Capítulo 93

1.4K 175 88
                                    

Trago uma notícia triste: tá acabando :)


POV EMMA

Jenna estava desesperada entre meus braços, eu também estava, mas assim como eu fiz quando estávamos no hospital esperando notícias da Ellie, eu fiz agora, ativei o meu modo razão, faço isso por ela, porque uma de nós precisa ser a razão, e nesse momento ela não pode ocupar esse espaço. Então eu respirei fundo e me concentrei nela, olhei ao redor e não tinha nenhuma fresta de luz por onde podíamos escapar, então o que nos restava era esperar a polícia fazer sua parte e contar com a sorte.

- Deixa eu olhar para você – afastei Jenna alguns centímetros, olhando para o seu corpo.

Notei o seu pescoço machucado, como se alguém tivesse pressionado a região e a maçã do rosto, no ossinho perto do olho esquerdo também estava com uma marca vermelha.

- Quem fez isso com você, meu amor? – Perguntei segurando seu rosto e meu polegar tocando no machucado.

- Valery – ela respondeu.

- O do pescoço também?

- Não, acho que foi o homem tatuado, eu não ouvi ninguém falar o nome dele.

- Entendi - respondi e meu cérebro guardou essa informação - Você está com algum outro machucado?

Jenna levantou a blusa e vi uma mancha roxa em seu abdômen.

- O que foi isso, Jenna? – Perguntei nervosa.

- Valery me deu um chute – ela levantou o olhar para mim e eu senti meu maxilar travar só em imaginar a cena.

- Vem cá – a puxei novamente para mim, deixando-a deitada entre meus braços

Jenna levantou o rosto e eu beijei o machucado perto do seu olho e em seguida beijei sua boca, encostando nossos lábios de forma demorada. Senti uma gota morna cair sobre minha roupa e parei nosso beijo, ela estava chorando. Jenna se aninhou ao meu corpo, com a cabeça no meu ombro e eu sentia sua respiração morna contra a pele do meu pescoço.

- Faz esse pesadelo acabar, baby, por favor – ela se encolheu e eu apertei seu corpo.

- Vai acabar amor, eu prometo. Eu estou aqui com você, não vou deixar nada acon...

Um barulho alto soou pelo porão e a parede diante de mim se estraçalhou, fazendo com que pedaços de tintura e concreto caíssem sobre mim e Jenna. O susto não nos fez gritar, mas me fez apertar seu corpo e ela segurar meu braço com firmeza. Olhei para trás, tento a máquina de lavar como minha barreira, e vi Clare se aproximando de nós duas com uma arma.

- Clare, baixa isso – falei levantando junto com Jenna e colocando-a para trás de mim.

- É sério, Emma? Você se acha no direito de brincar comigo? – Ela sorria como uma cara de louca com a arma prateada apontada.

- Eu não quero brincar com ninguém, Clare, eu só quero sair daqui, com a Jenna, voltar para casa, por favor...

- Emma – Jenna falou meu nome baixinho quando estiquei meu braço pedindo que ela me desse a arma.

- NÃO SE APROXIMA, SUA VAGABUNDA.

- EMMA – Jenna me puxou e abraçou meu corpo com força, seu rosto encostado nas minhas costas.

- Eu vou matar vocês duas – ela falava pausadamente, mas com fúria.

- Clare, por favor, deixa a gente sair daqui, nós temos uma filha, ela precisa da gente. Por favor, eu te imploro.

Nossa filha Ellie JuneOnde histórias criam vida. Descubra agora