Capítulo 71

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Sono pra que, né gente? 


POV EMMA

Eu já falei que um dos meus passatempos favoritos é perturbar a cabeça da Jenna com brincadeiras idiotas, como por exemplo, força-la a imaginar um garotinho de cabelos e grandes olhos castanhos correndo pela casa chamando-a de vovó. Tenho certeza que ela listou dezenas de xingamentos em sua cabeça. Depois que decidi parar de brincar com coisa série, pagamos as compras e voltamos para casa.

Jenna me ajudou a fazer o tal macarrão com molho branco que Ellie gostava. Falar ajudar parece muita coisa, na verdade ela cortou o brócolis e mexeu o molho branco para não queimar, mesmo de 30 em 30 segundos ela me perguntando se já estava bom. Mas eu já estou acostumada com essa sua ansiedade e receio da cozinha, e na verdade eu me divirto. Para ser justas, quando ela está fazendo algo na cozinha sozinha, parece que fica mais centrada e com menos medo, mas se ela decide me ajudar, já sei que vai ser um show de horrores.

Chamamos as meninas para jantar quando a mesa já estava posta, mas logo que comeram o cheesecake de sobremesa que eu comprei, elas voltaram para o quarto. Eu e Jenna continuamos à mesa, saboreando a comida com mais calma e jogando conversa fora. Mas agora estamos aqui, na parte externa da casa, de pijama, eu com um conjunto de short e blusa de alça de cetim, rosa claro, e Jenna com uma camisola preta de alça e renda no decote, lutando a Terceira Guerra Mundial para dar o remédio para a Melancia.

- Ai – eu puxei minha mão quando Melancia cravou suas unhas pequenas e finas na minha pele, revoltada porque eu tentava segurá-la de barriga para cima – Amor isso não vai dar certo.

Jenna segurava o vidro marrom do remédio e colocava em uma seringa pequena.

- Quer que eu pegue uma toalha? – Ela ofereceu, mas eu já estava segurando Melancia deitada na espreguiçadeira ao lado da piscina onde estávamos sentadas.

- Não, acho que assim tá bom – Miguel assistir tudo escondido debaixo da espreguiçadeira vazia, com medo de mais para se expor, mas mesmo assim curioso para assistir a desgraça da irmã de quatro patas.

- Tá, segura ela para não te arranhar – Jenna falou.

Ela segurou a cabecinha da gata preta até colocar a seringa na sua boca, Melancia tentava escapar até o momento que sentiu o sabor do remédio e começou a lamber a medicação a medida que Jenna colocava na sua boca.

- É para o seu bem, meu amorzinho – Jenna falou tentando se justificar para a gatinha preta – pronto.

- Terminou?

- Sim – ela me mostrou a seringa vazia.

Soltei a gatinha e ela deu um salto, virando e ficando em pé, pulou da espreguiçadeira e correu até Miguel, escondendo-se atrás do maltês que olhou para trás assustado com a reação da gatinha.

- Você guarda o remédio e apaga as luzes? – Ela colocou a mão na minha coxa e esticou o corpo em minha direção e beijou meus lábios.

- Pode deixar que eu faço – Sorri.

- Vou subindo para deixar o Miguel e a Melancia no quarto da Ellie.

- Tá bom – Observei Jenna levantar e me entregar a seringa.

- Vamos, Miguel, Melancia – Ela chamou e nenhum dos dois se mexeu debaixo da espreguiçadeira – Vamos, hora de entrar.

- Deixa que eu levo os dois para dentro – falei rindo ao ver o medo que os dois estavam dela.

- Tá bom, não demora tá?

- Já vou entrar – Sorri e pisquei para ela que caminhou até as portas de vidro, entrando em casa.

Nossa filha Ellie JuneOnde histórias criam vida. Descubra agora