Passado - Parte 2

609 64 3
                                    

ATENA

(TARDE DA PARTIDA DOS BEAUMONT - 3 MESES ATRÁS)

ATENA

Deixo meu carro no estacionamento e encosto minha cabeça no voltante, me sentindo exausta.

E com saudade do meu grandão.

Sim, eu sei que ele partiu não tem nem ao menos 24 horas, mas eu já estou com saudade. Ele passou tão pouco tempo comigo...

Suspirando chateada, desligo o carro e abro a porta do mesmo, me retirando dali. Vejo três seguranças na entrada do estacionamento e aceno para eles antes de entrar dentro de casa.

- Adam, cheguei! - aviso, colocando minha bolsa na mesa do hall de entrada.

- Cozinha, raposinha. - ouço a sua voz ecoar.

Assim que começo a caminhar em direção para lá, sinto meu celular vibrar em meu bolso e sorrio pensando ser de Axel. Porém, assim que olho para o indentificador de chamadas, franzo o cenho vendo um número desconhecido.

Atendo, sentindo meu corpo ficar tenso.

- Atena Belinni falando. - digo, começando a bater minhas unhas na mesinha onde estava minha bolsa.

- Oi, minha cerejinha. - diz a voz doce do outro lado da linha.

Arregalo meus olhos e paro de batucar com os meus dedos, agora sentindo minhas mãos tremerem e minha respiração falhar.

- Titia Aury? - sussurro a pergunta, sentindo a minha voz tensa.

- Sentiu saudade, menininha? - ela pergunta com carinho.

Sinto minha garganta formar uma bola que chega a doer. Meus olhos se enchem de lágrimas enquanto caminho calmamente até a sala, me sentando no sofá.

- Cerejinha? Ainda está aí? - ela me chama, sua voz confusa do outro lado da linha.

- Estou. - respondo curta. Minha voz rouca.

- Deus, eu senti tantas saudades! Estava louca para ligar para vocês, mas aconteceram uns emprevistos que acabaram me impedindo. - ela solta um suspiro.

- Estava com saudades também, tia. Faz quase um ano. Eu e Adam estávamos morrendo de preocupação. - murmuro, fechando meus olhos e pousando minha mão em minha testa.

- Vocês não...- ela murmura baixo.

- Sabemos o que temos que fazer quando a senhora fica fora de comunicação, tia. Não se preocupe. - respondo calma. Ela faz um som aliviado.

- Tudo bem. - ela diz suavemente. Sua voz doce dês que eramos crianças.

Passo meu dedo indicador pelo nariz, ainda de olhos fechados me preparando.

Quando tia Aurora liga, é porque algo extremamente importante aconteceu. Em todo caso, ela costuma vir diretamente até nós onde quer que estivermos para dar qualquer recado. E ela nunca avisa sobre suas visitas.

- Tem algo estranho acontecendo no orfanato, Attie. - ela diz calmamente.

Abro os olhos depressa, me endireitando no sofá.

- Como é?

- Hackearam o sistema de câmeras do orfanato. - Arregalo os olhos.

- Como fizeram isso? - pergunto passando as mãos pelos cabelos. - Coloquei o melhor sistema de proteção contra Hackers assim que sai de lá exatamente para ninguém conseguir ter acessos as imagens antigas e recentes do orfanato.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora