Capítulo 72

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NYX

Existem momentos da nossa vida que simplesmente nos ensinam mesmo que na marra –, que devemos saber quando algo está errado.

Eu aprendi, depois de milhares de surras que levei quando adolescente pelos erros que cometi, que não posso deixar nada passar debaixo dos meus olhos ou haverá consequências.

Hoje mais cedo, depois de fazer a minha pesquisa sobre a vida de Rily e Allie, eu decidi acompanhar os homens de Davina e ir na caçada atrás deles, mesmo tendo uma sensação estranha  cada vez que pensava em me afastar dos meus irmãos.

Esse foi meu erro.

Nunca ignore sensações sejam elas quais forem. Você pode estar cometendo o grande erro da sua vida.

Falei para mim mesma que meus irmãos seguiriam o aviso de sua mãe e não sairiam do hotel, mas a ironia é; meus irmãos não podiam sair, mas quem me garantia que os outros não poderiam entrar?

— É aqui. — diz um dos homens parando em frente a um prédio luxuoso.

Balanço a cabeça e saio do carro sendo seguida por outros 4 caras. Outros dois Dodge's pretos estacionam logo em seguida atrás de nós e mais outros caras descem.

— Como sabem que é aqui? — pergunto, observando ao redor.

— Um dos nossos homens rastreou  celular da Srta. Allie Manson. — explica o cara que dirigiu o carro que me trouxe até aqui.

— Coloque alguns homens para de posicionar ao redor do prédio caso algum deles saiam. — peço já andando para dentro.

Alguns seguranças me seguem e tento relaxar, respirando fundo.

Espero que isso acabe logo!

— Boa tarde. — digo impaciente para o porteiro que estava com uma revista em mãos. — Gostaria de saber qual andar e número do apartamento de Allie Manson.

— Quem são vocês? — o homem pergunta desconfiado, dirigindo seu olhar de mim para os armários logo atrás. Quase rio quando presto atenção em suas orelhas, mas me seguro e tento me manter séria.

— Uns... amigos da Srta. Allie — explico. — Só queremos bater um papinho com ela. Sem pretensão nenhuma, claro.

— Eu preciso ligar para avisar da sua presença e se ela permite que você suba, Srta.

O velho, ainda desconfiado, estende a mão para pegar o telefone mas me antecipo, o pegando primeiro.

— Acho que não, hein... —digo baixinho, ameaçadoramente.

— Se vocês não saírem daqui agora, não terei outra escolha senão chamar a policia. — ele ameaça.

Dou uma risadinha com a sua ousadia e estendo minha mão para meu coudre preso em minha cintura, retirando devagar a minha bebê e segurando ela a frente do meu corpo, deixando a mostra para que ele possa ver.

— Acho que não teria tempo de chamar a policia antes de eu estourar seus miolos aqui mesmo, Sr...— olho para o seu crachá e sorrio, revirando os olhos. — Ewerton Ferreira? Que nome brega. Não precisa nem zoar essas suas orelhas de Dumbo, um nome feio que nem esse já é motivo o suficiente para ser zoado.

— Você me respeite! — ele se levanta apontando o dedo no meu rosto, sua face já vermelha de raiva.

Levanto minha arma em direção a sua testa e ergo uma sobrancelha. Ouço leves risadas dos rapazes atrás de mim.

— Fale agora o andar e o número. — mando já de paciência cheia.

— 5° andar, número 79. — diz rapidamente, engolindo em seco.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora