porque não enxerga o que ela tá sentindo. — continuou Brandon. — Você vai deixar mesmo essa garota escapar?

— Não se mete no que não é da sua conta. — rosnou.

— Pelo contrário, eu me meto. — replicou o loiro. — Tudo que diz respeito aquela garota, diz respeito a mim. Sempre que a quebravam, Nikki, Alex e eu éramos os únicos que juntavam os pedaços. Então, eu não vou permitir que você repita o mesmo erro que os outros.

Aquele cara estava falando merda demais para o gosto de Jacob, que sequer estava se lixando para ele e seus conselhos

— Você não sabe nada sobre mim.

— E nem você sobre mim. — replicou Brandon. — Por você não cai fora enquanto há tempo?

Cair fora? Se tinha alguém ali que deveria cair fora esse alguém era aquele idiota.

Jacob não o respondeu.

— Se gosta mesmo dela, deveria confiar nela e não fugir feito um covarde de merda. — ponderou Brandon, como se entendesse de alguma merda. — Eu acho que você não gosta tanto assim dela.

— Você não tem que achar nada.

— Não, eu não tenho. — disse o loiro. — E quem tem, não está fazendo por onde.

Essas malditas palavras fizeram o cérebro de Jacob funcionar numa capacidade absurda.











PERPÉTUA - JACOB BLACKOnde histórias criam vida. Descubra agora