Capítulo 34

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AXEL

Fico olhando a cena que se desenrola em minha frente com tranquilidade.

Sempre soube que mamãe nunca foi com a cara de Ângela por algo que aconteceu no passado dela e de papai, só não sabia o real motivo.

Mamãe nunca quis a aproximação dela com nenhum de nós, e também, não fazíamos questão já que suas palavras rudes quando éramos crianças direcionadas a nós, não eram das mais apreciadas por duas crianças.

— Você se acha, não é mesmo Davina? - pergunta Ângela, sua voz soando com nojo.

Mamãe a olha com um sorriso debochado e cínico.

— Eu não me acho. Eu sou. - fala, bebendo um pouco do seu suco.

Papai, que está com sua face enterrada no pescoço de mamãe, ri baixinho. Seu corpo vibrando.

Ângela olha a cena deles dois juntos com ódio, o que me deixa bastante intrigado.

— Saia daqui, Ângela. Não é bem vinda nessa mesa. — Meu tio diz, com calma.

— Mas eu sou da família! - ela rala, nervosa. Ouço um risonho baixinho ao meu lado e levo meus olhos para lá.

Atena não esconde o quanto a cena em sua frente a está divertido. Minha tia leva os olhos até ela.

— Do que você está rindo, garota insolente! - tenciono meu corpo, não gostando da maneira da qual ela se dirige a minha menina e, aparentemente, meus irmãos e meus pais também não, já que agora todos encaram Ângela, sérios.

— De você. - diz Atena, tranquila bebendo um pouco do seu suco de melancia. — Da cena ridícula que uma mulher da sua idade está proporcionando. Se você não está vendo, estávamos bem felizes com a comemoração que estamos fazendo. Mas você chegou e, de vez sentar quieta e tomar a porra do seu café, quer arrumar confusão. - fala, seus olhos frios analisando minha tia.

— E quem você acha que é para falar assim comigo? - Ângela exige, ficando vermelha.

— Aparentemente uma pessoa que tem mais educação do que você. - responde, calma.

— Sua menina insolente!

Ângela começa a andar a passos rápidos em direção a Atena que se mantém calma comendo um pedaço de seu pão de queijo, enquanto olha minha Tia.

Levanto rapidamente assim como minha família para impedir Ângela de fazer qualquer coisa, mas ela para assim que ouve as próximas palavras que saíram da boca de Atena.

— Se você encostar um dedo em mim, perde o braço todo. - ela murmura calma, sem se dirigir o olhar para Ângela, passando geleia de morango em um pão.

— E quem faria isso? Você? - debocha Ângela.

— CHEGA ÂNGELA! - grita papai, sério. — Você já fez seu show o bastante para um só dia! - Ângela o olha, estagnada no lugar, seus olhos arregalados.

Mamãe olha a cena em sua frente sem emoção e posso notar sua mão se soltando ao poucos da de meu pai, que mesmo sem a olhar, não deixa que termine seu ato, apertando mais sua mão.

— Vá para casa, Angel. Sabe que não é bem vinda aqui. Meu convite não foi direcionado a você e sim a Dominick e suas filhas. - mamãe murmura, calma.

Minha tia a olha por um tempo e engole em seco.

— Você deveria ter morrido naquela cama de hospital. - murmura Ângela para mamãe, a olhando com amargura antes de finalmente sair.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora