Capítulo 12

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- Vamos trocar? - pergunto para Adam assim que vejo uma expressão cansada em seu rosto.

Em meio as conversas banais de coisas bobas, Axel acabou cochilando e não o quis acordar, então deixei ele lá no quarto, colocando a babá eletrônica no berço de Hera, caso precisasse.

Adam assente com a cabeça e penso que ele apenas irá se levantar e ir descansar, mas para minha surpresa, meu irmão passa para o acento do Copiloto.

- Não vai ir descansar? Nós ainda temos 5 horas pela frente. - murmuro, me colocando em seu antigo lugar.

- Quero conversar. - murmura baixinho.

- Sou toda ouvidos, meu bem. - lhe respondo.

- Se lembra da conversa que a gente teve sobre... Hum... As pessoas que eu fiquei e que não consegui parar de pensar por dias? - pergunta, exitante.

- Claro que lembro. Até brinquei que você poderia ter se apaixonado pela foda fenomenal que teve... - digo, divertida.

Porém, ao olhar para cara de Adam, vejo que o mesmo está tenso e automaticamente vejo que tem algo de errado nessa conversa.

- Adam, você...

- Não! Meu Deus, foi só uma transa. - explode, exasperado.

- Então o que foi? - pergunto, suavemente. Ele continua calado. - Adam, pode desabafar, meu bem. Sabe que eu nunca julgaria você.

Ele respira fundo.

- Eles estão aqui. - Franzo o cenho mais confusa ainda e ele me olha.

- Aqui? - ele acena. - Aqui tipo; AQUI dentro do avião? - arregalo os olhos quando ele assente depois de uma revirada de olhos. - Como...

- Eles são nossos convidados, baby.

Arregalo os olhos e me lembro de Axel.

- Aliás, como você conheceu aquele cara que você me enviou para dar o recado? Que grande Deus Grego, hein - fala como se tivesse lido meus pensamentos, assobiando baixo.

Resmungo e bufo, revirando os olhos para o mesmo.

- É ele, Adam. - falo baixo, fixando meus olhos em frente.

Pelo canto do olho, noto meu irmão me olhar confuso, como se estivesse pesando em algo, e então, seus olhos de arregalam exatamente igual os meus, a momentos atrás.

- O da boate? - pergunta, perplexo.

- Sim.

- Puta que pariu! Que buceta do caralho, eu não acredito. - diz, quase gritando.

- O que foi?

- Eles são irmãos.

Engasgo com a a minha saliva, incrédula.

- Foda-se! Como nós conseguimos pegar dois irmãos em uma noite estando separados? Qual a probabilidade disso ser real? - respondo, assustada.

- Muita? - pergunta, duvidoso de sua própria resposta - E agora, como vai ser? - pergunta mais para si do que realmente para mim, em um sussurro.

- Eu não sei, baby. Provavelmente, assim que o avião pousar, nós nem iremos os ver mais. - digo, tensionado o meu maxilar com o pensamento.

- Sim, claro... - diz por fim, forçando um sorriso.

Dou um leve sorriso para o mesmo.

Isso vai ficar mais confuso ainda!

(...)

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora