Nossa filha Ellie June

Capítulo 73

Já que muitos de vocês amam baby Ellie, então toma essa surra de Ellie pitica para aquecer o coraçãozinho de vocês para começar mais uma semana ^.^

POV EMMA

Desde o telefonema da Rose pela manhã eu fiquei extremamente pensativa, na verdade nostálgica, eu não sei se estou pronta para dividir o meu bebê com o mundo, principalmente com as pessoas que já estão a postos para apontar o dedo para ela e atirar palavras grosseiras. Não que eu ache que Ellie ficará quieta, ouvindo tudo calada, já no primeiro comentário maldoso sobre seu trabalho a resposta malcriada vai vir como um tiro de canhão. Talvez seja melhor a gente começar a limitar os comentários das redes sociais da nossa filha. Preciso lembra Jenna de falar sobre isso com Mônica na próxima reunião.

Terminei de passar protetor solar em mim, coloquei meus óculos escuros e deitei na espreguiçadeira na borda da piscina enquanto Jenna decidiu preparar um drink para a gente na cozinha. Não se iludam, o meu corpo apenas se recusa a ficar bronzeado, eu apenas fico vermelha, parecendo um tomate, e provavelmente vou choramingar a noite toda no ouvido da Jenna porque meus ombros vão estar ardendo, até ela levantar irritada e me embalsamar em hidratante. Mas fazer o que não é mesmo? Precisamos de vitamina D e eu não mandei ela casar com uma branquela desprovida de melanina, veja como eu fui inteligente, peguei a latina que fica com um bronzeado perfeito.

Peguei o protetor solar e coloquei um pouco no meu dedo para reforçar uma área importante, levei o creme até o meu pulso e espalhei sobre as letras E e J tatuadas no meu pulso, discretas e com letras infantis feitas por Ellie.

[...]

Jenna puxou o freio de mão depois de ter parado o carro no estacionamento do estúdio de piercing e tatuagem onde eu havia marcado hora para mim e para Ellie. Calma, minha filha de cinco anos não vai fazer sua primeira tatuagem, ela apenas decidiu dar um grande passo em sua vidinha tão curta: colocar brincos.

- Vocês duas tem certeza disso? – Jenna perguntou e ela parecia mais ansiosa e nervosa do que eu e Ellie que seríamos a vítima de trabalhadores carniceiros.

- Sim – respondi animada sorrindo.

- SIIIMM – nossa filha gritou no banco de trás do carro, com os bracinhos erguidos e sem dois dentes da frente.

- Eu falei para a gente aceitar a enfermeira furar a orelha dela na maternidade – Jenna falou respirando fundo.

- Claro que não – falei abrindo a porta do carro ao mesmo tempo que Jenna – ela era um bebê, Jenna, não sabia nem o que estava acontecendo ao redor dela – Abri a porta de trás do carro e Ellie já tinha soltado o cinto de segurança do seu assento e eu a ajudei a sair.

- Mas ela pelo menos não iria lembrar dar dor – Jenna falou ao chegar ao nosso lado e acionar o alarme do carro.

- Mamãe, vai doer muito? – Ellie perguntou dando a outra mãozinha para a mãe, andando no meio de nós duas de mãos dadas.

- Vai – Jenna respondeu e a menina arqueou a sobrancelha.

- Jenna – a repreendi e ela revirou os olhos.

Me abaixei até a altura da Ellie para conversar com ela.

- Meu amor, lembra o que a gente conversou? Vai doer um pouco e a gente vai passar remedinho para sarar logo e você conseguir usar os brincos que você quer. Você ainda quer furar as orelhas?

- Quero – ela falou decidida.

- Mas se você mudar de ideia, filha, não tem problema, tá bom? – Jenna falou com as mãos no joelho, se curvando para a menina de rabo de cavalo.