Capítulo 73

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Acordo sentindo minha cabeça doer e meus olhos arderem. Remexo minhas mãos, mas elas estão presas e minha boca tampada com algo que parece uma fita adesiva.

Abrindo os meus olhos, os fecho rapidamente assim que a luz do sol bate diretamente neles. Minha cabeça lateja.

Tento os abrir mais uma vez e quando os consigo mantê-los abertos, olho ao redor.

Estou em um quarto todo sujo com um cheiro horrível de mofo. O colchão abaixo de mim é tão fino que parece que estou tendo contato direto com o chão. O quarto ao menos tem uma janela e a porta é de ferro, não deixando ver nada do lado de fora.

Com um gemido de dor pelos meus membros doloridos, tento me forçar a sentar no colchão. Me espanco mentalmente por me deixar ser sequestrada tão facilmente.

Qual é, Belinni?! Anos de treinamento para só uma pancadazinha te derrubar? Que vergonha.

Balançando a cabeça com desgosto de mim mesmo, sinto quando uma vertigem de tontura me ronda, fazendo-me parar com o meu ato rapidamente.

Mais que porra...

Ouço um barulho de trinco se abrindo e após alguns segundos, o grandão filho de uma puta que me espancou e me sequestrou, entra no quarto com a maior cara lavada.

- Vamos, o chefe quer te ver. - fala ele rispidamente, caminhando em minha direção e puxando meu braço com força do lugar para me fazer levantar.

Estreito meu olhar para ele grunhindo em revolta e o analiso, pensando em algo que faz com que meu coração exploda de satisfação por dentro.

Axel. Com toda certeza o meu bebê vai adorar cortar as mãos dele por ter me tocado e me machucado, e eu vou adorar ver isso. E ainda vou incrementar.

Começo a me contorcer em suas mãos e tento chutar ele, mas as suas unhas afundam e minha carne fazendo-me querer choramingar, mas não o faço. Não darei esse gostinho de fazer escândalo.

- Eu vou te matar, filho da puta. - tento falar por trás da fita, olhando para ele com raiva.

O cara me olha divertido e debochado e depois me ignora, revirando os olhos.

Sem falar mais nada, ele me arrasta consigo pelo local. Passamos por um corredor com paredes brancas descascadas e o chão molhado. O cheiro daqui é horrível e me faz querer vomitar.

Observo que passamos por portas abertas que aparentemente o interior se parece com o quarto onde eu estava, me deixando um pouco confusa.

Paramos em frente a um elevador e entramos. Acabo me retezando quanto mais me sinto desconfortável por estar em um lugar ainda menor com um cara que facilmente poderia me machucar e que tem o dobro do meu tamanho.

Ele começa a fazer alguns sons de cantoria com a boca, fazendo-me olha-lo como se adagas fossem voar de meus olhos e perfurar sua garganta de uma maneira que seria maravilhosa de se ver.

Assim que o elevador para, ele me puxa por um corredor escuro onde vários fios elétricos estão despencando de algum lugar do teto e onde tem uma luz piscante no fim do corredor. Ficaria com medo desse lugar se não estivesse tão puta por estar aqui.

Escuto vozes abafadas que vão se tornando cada vez mais claras assim que nos aproximamos cada da luz. Não consigo reconhecer todas, mas sei que uma delas é do buceta que eu vou ter o prazer de esfolar e estripar de todas as maneiras possíveis.

Entramos em uma sala clara e rapidamente movimento meu olhar ao redor, vendo que aqui é tão decaído e horrível quanto os outros lugares que acabei de passar.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora