Capítulo 90

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Entreguei a Fic a Deus, porque acho que não vou conseguir terminar isso em 10 capítulos para finalizar no cap 100 kkkkkkk


POV EMMA

- Mãe – Ellie olhou para mim com os olhos arregalados – esse é o meu código com a mamãe, eu tenho certeza.

- Que código Ellie? – Perguntei sem entender.

- De socorro mãe, de socorro – ela se desesperava e começava a chorar – igual as meninas do caso criminal que eu estava assistindo com a mamãe. O código que a gente escolheu foi esse, não esquece de buscar o Miguel no petshop.

- Você tem certeza disso? – a mulher de blazer perguntou para Ellie.

- Tenho, eu tenho.

- Filha, calma – minha sogra pegou Ellie pelo braço e a abraçou, minha cunhada Mariah apareceu com um copo de água e deu para a minha filha.

- A gente vai fazer uma busca no raio de dez quilômetros do aeroporto, qualquer carro suspeito, interrogar pessoas, se não for suficiente a gente aumenta o raio para quinze – ela falou para o homem de uniforme que pegou o rádio preso no seu ombro, apertou um botão e começou a falar se distanciando.

- Moça – ouvi a voz da Ellie novamente, ela largou a avó e devolveu o copo para a tia – você disse que a câmera saiu do sistema, não foi? – a policial uniformizada balançou a cabeça positivamente – eu acho que foram eles, Valery e Dylan.

- Ela pode gravar isso? – A mulher de blazer perguntou para mim apontando para a outra policial.

- Pode – confirmei e ela acenou para a moça que tirou um celular do bolso do uniforme – pode falar, meu amor – eu coloquei as mãos sobre os ombros de Ellie e fiquei atrás dela.

- Valery e Dylan eram os vizinhos do apartamento 1101, do décimo primeiro andar. Uma vez ela me chamou para comer um brownie no apartamento dela, e durante a nossa conversa, ela disse que ela e o Dylan trabalhavam com segurança de dados de uma empresa, e ai ela falou que ela só precisava de um número ou nem isso para invadir um celular, ela até apontou para o meu na época e eu fiquei meio incomodada com o que ela falou. Se ela invade um celular, invadir um sistema de câmeras é fácil, não é?

As duas policiais se entreolharam.

- Ela falou qual empresa que eles trabalhavam? – a moça perguntou.

- Não senhora.

- Você lembra de mais alguma coisa desse apartamento que pode ter lhe chamado atenção?

Minha filha parou para analisar.

- Eu não lembro, mas acho que aparecia um apartamento normal.

- Eu quero um mandado para entrar nesse apartamento – ela falou para a policial ao lado que balançou a cabeça positivamente – pode parar de gramar.

A policial guardou o celular novamente no bolso.

- A gente vai precisar divulgar essa imagem – do aeroporto para tentar encontrar essa mulher.

- A Clare vai levar vocês até ela, eu tenho certeza que ela está envolvida.

- Senhora Myers, a senhora consegue ver alguma ligação entre elas duas?

- Não, mas...

- Essa Clare não tem nada a ver com a história. Não achamos nada na casa dela, a senhora não pode ficar acusando-a por achismos, não é assim que funciona.

- Só me escuta, por favor.

- Nos deixe fazer nosso trabalho, pode ter certeza que nós estamos tão interessados em achar a sua esposa quanto a senhora.

Eles não entendiam, eu sabia, eu tinha certeza que Clare estava envolvida nessa.

Minha mãe e minha sogra ficaram na nossa casa comigo e Ellie a noite toda. Eu não consegui dormir, eu não conseguia desligar minha mente ou acalmar meu coração. Eu só pensava na Jenna, em onde ela estava, se ela estava viva, se ela estava ferida. Eu me sentia incapaz.

Vi o dia amanhecer e eu sentia que eu precisava fazer alguma coisa, logo a casa começou a encher de gente novamente, Elijah chegou e estava com Ellie, Markus, Mia e Aliyah chegaram com meu sogro, Joe e Isabel também retornaram e todos nós ainda estávamos sem nenhuma notícia. Eu não aguentava mais eu ia resolver isso com as minhas próprias mãos.


POV ELLIE

Eu estava no quarto com o Elijah, sentados no chão, eu apoiada na cama de pernas esticadas e ele na minha frente de pernas dobradas, com Melancia dentada de barriga para cima na frente dele, enquanto ele dava carinho na barriga da gatinha folgada. Miguel brincava com a barra da minha blusa grande demais para o meu tamanho, balançando a cabeça, mas eu não o impedia.

Nós dois estávamos em silêncio, eu não tinha nada para falar e provavelmente ele também não tinha nada para falar. Afinal, o que você fala para a sua namorada que teve a mãe sequestrada?

Escutei duas batidinhas na porta.

- Pode entrar – falei.

A porta abriu e era minha mãe Emma.

- Eu preciso da sua ajuda – ela falou olhando para mim e eu me levantei, Eijah fez o mesmo – eu preciso que você fique atenta ao seu celular.

- Pra que? – Perguntei preocupada.

- Eu vou até a Clare...

- O que? – perguntei nervosa, minha mãe é louca – não, mãe, pelo amor de Deus, não faz isso.

- Senhora Myers – o Elijah falou – isso pode ser perigoso.

- Eu não quero saber se é perigoso ou não – minha mãe passou a mão no rosto – o que eu preciso é encontrar a sua mãe – ela falou olhando para mim – ninguém tá acreditando em mim e eu sei que a Clare está envolvida nisso. Se não tem nada na casa dela, então é porque está em outro lugar, e é esse lugar que eu quero descobrir onde é.

- E o que eu preciso fazer? – Perguntei.

- Eu vou tentar convencê-la a me levar até onde a sua mãe está e quando ela fizer isso eu vou mandar minha localização, e você vai tentar falar com a polícia, entendeu?

- Entendi – balancei a cabeça positivamente, tentando lhe passar segurança, mas na verdade eu estava me tremendo de medo – mãe, mas a vovó nunca vai deixar você sair e fazer isso, tem um monte de carro trancando o seu e...

- Eu vou sair pela porta da cozinha, vou dar um jeito, chamo um carro, não sei, eu só sei que eu vou, e você não vai sair daqui, entendeu?

- Tá – eu confirmei olhando em seus olhos e a abracei forte – mãe, cuidado, por favor.

- Eu vou ter cuidado, eu prometo meu amor, e eu volto com a mamãe, tá bom? – ela segurou meu rosto e beijou minha bochecha.

- Senhora Myers – Elijah se aproximou – aqui – ele esticou a mão dando a chave do seu carro e seu celular – o meu carro está bem em frente da sua casa, e acho que a senhora vai precisar do celular para despistar.

- Obrigada, Elijah – minha mãe pegou os objetos e o abraçou – toma conta dela até eu voltar.

- Pode deixar, senhora Myers.

- Boa sorte, mãe – falei abraçando-a novamente, respirei fundo e memorizei seu cheiro. Eu estava com medo, muito medo. 

Nossa filha Ellie JuneOnde histórias criam vida. Descubra agora