TRINTA E NOVE

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Gabi

Péssima ideia ter vindo pra essa boate. Péssima ideia!

A gente deveria ter assistido o jogo e depois ter ido pra um restaurante tranquilo. Mas não... Viemos pra uma boate, que também é restaurante, onde o Gustavo certamente não poderia entrar se a gente não tivesse dado uma grana pro segurança deixar ele passar numa boa sem pedir documento.

Sinto que tô cometendo um crime deixando um menor de idade fazer isso, mas a vida é dele, que se lasque.

Coloco um pedaço de carne na boca assim que uma mulher com o peito praticamente de fora para em frente a mesa, trazendo um balde com bebida.

Dois dos jogadores do jogo de hoje estão aqui também com a gente.

Olho pra Milena que tá olhando pra mim como se estivesse na espera de um pequeno deslize pra voar em cima de mim. Talvez ela esteja mesmo.

- Falta de educação vir assim, né?- digo e ela ri- que foi?

- Pode olhar, cara, não faz mal.

- Eu não vou olhar.

- Eu não vou brigar com você por causa disso.

- Você só tá falando isso pra ver se eu olho.

- Não tô não.

- Eu te conheço, gata.

Graças ao bom Deus a mulher sai e eu enfim posso olhar pra qualquer canto. Na verdade não porque no andar de cima tem várias mulheres dançando.

Pego meu celular.

Melhor ficar olhando pra um tela do que arriscar minha vida encarando um par de peitos que não seja da minha mulher.

De repente vários caras sem camisa aparecem no salão e ficam passando pelas mesas, algumas mulheres até aproveitam pra passar a mão na barriga deles.

Que não venham pra cá.
Que não venham pra cá.

Eles tão vindo pra cá.

Um filho de uma puta fica bem do lado da Milena e começa a se mexer feito uma minhoca sendo eletrocutada perto dela.

Jura que tá sendo sensual. Rodinei dançando no trio foi bem melhor.

Ela olha.

Puta merda! Ela olha pra barriga dele.

Desvio o olhar pra não surtar e a situação do Gustavo tá bem mais complicada já que a Dhiovanna passa a mão na barriga do cara.

Abro o Google tradutor no meu celular e pesquiso como fala "sai fora" em inglês"

- Get away- falo bem alto pro cara escutar, ele me encara, depois olha pra Milena que ja não tá mais olhando pra ele e sai.

Eu tô muito puto.

Que inferno! Deveria ter ido embora.

- Get away?- a Milena ri- pesquisou no Google tradutor, né?

- Zero papo contigo.

Sabe a mão dela que tava na mesa? Escorrega e puff, vem parar na minha coxa.

- Não brinca com fogo- susurro.

- Você sabe que eu gosto de me queimar- fala antes de me dar um selinho.

A danada sobe a mão e do nada aperta meu pau, o aperto faz ele ganhar vida e pulsar.

Caralho...

Um toque. Apenas um toque dela me causa tudo isso, tem noção?

- Relaxa, gato- beija meu pescoço.

𝗖𝗹𝗼𝘀𝗲 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱𝘀•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹•• 𝟮° 𝘁𝗲𝗺𝗽.Onde histórias criam vida. Descubra agora