Capítulo 39

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POV JENNA

Uma chuva fina caia quando eu parei o carro no estacionamento da escola da Ellie. Peguei o guarda-chuva preto no banco de trás do carro e entrei na escola. Segui para enfermaria e assim que abri a porta a enfermeira olhou para mim e sorriu.

- Ellie, sua mãe chegou – Ela anunciou olhando para o lado e eu vi Ellie despertando em uma poltrona cor de caramelo com o apoio dos pés erguido.

- Oi, mãe – ela falou com a voz incrivelmente rouca.

- Hey, como está? – Toquei em sua testa e não achei tão quente como a enfermeira havia me dito pelo telefone.

- Senhora Ortega – a senhora veio em minha direção com um pedaço de papel com o emblema da escola e seu carimbo – aqui está o remédio que ela tomou para febre. Baixou um pouquinho, mas eu acho melhor, caso volte, leva-la ao médico.

- Pode deixar – peguei o papel e olhei o nome do medicamento – vamos, meu amor?

Ellie confirmou com a cabeça e levantou da poltrona, com a ajuda da moleta.

- Senhora Ortega, só lembrando que por causa do ciclone amanhã e sexta as aulas estão suspensas.

- Ah sim, eu li o e-mail da escola, obrigada.

- Tchau Ellie, melhoras – a enfermeira falou.

- Obrigada, Senhora Gael.

Peguei a mochila da Ellie quando saímos da enfermaria.

- Eu consigo levar, mãe – Ellie falou pedindo a mochila e eu entreguei.

Saímos para o estacionamento, abri o guarda-chuva e tentei proteger Ellie ao máximo até chegar ao carro, sem me importar com as gotas que molhavam minha blusa. Fechei a porta do carro quando Ellie entrou e dei a volta, entrando pela porta do motorista.

- Coloca o cinto, meu amor – Avisei e Ellie obedeceu.

Dirigi de volta para Malibu enquanto Ellie dormia no banco do passageiro. Chegando em casa ela subiu para o quarto e deitou na cama, dormindo quase o dia todo.

Tentei supor que horas Emma estaria liberada ou em algum intervalo para ligar para ela e avisar sobre Ellie. Estava tudo bem, mas se Ellie estivesse com Emma, eu gostaria de saber que minha filha estava doente. Como não consegui ter noção alguma do horário, resolvi mandar uma mensagem.

"Tive que buscar a Ellie antes na escola. Garganta está inflamada, ficou com febre, dor de cabeça e dor no corpo. Agora ela está dormindo, qualquer coisa eu lhe aviso."

Não demorou nem um minuto e meu celular tocou com o nome da Emma na tela.

- Oi, Em – atendi e mordi a pele na lateral do dedão.

- Oi Jenna, é a Georgina, só um minutinho, está bem?

Ouvi vozes do outro lado da linha e provavelmente ela estava em um estúdio gravando as chamadas, até que ouvi a voz da Emma se aproximando.

- Gente, cinco minutinhos, por favor. A minha filha não está bem, só preciso saber o que está acontecendo, desculpe – sua voz era distante mais nítida.

- Sem problemas, Emma, vou dar um intervalo para a equipe – ouvi um homem falar.

- Muito obrigada, Joe.

- Emma, ela já atendeu – ouvi a voz da Geo.

- Obrigada, Geo – sua voz se tornou mais nítida – Jenna? Desculpa, precisei pedir ajuda da Geo para ligar. O que aconteceu? – sua voz era preocupada.

Nossa filha Ellie JuneOnde histórias criam vida. Descubra agora