Nossa filha Ellie June

Capítulo 69

Ooook... essa fic tá saindo do controle, 69 posts é demais kkkkkk é que eu sou detalhista, gente, as coisas precisam ter um motivo para acontecer, é o meu jeitinho de escrever kkkk ^.^

POV EMMA

Eu tinha acabado de desligar o carro quando Jenna me ligou, ela não me falou o motivo, mas sua voz era de pânico total, o que fez com que meus divertidamente trabalhassem freneticamente criando diversas teorias. Respirei fundo e olhei para o banco do passageiro, para a caixa cor de rosa onde estava Melancia que miou olhando para mim através da grade da caixa de transporte e depois para Miguel no banco de trás preso pela guia no seu cercadinho de transporte com as orelhas em pé, para quem tinha sido enganado jurando que iria passear e na verdade foram a uma visitinha no veterinário, eles pareciam muito bem.

- Vamos para Malibu, crianças – dei novamente partida no carro, saí do condomínio e peguei a rodovia para Malibu.

Quando cheguei até a nossa casa de Malibu, tirei Miguel e Melancia do carro e os coloquei no chão, Miguel foi até o pneu do carro da Jenna, cheirou, levantou a patinha e fez xixi, depois correu para a porta de madeira cor de caramelo da entrada principal junto com Melancia que me aguardavam pacientemente, ou nem tanto assim, já que Miguel latiu ao me ver me aproximar calmamente da porta, carregando minha bolsa e a sacola com os remédios que o veterinário passou.

- Calma você também. Só sei lidar com a crise de um por vez, e agora é a vez da crise da mamãe – falei ao me aproximar.

Abri a porta e os dois donos da casa correram para dentro, quase atropelando minhas pernas, deixei minha bolsa e a sacolinha de medicamentos em uma mesinha na entrada, ao lado da porta do carro e me desfiz dos meus tênis com o calcanhar.

- Hey – falei andando até a sala e vendo Jenna sentada no sofá, com as pernas abertas, os cotovelos apoiados em suas coxas, com as mãos apoiando a cabeça – cheguei – disse quando ela levantou a cabeça me olhando.

Fui até o sofá sem saber muito bem como eu deveria cumprimenta-la, já que desde a nossa briga no sábado, só estávamos nos falando por mensagem e ela estava bem monossilábica, mas Jenna ergueu a cabeça quando cheguei ao seu lado, então me curvei e lhe dei um selinho.

- O que aconteceu? – Perguntei sentando no braço do sofá ao seu lado, colocando minhas mãos em seus ombros e apertando-os, ela estava extremamente tensa.

- Isso – ela apontou para a mesinha de centro e eu estranhei o objeto sobre o móvel.

Passei as mãos nos meus cabelos e o prendi em um coque no topo da cabeça com um elástico que estava preso ao meu pulso e só então estiquei meu corpo e alcancei a espátula branca de tampa rosa sobre a mesinha. Olhei para Jenna e para o teste negativo e em todas as possibilidades que eu criei na minha cabeça sobre o seu pânico, essa em nenhum momento passou pela minha cabeça.

- Você tem algo a me dizer? – Levantei o teste virado para ela – O que você andou aprontando, Jenna?

Jenna olhou para mim com a boca entreaberta, deixando a ponta dos seus dentes da frente aparecendo, ela piscou algumas vezes me encarando, como se seu cérebro precisasse de alguns segundos para processar o que eu falava.

- O que? – Ela reagiu arqueando as sobrancelhas – Isso não é meu, Emma – ela indicou o teste com a mão, voltando a ficar nervosa – eu encontrei isso na bancada da pia do banheiro da Ellie quando fui recolher as tolhas – ela passou as mãos no rosto, nervosa.

- No banheiro da Ellie? – Arqueei as sobrancelhas calmamente, processando a informação.

- Sim – ela respirou fundo e tirou as mãos do rosto – a gente sempre conversou com a Ellie, sempre deixamos claro que ela podia falar com a gente sobre tudo. Eu não acredito que ela resolveu esconder isso, justo isso – Jenna levantou e começou a andar de um lado para o outro da sala com as mãos na cintura – se ela fez um teste que deu negativo é porque ela não se cuidou – ela falava mais para ela mesma do que como se quisesse me expor seu ponto de vista – Eu não acredito que a Ellie foi tão burra ao ponto de não se cuidar – ela parou diante de mim, com as sobrancelhas arqueadas e uma cara que me deu um leve medo – eu vou matar o Elijah.