Quando descobri sobre as crises de ansiedade de Micaella fiquei muito preocupada, e soube que era hora de fazer algo a respeito.Então promovi uma das funcionárias que trabalhava na produção dos chocolates, pra uma posição de assistente temporária pra auxiliar Carla e Micaella enquanto eu estivesse ausente, assim elas podiam descansar mais, tirar folgas uma vez por semana, até que as coisas se resolvessem e eu pudesse voltar a cuidar de tudo normalmente.
Ofereci a ela um salário maior, e escolhi a dedo, Alice era uma funcionária de anos, muito honesta e competente, e da minha confiança, e como nossa produção sempre foi super rápida e com ótimos funcionários, a ausência dela não afetou em nada o desempenho e as entregas.
Resolvido o problema, eu voltava a pensar na audiência de custódia.
Faltava apenas um dia, estive com meu advogado ensaiando tudo que eu podia dizer, como me comportar e; apesar da minha clara vantagem existia sempre uma sensação ou um pressentimento ruim me pressionando o peito.Os bens já estava divididos, já não tinha mais nada pra resolver e eu deveria estar tranquila, mas a única coisa capaz de me fazer ficar calma seria a certeza de que Samuel ficaria comigo. Mas a presença de Micaella também ajudaria muito.
Era arriscado eu sabia, mas fui visita-la mesmo assim, quer dizer não há nada demais em visitar uma funcionária e grande amiga que está passando por episódios de ansiedade não é? não havia nada de suspeito disso, e ninguém poderia ver o que estava acontecendo da porta pra dentro..
Ela me recebeu, sempre com um sorriso no rosto, o abraço acolhedor que me consolava a alma.
- Senti sua falta - falei.
- Eu também - ela disse - me conta tudo.
Disse me puxando pela mão então, deitei a cabeça no seu colo, no sofá da sala, e durante mais ou menos meia hora eu apenas chorei, enquanto ela acariciava meus cabelos e me olhava com aquele olhar de "Vai ficar tudo bem" e eu queria muito acreditar nisso.
Então me sentei encarando ela nos olhos e finalmente disse.
- Eu tô com muito medo... Eu não sei se sou capaz... eu não quero perder meu filho.
- Você não vai - ela disse segurando minhas mãos firmemente e encarando seus olhos, me transmitindo a segurança que eu nem sabia que precisava tanto - Você e capaz de tudo que quiser, e seu filho é seu... Independente do que aquele juiz decida, não existe nada no mundo capaz de quebrar o elo de uma mãe e um filho, ele é SEU e sempre vai ser.
- Obrigada - foi só o que eu pude dizer antes de beijá-la docemente.
O beijo se intensificou até que senti as mãos dela subindo pela minha coxa.
- Desculpa - ela parou - você não tá no clima, eu sei... eu respeito ok? não temos que fazer nada se não quiser.
Eu sorri com sua preocupação e cuidado.
- Tudo bem - assenti - nunca disse que não queria!
Ela sorriu em resposta e voltou a me beijar.
Seus dedos deslizaram delicadamente pelas minhas pernas, enquanto ela me deitou lentamente no sofá se deitando sobre mim, puxando de lado minha calcinha, seus dedos entrando devagar em mim, enquanto eu comprimia os lábios abafando um gemido.
Ela me beijo novamente e foi como se nada mais existisse, minha cabeça só conseguia pensar nela, nela e em seu beijo, seus toques, era tudo que me importava naquele momento, somente nós e mais nada.
...
Quis dar a Marta um dia inesquecível, afastar de sua mente tudo que estava a deixando deprimida, angustiada. E acho que posso dizer que consegui.
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Contrato Assinado
Fiksi PenggemarMicaella é uma jovem, que no auge dos seus 23 anos já não tem tantas expectativas sobre seu futuro, sua vida e principalmente suas paixões, ainda assombrada por uma grande perda recente ela não tem alternativa a não ser tentar um recomeço. Um novo e...