𝐢. 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐓𝐎𝐑𝐌. ! ༉ 𝗳𝘁𝘄𝘀

047.

- Isso aqui é incrível - Ully disse admirada, observando tudo à sua volta.

A fada e Sky haviam ido até o lugar onde o especialista passou toda sua infância, ao lado de Silva. Era uma casa distante, com a natureza rodeando todo o lugar.

A grama era ainda mais verde do que a de cabelos escuros estava acostumada ver em Alfea. O ar puro preenchia os pulmões da garota, que sentia como se todas suas energias pudessem ser renovadas apenas por estar respirando.

Era simplesmente lindo.

- Então foi aqui que um mini Sky correu e brincou? - Ully olhou de relance para o namorado. - Ah, deve ter sido tão fofo!

- Na verdade, não brinquei muito quando criança - respondeu o loiro, dando de ombros.

A fada da mente colocou uma mãos sobre o peito, a expressão voltada à uma indignação propositalmente exagerada. Sky riu, sentindo Ully usar a mão livre para agarrar à sua.

- Então temos que mudar isso - decidiu ela, puxando o especialista para correr pela grama baixa, sentindo o vento soprar em seus rostos.

A corrida parou de forma súbita, assim que a fada avistou de longe vários cavalos andando por ali, calmos e absortos à qualquer coisa em sua volta.

- Ah, meu Deus! - Ully sorriu, animada. - São tão lindos. São selvagens?

- Vem cá - Sky continuou de mãos dadas com a garota, andando um pouco à sua frente, para que ela o seguisse devagar.

Logo o casal já estava próximo aos animais. Ficaram frente à frente com um cavalo branco, que permaneceu quieto diante a aproximação dos jovens.

Ully ficava cada vez mais encantada por cada detalhe daquele lugar.

- São nossos - anunciou o loiro, sentindo o coração pular ao ver o sorriso sincero que imediatamente se formou no rosto da garota. - Quer dar uma volta?

Os olhos da fada brilharam.

- Sério!? - perguntou, mesmo sabendo que a resposta era sim. - Claro! Quero muito.

Ully sentia-se em um conto de fadas. O que era super clichê, considerando o fato de que ela era literalmente uma fada. Mas, não havia forma melhor de descrever aquele momento em que estava vivendo.

O casal passou um bom tempo andando à cavalo, com a fada da mente aproveitando cada minuto de tudo.

E, pela primeira vez em muito tempo, Sky sentiu-se inteiramente em paz.

•••

Sentada no chão, com a cabeça apoiada no ombro de Sky, Ully ria de alguma piada ruim. Após se cansarem, o casal decidiu apenas sentar e olhar a paisagem, aproveitando a companhia um do outro, como costumavam fazer.

- Acho melhor irmos - o loiro disse. - Já está ficando tarde.

- Hum... - Ully respondeu. - Ainda preciso ir até a casa, pegar o livro.

O especialista suspirou.

- Verdade - concordou, um pouco desanimado. Então, esticou uma chave para a garota, que não demorou ao pegá-la. Ully sabia que ele não iria entrar com ela e não queria forçá-lo a nada.

- Vocês vão resolver isso, Sky - a fada sorriu fraco, referindo-se a ele e Silva. - São família. E, como diz o Riven, eu sempre sei de tudo - continuou, arrancando uma risada do loiro. - Sei que vão ficar bem.

E então ela se virou, seguindo seu caminho até a casa.

•••

Não foi difícil achar um livro, com o título "Um estudo de língua antiga", distribuído entre outros na estante organizada de Silva.

Ao achá-lo, Ully logo avisou as amigas. E, aproveitando que já estava ali, resolveu dar uma olhada no restante da casa.

Não era muito grande, mas exalava aconchego. A fada passou por uma das portas, andando lentamente pelo cômodo que - obviamente - havia sido o quarto de Sky.

Medalhas e objetos aleatórios estavam distribuídos pelo ambiente, com uma única foto em cima da escrivaninha. A garota andou até ela, pegando o porta-retrato nas mãos.

Era Andreas segurando um Sky bebê nos braços.

- É um santuário - a voz do especialista soou de repente, fazendo com que Ully soltasse a foto e se virasse. - O Silva me deu cada peça. Cada peça do meu intocável pai herói e... era tudo mentira.

Ully apenas ficou em silêncio. A garota sempre deixou claro que estava lá por Sky, para que ele pudesse desabafar, compartilhar a dor que sentia. Mas, era raro ele realmente fazer algo assim.

- Quer que Alfea volte a ser como era antes? Pra mim, isso nunca vai rolar. Não dá pra esquecer o que eu sei.

A fada da mente assentiu, sentando-se na cama encaixada no meio do quarto. Sky imitou o gesto, caminhando até estar ao lado da namorada.

- Sei que não é fácil pra você - começou ela. - Seu pai, Silva... Só que não é nenhum deles que define quem você é, Sky - a de cabelos escuros colocou sua mão sobre a do garoto, que ouvia tudo de cabeça baixa. - Não é porque Andreas é um cara péssimo, que você também vai ser um. O que você faz que te define. Define quem você é.

- E quem eu sou? - o loiro questionou, a curiosidade se misturando com a angústia que sentia. Ully podia ver o quão quebrado ele estava e isso a deixava tão machucada quanto.

- Você é gentil - respondeu, seus olhos escuros mergulhando nos claros do especialista. - Você é honesto. E vive se torturando por dentro, para ser forte por fora. Coloca todo mundo à frente e tem um dos maiores corações que já conheci - com sua outra mão, Ully tocou o rosto de Sky. - Eu conheço você... conheço de verdade.

O garoto não esperou que mais nada fosse dito, apenas se aproximou o suficiente para tomar os lábios da fada. Ele não sentia que merecia alguém tão bom quanto Ully em sua vida. Mas, sabia que nunca estaria disposto a vê-la ir embora.

E, toda vez que a beijava, era como se fosse a primeira vez.

Era sempre tão bom quanto.
Tão especial quanto.

Ully passou um de seus braços envolta do pescoço de Sky, que usou uma das mãos para segurar em seu rosto, enquanto com à outra, abaixava as alças da blusa de mangas que a garota vestia.

A fada da mente logo fez o mesmo, usando seus dedos para subir a barra da camiseta do garoto, que se afastou por alguns instantes, ajudando-a à retirar a peça.

Com um leve empurrão, o especialista fez com que Ully se deita-se na cama. A de cabelos escuros jogou a cabeça para trás, sentindo o loiro beijar com cuidado a pele nua de seu pescoço.

Era um sentimento diferente que a preenchia. Todo o mundo ao seu redor pareceu finalmente desaparecer e todos os problemas que os cercavam, evaporaram.

- Quer mesmo isso? - o loiro perguntou, a voz rouca enquanto ainda distribuía beijos pelo corpo da namorada.

Ully apenas gemeu em resposta, fechando os olhos e aproveitando a sensação.

••••••

   má? sou um pouquinho só! KKKKKK
para os que esperavam hot, sinto muito.
mas, já havia respondido alguém, em algum momento, dizendo que não planejava escrever
nada que fosse explícito.

   de toda forma, vocês já sabem o que rolou, né?
KKKKKKK af. enfim, espero que isso não seja um
problema e nem que atrapalhe a experiência de
vocês. é isso, beijão!