Capítulo 60

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ATENA

Assim que entro no quarto, a primeira coisa que noto são as luzes com baixa iluminação, me fazendo estranhar.

Será que Axel não veio para cá? Achei que tinha deixado bem claro.

Chateada por não ter meu amor aqui comigo, pego meu celular para mandar mensagem para ele, mas paro assim que ouço um barulho vir de dentro do banheiro.

— Aí, porra. - ouço um grunhido baixo e um baralho de água sendo derramada logo em seguida.

Em passos lentos, caminho até lá, silenciosa.

Assim que chego na porta do banheiro, dou um sorriso carinhoso com o que vejo.

Axel, apenas de calça moletom de dormir, molhada, tentando acender algumas velas que estavam espalhadas pelo banheiro.

Há também várias flores dentro da banheira, que exalam um perfume ótimo de Óleo de essências e baunilha.

— Amor? - o chamo baixinho, encostada no batente da porta.

Axel rapidamente desvia seu olhar do que estava fazendo para mim. Seu olhar doce.

Ando em passos curtos até ele, o abraçando e pondo minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração.

— Fez isso para mim? - ele levanta sua mão, fazendo carinho em meus cabelos.

— Fiz. - ele diz, simples. — Você passou por fortes emoções hoje à noite. Quero que você relaxe.

Suas palavras nada expressam além de carinho e doçura, fazendo com que eu sorria por simplesmente namorar o homem mais perfeito que existe no mundo.

Depois de Atlas Corrigan, claro.

Desculpe, amor.

Com cuidado, ele se afasta do meu corpo, levantando meu vestido devagar. Seus olhos presos nos meus.

— Você ficou ótima nesse vestido, mas adoraria ver você sem ele. - suas palavras me fazem rir, minha bochechas ficando rubras.

— Nem sendo carinhoso você deixa de ser safado, não é mesmo? - pergunto, o olhando. Ele me olha dando de ombros.

— É o meu jeitinho. Você vai ter que atura-lo pelo resto de nossas vidas juntos. - assim que ele termina de pronunciar, paro seus movimentos, segurando seu braço.

— Quer passar a vida comigo? - pergunto, surpresa. Axel me olha confuso.

— Óbvio que eu quero passar minha vida com você, Atena. - ele resmunga, revirando os olhos. — Que pergunta...

Rio de sua carranca, como se minha pergunta fosse uma completa sonseira.

Levanto meus braços novamente para que ele possa terminar de tirar meu vestido, e assim ele o faz.

— Amor...- o chamo, manhosa.

Axel levanta seu olhar para mim novamente, após tirar meu vestido e estar com as mãos na fechadura do meu sutiã.

— Oi, Neném.

— Você me ama? - pergunta, o olhando.

Sei que sim, mas por algum motivo, sinto-me bastante sentimental. Meus olhos se enchem de lágrimas e mordo meus lábios, desviando meu olhar envergonhada.

— Te amei dês do primeiro momento em que eu botei os olhos em você, dentro daquela boate. - seu sussurro no pé do meu ouvido me faz olha-lo, surpresa.

Ignoro os pelos de meu corpo que se arrepiaram.

— Mas não nos encontramos dentro da boate, amor. Você deve ter se esquecido. - digo, chateada por ele não ter lembrado. — Nos conhecemos...

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora