Capítulo 85

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POV ELLIE

Minhas mães chegaram esse fim de semana, eu estava bem ansiosa para a volta delas, não nego, mas eu não imaginava que elas iriam ficar grudadas em mim o resto do fim de semana. Senhor, eu preciso respirar.

Na noite em que elas chegaram nós pedimos pizza para o jantar, elas me contaram da tempestade de neve e que dormiram na casa de uma família em um vilarejo, me mostraram as fotos e vídeos da viagem, enquanto comíamos no chão da sala, tomando refrigerante e comendo as fatias com as mãos, e de sobremesa comemos juntas a primeira fatia do meu bolo, na verdade era um pedaço que eu tirei para comer com elas.

Mas agora estou em West Hollywood, com minha mãe Emma e a minha mãe Jenna, estamos encaixotando as coisas e separando o que vai para doação. Coloquei as minhas roupas que ficavam no apartamento dentro de caixas.

- E a tal da Vicenza não ligou? – Ouvi minha mãe Jenna perguntar para minha mãe Emma.

- Não, Naomi falou que ela chegaria essa semana aqui em LA, acho que ela vai ligar quando chegar.

- Quem é Vicenza? – Perguntei entrando no quarto da minha mãe Emma e vê-la arrumando as roupas dentro de caixas e malas com a ajuda da minha mãe Jenna.

- É uma amiga da sua tia Naomi que quer minha ajuda para algo que eu ainda não sei o que é – Minha mãe respondeu.

- Hum...

- Terminou de guardar suas coisas? – Minha mãe Jenna perguntou.

- As roupas sim. Posso descer logo as caixas que estão fechadas? – Perguntei.

- Pode, mas só as do seu quarto – minha mãe Emma pegou a chave do carro dela e me deu – deixa na mala do meu carro, tá bom?

- Tá – assenti – não é para descer nenhuma caixa que está na sala?

- Não, as que estão na sala a Geo vai chamar o carro para levar para doação.

- Hum... tá bom. Vou descer então e já volto.

- Vai precisar de ajuda? – minha mãe Jenna perguntou.

- Não mãe, eu dou conta.

Fui para sala e coloquei as três caixas quadradas no carrinho do condomínio. Peguei o elevador e apertei o botão do subsolo. O elevador parou no décimo primeiro andar e eu respirei fundo, é carma, só pode ser carma.

- Ellie – Valery sorriu para mim enquanto segurava a coleira da Dayse – nossa, tanto tempo que não lhe vejo.

- É – eu sorri sem graça e passei a mão fazendo carinho na cabeça da Dayse – estava na casa da minha avó – falei dando de ombros.

- Ah sim e quando vamos combinar para comer brownie? – Ela sorriu.

- Ah não vai mais rolar – falei tentando parecer simpática e ela franziu a testa para mim – hoje é nosso último dia aqui – apontei para as caixas no carrinho - Vamos voltar para Malibu.

- Ah sério? – Ela tentou esconder sua decepção e eu me perguntei o que aquilo interferia na sua vida.

- É – sorri, balançando a cabeça positivamente.

- Bom, foi bom te conhecer então – ela me deu um abraço e eu fiquei sem saber o que fazer e apenas toquei suas costas.

A porta se abriu no primeiro andar, ela saiu com a Dayse e eu acenei para ela sem jeito, as portas se fecharam e eu segui para o subsolo, no estacionamento eu segui até a vaga da minha mãe Emma, acionei o alarme e abri a mala do carro e coloquei as caixas dentro.

Nossa filha Ellie JuneOnde histórias criam vida. Descubra agora