Capítulo 51

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AXEL

— E quando passeamos pelo museu subaquático? Puta que pariu, eu amei! - Atena exclama empolgada, dando pulinhos como uma criança.

Ficamos o dia todo passeando pela cidade conhecendo todos os pontos turísticos. Até Atena ter a brilhante ideia de ir em um museu em baixo d'água e me arrastou junto. Nao posso dizer que não foi legal; porque foi. Mas na verdade, eu nem estava prestando muita atenção. Meu olhar não saída de Atena. Seu sorriso e alegria por apenas estar em um lugar simples fazem meu coração transbordar de amor.

Eu a amo.

Sempre pensei que iria demorar séculos para encontrar a mulher que fizesse meu coração acelerar apenas por sorrir para mim. Sonhava em ter uma família e amar a minha mulher como vejo o amor nos olhos dos meus pais. Mas acho que o que eu sinto por Tena é muito mais intenso.

— Você não gostou? - ela pergunta parando em minha frente. Desperto-me.

Só agora notei que eu já não estava escutando mais o que minha princesa estava falando, distraído.

— O que? - pergunto confuso. Atena suspira, chateada.

— Eu estou falando de mais, não é mesmo? Desculpe, fiquei tão animada com a ideia do museu de baixo da água e em mostrar para Hera isso, que nem ao menos ouvi sua opinião sobre ou se curtia a ideia. - fala baixo.

Com um suspiro, me batendo mentalmente por tê-la deixado assim, ando em passos curtos em sua direção e beijo sua testa com carinho.

— Amor, eu adorei. - digo sincero. Ela me olha desconfiada. — De verdade.

— Então por que estava com uma cara estranha e seus olhos vagos? Não está gostando do passeio?

— Eu estou adorando. E estando com você, não tem uma coisa que eu não goste. - murmuro, dando um selinho em seus lábios. Atena assente.

— Vamos voltar para o Hotel? Estou louca para pedir uma grande pizza de pepperoni com bastante, bastante queijo. - Atena diz suspirando com vontade. — E aí a gente pode maratonar a série que eu estou vendo.

Rio quando a mesma passa a língua nos lábios e me inclino roubando um beijo dela, chupando sua língua a fazendo gemer baixinho.

— E uma de 4 queijos também. - digo, pegando sua mão.

Mas antes que possamos dar um passo para acenar para um taxi, sinto meu celular vibrar em meu bolso. Assim que o pego, vejo o nome de papai na tela. Franzo o cenho e atendo rapidamente.

— Oi, pai. O que foi? - pergunto.

— Está com Atena? - ele pergunta direto, sua voz transbordando ansiedade.

— Sim, ela está aqui. Estavamos...-ele me interrompe.

— Iremos conversar com eles hoje. - ele diz por fim, me fazendo calar a boca.

Arregalo meus olhos e olho para uma Atena de cenho franzido com o seu celular em mãos. Meu coração começa a acelerar com a possibilidade, por mais que nunca iria deixar ela nem cogitar essa ideia e concretiza-la, ela querer me deixar por conta disso.

Porra!

— Tem que ser hoje? - pergunto baixinho, praguejando internamente. Ele suspira do outro lado da linha.

— Temos provas o suficiente que são eles. Não queremos mais esperar, Axel. Já foram 23 anos em extrema agonia. - mordo meus lábios, concordando.

Por um momento meu olhar desvia para minha filha em meu braço, sua cabeça deitada em meu ombro quietinha olhando a movimentação da rua com curiosidade.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora