Aquele postzinho da madruga que eu sei que minha insônia já deixou vocês mal acostumados kkkk
POV JENNA
Emma estava deitada entre meus braços, quietinha, fazendo carinho na minha mão, beijei seu ombro e reparei em uma marca dos meus dentes, leve, mas estava ali.
- Amor? – falei me afastando para ver suas costas branquinhas e reparei em partes vermelhas espalhadas pela região, provocadas por mim.
- Hum...
- Você vai precisar vestir alguma roupa de costas nuas amanhã? – Perguntei tentando não rir.
- Não – Emma virou olhando para mim – por que?
- Talvez eu tenha deixado algumas marquinhas vermelhas.
- Você me marcou? – Emma falou espantada com os olhos arregalados e eu ri – Ai Jenna – ela voltou para a posição que estava – sorte sua que estou cansada demais para te matar.
Voltei a deitar e toquei seu braço.
- Amor, vem aqui – Emma virou olhando para mim e eu fiz movimento com a mão, chamando-a para deitar sobre meu ombro.
Emma se moveu imediatamente e se aninhou ao meu corpo, beijei sua testa, apoiando minha cabeça no topo da sua, enquanto lhe fazia cafuné com uma mão e a fazia carinho em suas costas, com a ponta dos meus dedos, subindo e descendo, por toda a extensão, e logo ela ficou quietinha de novo.
- O que está se passando nessa cabecinha? – Perguntei e Emma sorriu.
- As mesmas coisas dos últimos dias – ela falou com a voz tristonha.
- É que nos últimos dias eu não estava aqui – beijei sua testa novamente – então acho que você tem que ser um pouquinho mais específica, Cariño.
- Eu estou cansada com essa gente toda dando palpite na minha vida. Às vezes eu me sinto com dezesseis anos, ansiosa para saber se minha mãe vai aprovar alguma coisa que eu fiz – ela respirou fundo – e isso é ridículo.
- Eu sei que isso te incomoda, me incomoda também, ter que ficar dando satisfações sobre o que eu faço ou deixo de fazer e ser julgada por isso. Mas amor, você não pode ficar assim. Não era isso que você me fala quando eu me sinto assim?
- É – ela concordou – mas o que eu sinto é que eu estou sendo ingrata, entende? – Ela me olhou nos olhos e eu me senti confusa.
- Ingrata com o que, amor?
- Baby, foi essa vida que me deu tudo o que eu tenho hoje, tudo o que eu amo, casa, viagens, qualidade de vida – seus olhos encheram de lágrimas – você, a Ellie. E quando eu penso que quero jogar tudo para o alto, eu imagino o universo cruzando os braços e falando "Minha querida, se fosse para você fazer isso, eu teria feito a fulaninha passar naquele teste"
Eu ri do seu jeito e balancei a cabeça negativamente.
- Eu tenho certeza que a fulaninha não teria feito metade das coisas grandiosas que você fez.
- Acho que esse é o problema, as coisas grandiosas.
- Emma – eu mudei meu tom de voz, deixando-o mais sério – amor, eu estou com você, independente do que você decida fazer, eu estou com você.
- Eu amo o que eu faço, eu realmente amo, mas está sendo muito difícil lidar com o ônus dessa vez.
- Mas eu estou aqui – lhe dei um selinho – e a gente vai passar por esse ônus juntas. Tá bom? – Ela sorriu e balançou a cabeça positivamente – e se no final, você quiser jogar tudo para o alto, comprar um food truck e ir vender donuts por LA, prometo que vou te ajudar a selecionar as melhores receitas – eu e Emma sorrimos, e ela colocou a perna sobre a minha.
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Nossa filha Ellie June
FanfictionO que Jenna Ortega e Emma Myers mais desejavam era manter a filha, Ellie June, longe dos holofotes de Hollywood, mas enquanto tentam manter o casamento vivo, a menina é atraída pelas luzes do sucesso.