𖤍 Capítulo (057)

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Subtítulo: Agora, somos inimigos

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Subtítulo: Agora, somos inimigos

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Chamei o Inari em minha casa, pois queria conversar com ele. Decidi que vou liberar pequenas partes do que aconteceu no nosso futuro. Só que não vou falar do Takemichi para ele. Basicamente, irei esconder os poderes do Hanagaki, e iniciar uma conversa, como se fosse apenas uma teoria minha.

Já que eu não quero expor muito o Takemichi. Fora que o Inari não iria acreditar em mim, ele não acredita em nada que não vê em livros. Seria um caso perdido começar à contar sobre alguém pode voltar no tempo, pois ele diria que eu estou ficando doida.

--- Que porra...Vou contar isso pra pessoa que enlouqueceu no futuro...Isso não faz sentido nenhum.

--- Deu pra ficar falando sozinha agora? - Viro para trás, e vejo o Inari - Misericórdia...Que trabalho satânico é esse...

--- Isso se chama pintura Inari - Ele se aproxima e, eu pinto o nariz dele, com a tinta preta.

--- Eu sei sua tonta - O garoto limpa o nariz recém sujo - Mas você só começa à pintar, quando tá pilhada de ideia maluca. Tá planejando matar quem dessa vez?

--- No momento ninguém...Quem sabe, eu possa mudar de ideia, conforme os dias passem - Volto à minha atenção ao quadro - Por enquanto, não vamos pensar nisso, porque eu preciso falar uma coisa séria contigo. E também quero um favor seu migo.

--- Tenho é medo desses favores..Mas diga aí - Ele se senta na beira da minha cama.

--- Primeiro, eu tô pensando que essa briga contra à Tenjiku possa ser prejudicial pra nós. Temos que ficar atentos Inari, pois o Madarame faz parte dessa gangue...Você sabe muito bem oque ele fez pro Raven no passado, isso não vai dar certo.

--- Agora que você falou, realmente isso não vai funcionar...Vamos fazer o Raven não comparecer no dia da luta?

--- Não, acho que tá na hora dele construir a vingança dele, e acabar com o Shion - Soltei uma risada, e o Inari me olhou incrédulo - Mas, o Raven não tá preparado pra fazer isso sozinho.

--- Tô começando a te entende, você quer que eu dê apoio à ele?

--- Não - O garoto me mostra um semblante confuso - O Kento vai fazer isso - Recebo outro olhar de indignação do Inari - Calma moleque, segue o raciocínio dos meus neurônios, que no final da tudo certo.

--- Mano...Eu só quero ver no que vai dar...Mas vou logo adiantando, confio muito nesse raciocínio não.

--- Outra coisa, eu quero que você consiga algo para mim - Molhei o meu pincel na água, e borrei algumas partes do quadro - Inari, você ainda tem o contato daquele  seu amigo? Que tem uma loja de armas?

--- Kaori...Oque você quer com uma arma mulher...Toma um remédio, e vai dormir que é melhor, amanhã é outro dia minha linda.

--- É só uma garantia Inari, não vou fazer nada demais - O garoto me encara de forma desconfiada - Vai conseguir uma arma pra mim? Ou eu vou ter que arrumar uma por conta própria?

--- ...Eu vou ver oque consigo fazer por você - Vejo ele suspirar - Mas pelo amor de todos os santos que existem, não faz nenhuma besteira!

--- Terminei! - Guardo meu pincel - Uma linda paisagem não é mesmo?

--- Kaori, isso é um cemitério?...

--- Eita Inari, eu vou ter que ir agora - Deixei meus matérias de pintura, em cima da mesinha do meu quarto - Tenho um compromisso, mas se você quiser ficar, fica à vontade.

O mesmo me diz que vai embora, então me despeço dele. Assim que eu saio de casa, um vento frio percorre todo meu corpo, me causando calafrios. Voltei para dentro, e peguei uma casaco para ficar agasalhada.

{...}

Eu estava deitada na cama do Kakucho, esperando ele voltar da academia. Passou-se algumas horas, e o garoto estava de volta. Quando ele me viu, nem se assutou, pois já estava acostumado com minhas visitas repentinas.

Então na hora que nossos olhares se encontraram, ele mostrou um largo sorriso para mim, e veio me abraçar. Porém eu recusei seu abraço, ficando em pé, ao lado da janela, enquanto ele me encarava, sem entender o motivo da minha reação inesperada.

--- Kaori? Porque vo...

--- Kakucho, eu não vou me fazer de cega - Corto ele - Eu simplesmente não posso ignorar o fato, de que você é da Yokohama Tenjiku, e que agora, você é meu inimigo - O sorriso que tinha no rosto dele, já não existe mais - Por isso eu vim aqui, para cortar qualquer tipo de ligação que eu tenho contigo.

--- Kaori, isso... - Ele tenta se aproximar, porém eu seguro os ombros dele, fazendo ele ficar parado - Eu me apeguei à você, eu amo você!...Não quero que uma briga de gangue, fique no nosso caminho!...

--- Esse amor foi construído por você  - Empurro ele - Destrua ele, e me enxergue como sua inimiga - Ele tenta dizer algo - Kakucho, desde o começo nunca fomos namorados, você que criou expectativas sobre isso. Eu te avisei para não se apegar à mim, mas no final, você foi um idiota, porque se apaixonou por mim.

Quando eu tentei sair do quarto, senti às mãos do mais alto rodearam a minha cintura, enquanto seu rosto estava afundado na curvatura do meus pescoço. Assim que eu ia empurrá-lo, senti as lágrimas deles escorrerem pela minha pele, me fazendo ficar imóvel.

--- Kaori...Não me diga que depois de tanto tempo que estamos juntos. Depois de tantos momentos vividos, depois de tantas trocas de carícias, enquanto observamos às estrelas. Você não conseguiu sentir nenhum tipo de sentimento por mim? Não me diga que não me ama, pois eu sei que não é verdade...

--- ....Me perdoe por te decepcionar Kakucho - Dou uma leve cotovelada na barriga dele, fazendo ele me soltar - Eu não te amo.

Me retirei de seu quarto, indo até a sala onde estava a Eclipse, alfaguei os pelos da gata, pois possivelmente, essa seria à última vez que eu iria vê-la. Mas fico feliz em saber que ela estará em boas mãos, e que será bem cuidada.

--- Não me use para preencher seu vazio! Pra depois você vim aqui me abandonar, Kaori!! - Assim que eu ouvi isso, me apressei para ir embora o mais rápido possível.

Eu não queria chorar, porque quebrar esse nosso laço, era a melhor escolha para nós dois, porém algumas lágrimas decidiram sair por conta própria. Isso doeu muito mais em mim, do que nele, e oque mais dói, é saber que eu nunca vou conseguir enxergá-lo como meu inimigo.

~Continua~

𝙰 𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃ã 𝙳𝙰 𝟼° 𝙳𝙸𝚅𝙸𝚂ã𝙾 - Tokyo Revengers Onde histórias criam vida. Descubra agora