Capítulo 57

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ADAM

Após todos terminarem suas refeições, o garçom serve mais uma taça de vinho para cada. Atena pede uma taça de sorvete, já que ela não gosta de beber.

— Eu e Davina queríamos... Conversar com vocês sobre algo. Algo muito importante para nós. - Owen fala, sua voz soando tensa.

É agora.

Sinto minhas mãos tremerem e minha respiração querer sair do ritmo normal, mas eu não permito.

— Mas primeiro, quero começar contando uma história para vocês, tudo bem? - assentimos, todos em silêncio. — Vocês sabem o motivo do Baile que eu fiz há alguns meses atrás? - assentimos, calados. — Davina estava grávida de gêmeos. Estávamos tão felizes, tão felizes...- ele para, sorrio triste. — Quando os bebês ainda tinham 3 meses, adotados Mia e Axel, e foi aí que nossa felicidade foi as alturas!

— Pensávamos que nossa vida finalmente ia ser tranquila, sabe? - Davina faz a pergunta retórica. — Axel e Mia não desgrudavam da minha barriga, me lembro. Somos reis, mas vivíamos uma vida de contos de fadas de verdade! - ela diz dando uma risadinha. — Até aquele noite...

DAVINA ABRAHAMSEN

[23 Anos Atrás]

— Owen, acho que minha bolsa estourou! - digo baixo, passando as mãos de leve nas costas do meu marido.

Não quero deixa-lo nervoso, pois senão, eu ficarei nervosa. Por enquanto, ainda não estou sentindo dor e quero permanecer assim até que não dê como evitar.

— Amanhã de manhã eu compro outra, minha vida. - ele resmunga sonolento, ainda de olhos fechados.

Boto a mão sobre a boca para esconder a risadinha e suspiro, botando as pernas para fora da cama e saindo da mesma.

Já em pé, pego o celular sobre o criado mudo e envio uma mensagem para os seguranças se aprontarem que estamos a caminho do hospital pois os bebês já vão nascer e mando outra para os avós e irmão de Owen, dizendo a mesma coisa.

Recebo de volta a confirmação de todos logo em seguida.

Caminho pelo quarto silenciosamente e vou até o closet pegando uma calça e uma blusa moletom preta de Owen, pegando também a mala dos bebês e voltando para o quarto, colocando em cima da poltrona que tinha lá até finalmente me encaminhar para o banheiro.

Assim que chego lá, retiro a camisa do meu marido de meu corpo, a qual era a única peça que estava vestindo e ligo a água quente, me colocando debaixo.

Me esfrego com calma, quando sinto uma pequena contração e respiro fundo.

Começaram.

Termino meu banho, visto minha roupa não vendo necessidade de roupas íntimas e penteio meus cabelos, os amarrando em um coque alto desponjado.

Me encolho quando mais uma contração, um pouquinho mais forte dessa vez, vem.

Saio do banheiro e vejo que meu marido ainda continua dormindo, me fazendo revirar os olhos.

— Aí, aí, - gemo alto, em fingimento. — Os bebês, Owen! Os bebês estão nascendo. — grito para meu marido, que se assusta e pula da cama, caindo de cara no chão. Prendo a risada que quer sair.

— Oh meu Deus! As coisas, tem que pegas as coisas! Vou ligar para os seguranças, cadê meu celular? - ele murmura desnorteado, começando a correr pelo quarto. — Tenho que ligar para o vovô e para a vovó virem ficar com as crianças.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora