Capítulo 3

2.2K 122 15
                                    

AXEL BEAUMONT

— Eu e Ian iremos a boate hoje, quer nos acompanhar? - pergunta Mia adentrando o meu escritório sem bater.

O que não é nenhuma novidade já que essa é a minha irmã.

— Hoje não dá, pequena. Tenho muito trabalho a fazer, mais papéis para assinar e algumas ligações pendentes. - falo sem olha-la continuando a assinar alguns contratos.

Mia deixa escapar um barulho estrangulado de seus lábios e começa a andar de um lado para o outro, fazendo barulhos sair de seus saltos altos finíssimos.

— Que droga, Axel! Estamos trabalhando sem parar à semanas. Sem uma pausa se quer e isso está me deixando maluca. - Mia fala, passando as mãos pelos seus longos cabelos ondulados, bufando frustrada.

— Mia, você tem que entender; eu não posso deixar coisas importantes a serem feitas para ir me divertir. - Solto a caneta em cima do papel e levanto o meu olhar para a mesma.

— Axel, só uma noite não irá matar... - ela para de falar e me olha, crispando os lábios — Talvez, mas só hoje. O tempo todo que ficamos em Nova York você não deixou nem por um minuto de trabalhar. Você precisa relaxar, meu irmão. A Mansão estará segura, os seguranças posicionados em cada canto e ninguém saberá que nós saimos. E também, podemos levar alguns seguranças que confiamos as nossas vidas. E Carter, claro. - termina dando uma volta na mesa colocando suas mãos em meus ombros, começando a massagear.

Passo as mãos pelo meu rosto e bufo, me levantando da cadeira e afastando suas mãos recém colocadas do meu ombro.

— Droga Mia, por que você tinha que ser tão insistente? - pergunto um pouco irritado e saio do escritório com a minha irmã atrás de mim. - Irei trancar o escritório, espere um minuto.

Coloco a palma da minha mão sobre o sensor trancando a porta imediatamente e me viro, andando na frente da minha irmã.

— Porque eu puxei a você. - fala simples de modo doce e passa por mim.

— Tenho pena do seu marido por ter que aguentar você o tempo todo. - a provoco com um riso maldoso e ela para, ainda de costas para mim, e vira sua cabeça me olhando de cima do ombro.

— Meu amor, meu marido me aguenta sem reclamar e ainda me agradece de joelhos por me ter. - fala piscando para mim e retorna a andar.

Franzo o cenho tentando entender o que ela quis dizer até a informação cair em minha cabeça como um raio e faço uma careta.

Que nojo!

(...)

Chegamos na boate e já nos direcionamos a caminho do nosso espaço particular no qual ninguém além de nós, os Donos da boate, podem se quer colocar seus pés.

— Vão querer o que para beber? - pergunto acionando o botão para fazer os nossos pedidos.

— Eu vou querer um Amarula. - fala Mia com o rosto pressionado no pescoço do marido que está com suas mãos em volta da cintura da mesma.

— Um Gin. - Fala Ian.

Alguns minutos se passam quando um homem forte, alto com apenas uma cueca preta e de lacinho no pescoço, vem nos atender e repasso os pedidos.

Olho para o casal em minha frente e noto que eles praticamente devoram o cara com o olhar e balanço minha cabeça em negação.

São tão parecidos que me pergunto se de vez serem marido e mulher, não são irmãos.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora