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- O que eles vieram fazer aqui? - Ethan virava em minha direção, apontando para trás com o polegar esquerdo.

- Hideki estava com alguns projetos de próteses robóticas muito ambiciosas, ao ponto de que a empresa que o financiava não queria por a mão no fogo por ele! Sorento ficou sabendo disso e o ajudou, e o resultado foi extremamente positivo! Como eu praticamente fui a primeira das suas cobaias, Hideki quis que eu conhecesse o homem que o ajudou!

- Vocês mencionaram um contrato, não?

- Sorento passou a investir em negócios mais próximos a ele! Primeiro foi de um restaurante de um tal de Keigo e uma Tatsuki, e agora foi Hideki, e por causa da sua proximidade com Sorento, ele pensou que poderia conseguir algo assim para o nosso restaurante! Eu confesso que me surpreendi quando Sorento ofertou um bom dinheiro, pedindo apenas trinta por cento dos lucros! - Eu balançava o resto do licor em meu copo, antes de virá-lo em minha boca, enquanto Erina lembrava de algo que veio em sua mente.

- Você disse Tatsuki? Tem uma mulher com esse nome que abriu um restaurante na cidade em que moro!

- Sorento mencionou algo assim também! Cidade do sudeste, não é? - A garota acenou positivamente com a cabeça, respondendo a minha pergunta. De repente, senti que havia mais alguém no cômodo. Alguém que estava escondido nas sombras, ou até mesmo algo além disso. - Vocês... O que vão fazer hoje? - Os jovens se entreolharam, não sabendo responder a pergunta, com exceção de Erina.

- Vou ver se alguém nessa cidade tem alguma informação sobre o meu pai! Ele disse que ia trabalhar em um local recém descoberto entre essa cidade e a cidade do leste! Caso eu não encontre nada aqui, eu vou para a outra cidade!

- Sozinha? - Minashigo perguntava, obviamente preocupado.

- Eu agradeço toda a ajuda que você me deu por todo o caminho, Minashigo, mas você veio pelo seu amigo e eu já estava disposta a começar essa busca sozinha! Não quero que se sinta obrigado a tomar uma responsabilidade que não é sua!

- Não é você mesma que me falava para não carregar o peso do mundo nas costas? Pois agora é a minha vez de te dizer isso! Sem falar que quanto mais gente ajudando, mais rápido essa busca termina! Não é, Ethan? - Com o olhar vidrado em Erina, meu filho aparentava ser tirado de um transe quando seu nome foi chamado pelo amigo. Ouvindo a pergunta, ele virou em minha direção, esperando a minha resposta.

- Pode ir, Ethan! Você já é grande o bastante pra não ficar grudado nas pernas do seu pai! - Ouvindo a minha resposta, Ethan suspirou, fechando os olhos e os abrindo quase que no mesmo instante.

- Certo! Eu ajudo! - Os dois jovens pareciam ficar empolgados com a resposta de Ethan, e sem querer perder tempo, Erina saía do escritório.

- Posso usar o banheiro pra trocar de roupa?

- A vontade! - Erina sorriu em agradecimento, e saiu do cômodo, e Minashigo foi atrás, ao contrário de Ethan que ficou na porta, até me encarar. - O que foi?

- Tudo bem mesmo eu sair? E o senhor? - Em outra ocasião, aquilo poderia ser uma preocupação em excesso, mas naquele momento, eu sabia que o meu filho apenas queria o melhor para mim. Eu levantei de onde estava, indo até Ethan, e o abracei com o braço esquerdo, e ele não não fez nenhuma resistência sobre isso.

- Pode ir, filho! Eu vou estar aqui quando você voltar!

- Obrigado, pai!

- A propósito, o que era aquele olhar de agora pouco? - Surpreso e confuso, Ethan saiu de meu abraço.

- Como assim?

- Não venha querer enganar cachorro velho! Eu vi o jeito que você estava olhando pra Erina!

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