POV EMMA
Eu e Ellie passamos o fim de semana todo juntas, no sábado ela teve aula de bateria pela manhã. Eu tento apoiar minha filha em tudo que ela queira fazer, foi assim com o karatê, natação, dança moderna, baseball, futebol, mas puta que pariu, eu odeio as aulas de bateria. Não me entenda mal, Ellie vai bem na bateria, mas não existe um lugar nessa casa que não seja atormentado pelos barulhos dos pratos, até o pobre do Miguel se esconde em algum cômodo quando sente o cheiro do Jack, o professor de bateria, do outro lado da porta. Depois da tortura auditiva, fomos almoçar com a minha mãe, seguimos para a sorveteria favorita da Ellie para garantirmos a nossa sobremesa e só no final do dia voltamos para casa. Hoje, domingo, ela passou boa parte do dia em seu quarto, finalizando algum trabalho de biologia, e eu aproveitei esse tempo para das uma lida nos meus e-mails, Georgina, minha agente, deu uma boa filtrada, mas mesmo assim ainda tinha muita coisa para eu avaliar. Comecei a ler de um por um, queria adiantar o máximo porque amanhã Jenna está de volta e dessa vez eu realmente estou bastante confiante que ela vá fazer a parte dela.
Escutei a impressora começar a trabalhar sozinha no móvel ao lado do meu computador e logo escutei duas batidinhas na porta do escritório e logo a porta de madeira abriu e Ellie apareceu.
- Mãe, meu trabalho tá saindo aí? – Olhei para a impressora que puxava mais uma folha.
- Está sim, meu amor.
Ela entrou e deu uma olhada nas folhas que começavam a se acumular, virei minha cadeira e ela sentou no meu colo.
- O que você está fazendo? – Perguntou olhando para a tela do computador.
- Lendo alguns e-mails que deixei acumular semana passada. Conseguiu terminar o trabalho direitinho?
- Consegui – ela balançou a cabeça positivamente.
- Sobre o que é?
- Gêmeos, fraternos e idênticos, é da Senhorita Jones, é de boa.
- Hum... vale nota?
- Vale, vai compor com a nota da prova.
- Entendi. Cadê o Miguel?
- Comendo, acabei de colocar a ração dele – ela colocou um braço ao redor dos meus ombros – a gente pode pedir uma pizza?
- Podemos – fiz uma careta sorrindo, franzindo meu nariz.
- De pepperoni?
- Tá – ri, quando Jenna estava em casa nunca pedíamos pizza de pepperoni e tanto eu quando Ellie amávamos pizza de pepperoni – de pepperoni. Pega o seu trabalho, guarda logo que eu vou pedir.
Ellie recolheu as folhas e grampeou, saiu do escritório e eu fui pedir a pizza, que não demorou muito a chegar, assistíamos a um filme no chão da sala, com a caixa quadrada aberta na nossa frente e nos servíamos entre uma cena e outra de fatias que pegávamos com as mãos.
No dia seguinte eu acordei cedo e fiz todo o ritual de dias de escola, acordei Ellie, que como sempre fez manha para acordar, mas assim que ela foi para o banheiro e eu desci para preparar o café, escutei a campainha tocar pela casa. Achei estranho, vi pela câmera e reconheci o carro da minha irmã, abri o portão e logo o carro avançou. Quando abri a porta de casa Isabel já vinha em minha direção.
- Bom dia – Ela falou sorridente de braços abertos, óculos redondos e dourados, vestindo uma calça jeans, blazer preto e blusa branca de botões.
- Bom dia – abracei seu corpo – o que está fazendo aqui? Não vai trabalhar hoje?
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Nossa filha Ellie June
Hayran KurguO que Jenna Ortega e Emma Myers mais desejavam era manter a filha, Ellie June, longe dos holofotes de Hollywood, mas enquanto tentam manter o casamento vivo, a menina é atraída pelas luzes do sucesso.