Capítulo 32

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ATENA

Em silêncio, subimos as escadas passando pelo extenso corredor.

Axel ainda está com sua mão presa firmemente a minha, como se, de alguma forma, eu quisesse me afastar.  

Quase rio com esse pensamento.

Paramos em frente a uma porta e o homem grande ao meu lado se vira para mim, seu lábio franzido.

— Hera está dormindo aqui. - ele murmura, abrindo a porta devagar.

Assinto, entrando em silêncio dentro do quarto vendo-o escuro, apenas com a luz da lua o iluminado. Me surpreendo quando, ao olhar em direção para onde minha filha está dormindo, ver um berço preto com decoração de lua e estrelas, me fazendo sorrir, confusa.

Olho para Axel.

— Como...? - aponto para o berço, sorrindo.

— Assim que vocês confirmaram a vinda de vocês para o baile, mamãe pediu para trazerem um berço para caso Hera dormisse. - fala e o olho, incrédula.

— Sua mãe é muito...

— Enficiente? - ele completa, erguendo a sombrancelha.

—...Maluca. - falo, sorrindo.

Axel balança a cabeça dando uma risadinha. Ando a passos lentos até Hera e dou-lhe um beijo em sua testa, orando para que os Deuses a protegessem de todo mal e que nenhum pesadelo venha atrapalhar seu sono.

Com isso, me fasto de seu berço. Observo que Axel está olhando a cena com um brilho nos olhos, como se a visão o tivesse agradado.

Ele me lança um olhar penetrante e anda em direção a Hera, dando um beijo em sua testa também, sussurrando palavras doces e carinhosas e ajeitando o pequeno cobertor macio em seu corpo e também a pequena renda em cima de sua cabeça para protegê-la,  saindo de perto dela em seguida.

Olho a cena um pouco emocionada quanto ao cuidado dele para com minha filha.

Axel é um homem bom. Gentil e também me faz tão bem com seu jeito de ser, que ao lado dele me sinto com uma rainha, pois é assim que ele me trata.

Quando Ângela tentou, sem motivos, me atacar com o seu comentário desnecessário, óbvio que fiquei um pouco desconcentrada, mas não demonstrei. Não por ciúmes, é claro. Mas porque Axel é um príncipe nos dois sentidos da palavra e, por mais que eu tenha extrema consciência da minha beleza, Lia Foster é o sinônimo de beleza. Axel simplesmente poderia ficar com qualquer mulher do mundo, pois todas caem ao seus pés e ele apenas precisaria escolher a mais perfeita.

Porque me escolheria?

Se nem meus pais, quando tiveram a chance me escolheram, porque agora eu seria a escolha de alguém?

— Ei, está tudo bem? Ficou séria de repente? - o homem ao meu lado me desperta, fazendo-me sair do meu momento de melancolia.

— Sim, claro! - falo rapidamente, assentindo. — Apenas lembrando de algumas...coisas.

Axel me olha desconfiado por instantes e assente, me puxando para fora do quarto, fechando a porta com cuidado e então, virando rosto para mim, estreitando seus olhos e cruzando os braços.

— Sobre o que estava pensando? - pergunta, desconfiado.

— Nada de mais, Axel. - falo, revirando os olhos.

Ele me observa por um tempo até finalmente suspirar.

— É sobre o que aquela megera falou lá em baixo? Por que, olha, eu e Lia nunca tivemos nada de mais, ok? Somos apenas colegas de...- Ele não termina sua frase, se interrompendo e limpa a garganta com uma expressão envergonhada.

O Homem De Las VegasOnde histórias criam vida. Descubra agora