VINTE E CINCO

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Milena

Eu simplesmente não sei mais o que fazer.

A gente tá na festa da Dhiovanna que já tá rolando a algumas horas e eu não aguento mais inventar desculpa pra quem vem me oferecer bebida.

Só que pessoas bêbadas, no caso a metade delas, são chatas e insistentes, ou seja, mesmo negando várias vezes eles não param de me oferecer bebida alcoólica.

É tanta tentação, sério, a Dhio apareceu querendo me dar um shot de uma bebida que tava em uma garrafa rosa, o pior de tudo é que o líquido é da mesma cor da embalagem, o que me deixou com muita vontade de beber.

Cheguei até salivar mas resisti a tentação.

Já o Gabriel tá bebendo por nós dois, eu já falei que não vou cuidar de bêbado algum porque minha paciência não tá sendo uma das melhores.

Bebo a minha água quase chorando de tristeza porque nem refrigerante eu tô me sentindo confortável pra beber já que pode fazer mal ao bebê.

- Vamo dançar- o Gabriel aparece com uma bandana preta amarrada no pescoço e um óculos.

O que rolou?

O tema da festa é anos 2000 e posso dizer que a metade das pessoas não entraram no tema.

- Não quero me mexer muito pra não enjoar- digo puxando ele pela bandana e deixando um selinho em seus lábios.

O Gabriel coloca a mão na minha cintura e da um aperto de leve. O choque da mão meio gelada dele contra a minha pele quente faz meu corpo arrepiar.

- Você tá muito gata- diz e eu tiro o óculos dele pra ver melhor seus olhos- minha gata- da ênfase no "minha"

Porra, pronome possessivo no meio de uma frase me deixa toda coisada.

- Você também tá um gatinho- arranho seu braço e ele beija meu pescoço, fazendo eu jogar a cabeça um pouquinho pro lado, dando mais liberdade pra ele.

Ele da um gole na bebida que certamente deve ser whisky e passa a língua pelos lábios, ainda me encarando.

Puxo ele pra um beijo e sinto o gosto da bebida, o que me faz aprofundar mais ainda o beijo.

Ele sorri e mordo meu lábio, se afastando logo em seguida.

- Saquei qual é a sua- diz- esperta- desce a mão pela minha bunda.

- Eu queria tanto beber.

- Quando podia você não bebia.

- Só que agora que não posso, eu quero- dou de ombros.

- É sempre assim, quando eu tava afim de transar tu me ignorava.

- Tá me evitando só de pirraça?

- Sabe que não.

- Você prefere bater punheta do que transar comigo, sua mão vai cair.

Ele abre a boca surpreso e eu dou risada.

𝗖𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹•• 𝟮° 𝘁𝗲𝗺𝗽.Onde histórias criam vida. Descubra agora