POV EMMA
Ainda bem que segui o conselho da Isabel e aceitei o convite da Clare para ficar na festa. A noite foi maravilhosa, acho que eu realmente estava precisando rir, falar de coisas que não envolvessem trabalho, nem filha, nem casa e nem Jenna. Eu precisava de um tempo para mim, eu nem sei há quanto tempo eu não tinha isso. Bebi alguns drinks, alguns preparados por mim, outros por outras pessoas.
O céu já começava a querer ficar claro quando as luzes do restaurante ascenderam dando fim a nossa festa. Peguei uma garrafa de água gelada e bebi, eu, Clare, Josh e os convidados restantes descemos juntos a escada do mezanino e seguimos para o estacionamento, abri a porta do meu carro e joguei minha bolsa para o banco do passageiro.
- Obrigada pelo convite – Falei para Clare, sorrindo – foi muito divertido.
- Eu que agradeço você ter topado – ela sorriu, segurando a porta – você está bem para dirigir?
- Tranquilo – sorri. E eu realmente estava.
- Ótimo – ela deu uma piscada – Agora que tenho seu número eu te aviso quando tiver outra festa com o pessoal, tem muita gente que você vai gostar de rever.
- Vou aguardar – entrei no carro e bati a porta
- Até mais Emma, avisa quando chegar – ela se inclinou colocando o rosto na altura da janela.
Dei partida no veículo e saí do estacionamento, pegando a avenida em direção a minha casa, avistei de longe a placa do KFC e acho que algo gorduroso cairia bem, dei sinal e entrei no drive.
- Bom dia – a moça falou pelo som.
- Hum... bom dia, por favor, um balde pequeno de tiras de frango, o de seis tiras.
- Batata e bebida?
- Sim, por favor, a bebida é coca-cola e pode ser grande.
- Só seguir para a próxima cabine, senhora.
Segui o caminho estreito reservados para carros, paguei meu pedido e logo recebi o saco de papel pardo e o copo grande de coca-cola e gelo. Coloquei a bebida no porta-copos e abri o saco de papel, voltei a dirigir, alternando as batatas e as tirinhas de frango. Toquei no painel do meu carro, sem me importar com os meus dedos gordurosos, liguei o som que caiu em uma rádio qualquer que terminava de tocar os últimos acordes de uma música que eu não tinha ideia de qual era, mas logo em seguida me surpreendi ao reconhecer a melodia de uma música que eu amava e há tanto tempo não ouvia. Apertei um botão perto da marcha e o teto solar abriu, deixando um vento fresco entrar no veículo. Aumente o volume e comecei a batucar no volante a música Bones de Imagine Dragons, enquanto Dan Reynolds cantava as primeiras estrofes, dei um gole no meu refrigerante e me preparei para o refrão.
-
- MY PATIENCE IS WANING. IS THIS ENTERTAINING? OUR PATIENCE IS WANING. IS THIS ENTERTAINING?
Minha paciência está acabando, isso é divertido? A Música não tinha nada a ver com o que eu estava passando, mas aquela frase se encaixava tão bem. Eu cantava a plenos pulmões como se estivesse em um show, balançando a cabeça, fazendo os fios loiros que chicoteavam meu rosto por causa do vento se afastassem, e deixava minha voz se perder na estrada vazia de Malibu.
- I-I-I GOT THIS FEELING, YEAH, YOU KNOW. WHERE I'M LOSING ALL CONTROL. 'CAUSE THERE'S MAGIC IN MY BONES. I-I-I GOT THIS FEELING IN MY SOUL. GO AHEAD AND THROW YOUR STONES. 'CAUSE THERE'S MAGIC IN MY BONES.
Eu tenho esse sentimento, você sabe, de que estou perdendo o controle, porque existe essa mágica nos meus ossos, eu tenho esse sentimento na minha alma, vá em frente e jogue suas pedras, porque eu tenho essa mágica nos meus ossos. Ela sabia que faltava pouco para eu explodir, não é possível ela ter ignorado todos os sinais e todas as vezes que eu pedi, pedi não, praticamente implorei pela sua atenção. Não sei porque ela me deixou chegar ao meu limite, não seira mais fácil apenas falar que não queria mais?
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Nossa filha Ellie June
FanfictionO que Jenna Ortega e Emma Myers mais desejavam era manter a filha, Ellie June, longe dos holofotes de Hollywood, mas enquanto tentam manter o casamento vivo, a menina é atraída pelas luzes do sucesso.