𖤍 Capítulo (067)

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Subtítulo: Jeitinho brasileiro

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Subtítulo: Jeitinho brasileiro

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Passou-se algumas semanas desde que eu estava no reformatório, aprendi a me adaptar neste lugar mais rápido do que eu achei que seria. Acho que isso foi fácil, por conta que eu não estou sozinha, tenho o Pah-Chin para me fazer companhia nas horas vagas.

Porém ainda está sendo meio difícil, já que aqui tem regras. Não feitas pelos guardas, mas sim pelos presidiários. E eu aprendi que aqui não pode demonstrar fraqueza, se não você é esquartejado.

Os presos daqui são bem barra pesada, a maioria foi condenado por assassinato. Só que nenhum dos que eu conheço tem autoridade por aqui, apenas se acham por serem capangas do chefão daqui. Ainda não conheço esse cara, e o Pah já me disse para manter distância desse cidadão desconhecido.

Mas eu não tô interessada em saber, ou me envolver nessa linha de poder, desse hospício para surtados. Desejo viver aqui como se eu fosse um fantasma, para não acabar em mais problemas.

Terminei de arrumar alguns dos meus mangas, já que trouxeram basicamente minha estante de livros para cá, e eu ainda tava tentando colocar todos em ordem. Só que, se eu não me engano, já era o horário de todos irem para o pátio, para descontrair, ou arrumar uma briga.

Não costumo ir para lá, mas bateu uma vontade de atormentar o Pah-Chin, e ele sempre vai para lá treinar com alguns colegas dele. Então coloquei um casaco, já que aparentemente estava frio lá fora, e também calço umas pantufas de patinho.

Se o Mitsuya me visse agora, com toda certeza iria me processar por estar agredindo a moda....

Assim que eu cheguei no pátio, vi o Pah-Chin sendo intimidado por alguns garotos. E um cara de porte bem alto, e musculoso, estava atrás de todos eles, encarando aquela cena com um grande sorriso no rosto.

--- Caralho, eu não posso viver em paz mesmo! - Fui caminhando até eles, e fiquei ao lado do Pah - Pah-Chin, oque tá acontecendo aqui? - Ele me explica brevemente, que aqueles moleques queriam a área de treinamento do Pah para eles - Perguntinha rápida, por acaso tá escrito o nome de vocês nesse lugar? Porque pelo oque eu saiba, o pátio não tem dono, ou proprietário algum.

--- Se a gente tá falando que esse lugar aqui é nosso agora, vocês dois tem que sumir da nossa frente. A não ser que queiram arrumar problemas com o nosso chefe, e serem chutados daqui!

--- ...Enfia o dedo do cu e cheira! - O Pah tenta me controlar - Deixa que eu resolvo! - Olhei para cada um dos que estavam presentes naquele ambiente - Cadê o chefe da trupe de palhaços? Vou resolver esse assunto com ele, porque daqui o Pah não vai sair!

--- Ah qual foi? Estamos brigando feito crianças gente - O cara de porte alto vem até mim - Se você quiser resolver esse assunto comigo, terá que brigar por esse território, com um dos meus melhores homens.

Então aquela montanha, era o tal cara que comandava aqueles delinquentes. Esse folgado de merda, usa a sua força para intimidar o pessoal daqui. Todos devem temer ele por conta do porte físico avassalador que ele possuí.

--- Kaori, deixa isso quieto - O Pah segura meu braço - Não vale apena brigar por algo tão fútil.

--- Eu já te disse - Me soltei dele - Eu vou resolver isso...Cadê seu homem mais forte? - Um outro moleque vem até mim, e eu comecei a rir dele - Se esse daí é o seu melhor subordinado, nem quero ver o pior então.

O moleque acabou ficando irritado, e tentou vir para cima de mim, mas eu desviei do golpe dele, colocando meu pé na sua frente, fazendo o mesmo acabar tropeçando.

--- Cuidado com os buracos meu nobre - A essa altura, uma multidão de delinquentes se reuniu à nossa volta, para ver a tal briga.

Desta vez ele tentou chutar minha barriga, mas eu desviei novamente daquele ataque fraco. E quando ele voltou para me bater, fui mais rápida que ele, acertando um soco em seu estômago, fazendo ele se encolher.

--- Era para você ter desistido, antes mesmo de começar - Chutei às costas dele, o fazendo gemer de dor - Essa área pertence oficialmente ao Pah-Chin. O marmanjo que dizer o contrário, vai ter que se resolver comigo!

Todos aqueles que estavam presentes prestaram devida atenção em mim, até mesmo a montanha humana, que era denominado como líder deles. Apenas ignorei todos que estavam ali presentes, e me retirei do local junto com o Pah.

--- Tá doida pra se meter em mais confusão, né Kaori?! - Ele balança a cabeça em negação.

--- Eu não tenho culpa tá? Tô tentando me esconder de confusão, o problema é que ela sempre acaba me encontrando.

{...}

Pela manhã no refeitório, todos aqueles presidiários ficaram me encarando, como se eu fosse um ser de outro mundo. E tudo começou a ficar mais estranho, quando aquele gigante de aproximou da minha mesa, e se sentou ao meu lado.

--- Ei - Ele me chama, mas fingi que não o escutei - Garota, tô falando com você! - Olhei para ele, e o vejo sorrir - Você é a menina que bateu no meu capanga ontem, não é mesmo?

--- Sou a única menina desse reformatório, você é cego, ou só se faz de tonto? - Ele começa a rir.

--- Gostei de você, qual é o seu nome? - Não o respondo - Eu me chamo Terano South, e vim do Brasil - Continuei comendo, enquanto o ignorava - Vamos, se apresente também garotinha.

--- Mano, oque diabos você quer comigo?! Tá querendo um acerto de contas? Porque se for isso, eu taco essa bandeja na sua cara, e a gente se resolve na hora!

--- Relaxa aí, já disse que te achei daora - Ele começa a brincar com os guardanapos - Sabe, eu preciso de alguém como você, uma pessoa com atitude e ousadia. Todos daqui não tem essa pegada, porém você tem oque eu procuro. Como se fosse um jeitinho brasileiro, que eu estou procurando em alguém.

---- Foda-se? - Voltei minha atenção à minha comida.

--- Você é engraçada - Ele gargalha - Por isso quero que se torne o meu braço direito. E me ajude a colocar certas ordens em alguns caras daqui - Fiquei encarando ele - Acho que você é a pessoa certa para isso.

--- Não tô interessada nesse trabalho de bosta - Dei alguns tapinhas no ombro dele - Você vai conseguir achar outro alguém com esse tal jeitinho brasileiro.

Me levantei dali, e saí andando. Porém esse cara não desistiu, todos os dias ele me procurava, para falar desta ofertar. Mesmo eu recusando todas às vezes, ele não desistiu, e basicamente forçou uma convivência entre nós.

~Continua~

𝙰 𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃ã 𝙳𝙰 𝟼° 𝙳𝙸𝚅𝙸𝚂ã𝙾 - Tokyo Revengers Onde histórias criam vida. Descubra agora