Capítulo 78

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30 MINUTOS ANTES

ADAM

— Por que não podemos simplesmente... Invadir? — Repete Axel, ansioso.

Deve ser porque ainda não chegarmos aí, buceta! — resmunga Nyx do outro lado da linha, já sem paciência. — Vocês estão em pouquíssima quantidade, cabeção! Se você quer entrar lá e arriscar a sua vida, pode...

— Uma porra que você vai! — repreende nossa mãe com nervosismo. — Axel, eu sei que você quer pegar a nossa garota de volta, meu amor. Eu te entendo. Mas se você não se acalmar, esse resgate pode dar completamente errado!

— Vão demorar muito para chegarem? — pergunta ele, passando as mãos pelo cabelo.

Não julgo de maneira nenhuma o nervosismo dele. Posso parecer calmo por dentro, mas só eu sei o quanto eu quero entrar dentro daquele lugar e pegar minha irmã.

Meus pés estão inquietos e minhas mãos soam de tanto nervosismo.

— Vou dar uma volta. — digo para Axel que desvia a atenção do celular para me olhar.

— Pode ser perigoso — aceno com um suspiro cansado.

— Não posso ficar nessa droga de carro nenhum minuto a mais. Estou me sentindo claustrofóbico.

Axel me olha por um tempo e então assente, enfiando a mão na parte de trás do cós da sua calça, pegando de lá uma arma e me entregando.

— Pegue e a leve com você. Tome cuidado, okay?! Qualquer sinal de perigo, recue! Você vai estar sozinho para enfrentar muitos caras caso algo aconteça.

— Tudo bem. — digo com um sorriso nervoso, saindo carro.

Olho para os lados e começo a caminhar em direção ao matagal que dá caminho para o que parece ser um hospício abandonado, tomando cuidado para não ser avistado.

Dou a volta na cabana e seguro a arma com força em minhas mãos enquanto tento achar alguma forma de me enfiar dentro da do local sem ser pego.

— Porra! — rosto baixo quando tropeço em algo em meio a tanto mato e quase perca o equilíbrio.

Respiro fundo e continuo andando, finalmente dando a volta no lugar e me esgueirando para perto da parede vendo às várias janelas sujas do lugar.

Tento empurrar uma para ver se está destravada mais bufo frustrado ao ver que não. Nego com a cabeça e vou para a próxima alguns centímetros mais para frente e, novamente, vejo que a janela se encontra trancada.

— O que você está tentando fazer ai? - pergunta uma voz atrás de mim, fazendo com que eu pule de susto e rapidamente mire a arma destravada sua direção.

Axel ergue uma sobrancelha enquanto olha para a arma com cara de bunda, como se realmente não estivesse preocupado que eu poderia ter atirado nele alguns poucos segundos atrás.

— Porra, cara, não faz isso não! — resmungo soltando uma grande lufada de ar.

— Vou ter que pedir para sua irmã te ensinar a segurar uma arma. — diz ele, olhando para minha mão erguida enquanto analisa a posição que ela se encontra.

— Esquece. — digo rapidamente negando com a cabeça. — Odeio armas. — confesso para ele, me virando para dar mais uma olhada pelo local.

— Então? Encontrou algo que possa nos colocar lá dentro? — pergunta quando começamos a caminhar, atentos enquanto observamos nossa volta.

— Nada. Todas as janelas desse lado estão trancadas pelo que eu pude perceber. — grinho com raiva.

— Droga! — ele resmunga.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora