Capítulo 44

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ATENA

Olho séria para o homem em minha frente e cruzo meus braços, entrando de modo rápido na frente do corpo de Thom.

Axel ainda mantém a arma apontada para o homem atrás de mim.

— Abaixa essa arma agora, Axel. - murmuro com firmeza. Ele me lança um olhar rápido.

— Saia de perto dele, amor. - ele replica, me fazendo soltar um suspiro.

— Abaixa essa arma agora. - repito, lhe lançando um olhar mortal. Atrás de mim Thom se mantém calado, mas posso senti-lo tremer.

— Cara, abaixa essa arma por favor. - ele súplica. Sua voz choramingando.

Axel o olha sínico.

— Eu saio de perto dela, okay? - fala, dando uns passos para trás. — Desculpa, florzinha, mas ele está com uma arma. UMA ARMA! - ele resmunga saindo às pressas.

Passo as mãos em meus cabelos e fecho meus olhos quando sinto pontadas fortes em minhas costas e em minha cabeça.

— Amor...- ergo minha mão o fazendo parar de falar antes mesmo de que complete sua frase.

— Me chame pelo meu nome. - falo ríspida. — Você sabe qual é.

— Amor, por favor! Vamos conversar...- nego com a cabeça, sentindo ela girar.

Droga.

Viro-me de costas pretendendo ir embora mas rapidamente Axel caminha em minha direção, puxando minha mão.

— Neném...- sua voz sai baixa, mas desesperada. — Eu posso explicar.

Me viro para ele. Meu olhar gélido.

— O que nós somos um do outro, Axel? - posso ver que minha pergunta inesperada o pegou de surpresa.

Ele fica alguns segundos em silêncio e sorrio, triste.

— Exatamente; Nada. Você não me deve explicações porque nem ao menos namoramos. - falo começando a me irritar, puxando meu pulso de seu braço com brutalidade. — E também não pode espantar os caras que estão perto de mim! - - não percebo que estou falando alto até apontar o dedo em direção ao local onde Thomaz foi.

— Mas você e Hera são minhas! Ele queria roubar vocês de mim! - ele fala indignado.

Solto uma risada incrédula.

— Somos suas? - pergunto sínica. — Não, meu bem. Somos apenas as garotas que você abandonou por três meses sem dar notícias! Sabe o que eu passei esse tempo todo? Os meus pensamentos sobre o que poderia sequer ter acontecido com você? - pergunto, frustada.

— Eu não queria...- ele bufa passando as mãos pelos fios de cabelo nervosamente. — Tem algo que quero contar para você. O motivo de eu ter me afastado...- o interrompo.

— Eu estava decidida a parar de te ligar, sabia? - ele fica em silêncio, me observando. — Depois das duas primeiras semanas, mesmo doendo, eu decidi por não te procurar mais. Mas então Hera ficou doente. - vejo seus olhos se arregalarem e ele ficar pálido. — Ela estava com febre emocional e não parava de chamar por você. Vomitava, não comia e passava horas chamando o "titio Axel". - vejo lágrimas escorregarem por sua face. — Eu deixei o meu orgulho de lado e liguei. Você não atendeu. Os seus irmãos e pais me evitaram. Me sugeitei a humilhação de ir até a casa de seus pais apenas para... Para implorar que você falasse com ela, mas eles não estavam. - minha voz falha.

Ele soluça.

— Depois de algum tempo, finalmente ela ficou bem e já não perguntava tanto por você. Ela foi...

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora