Touché

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- Não devia ter feito aquilo - Renato disse assim que entraram no carro - foi arriscado.

- Renato, eu sou adulta caso não tenha notado - sorriu - e além do mais eu PRECISAVA saber aquela informação.

- Você viu como ele te olhou? Ele poderia ter te machucado, não pode se arriscar assim só porque precisa de uma coisa.

- Tá tudo bem, eu sabia o que estava fazendo ta? e o importante é que deu tudo certo, não tem motivos pra se preocupar.

- Claro que tem, não quero que se arrisque assim, eu não...não quero te perder - falou finalmente.

Estella abriu um sorriso largo, o coração acelerado ao ouvir aquilo, então encarou seus olhos e acariciou seu rosto.

- Você não vai - disse calmamente - nunca.

Ele suspirou segurando na mão que ainda repousava em sua bochecha.

- Eu sei que eu nunca defini o que existe entre nós mas...eu gosto de você de verdade - ele disse.

- Tá tudo bem , sem pressão - ela disse - é só isso que importa pra mim, saber que gosta de mim já é muito pra quem esperou tanto tempo.

Ele sorriu e em seguida deu um beijo calmo em seus lábios.
Estella se sentia flutuando, cada pequeno momento com ele era como estar levitando.

- Precisamos ir - ela sorriu sendo forçada a quebrar o clima - prometi que voltaria para o almoço e além disso, preciso saber se Micaella e Vitoria tiveram sucesso na missão delas.

- Tudo bem, vamos - ele assentiu ligando o carro, mas não sem antes dar um beijo em sua testa, e logo partiram de volta.

                                    ...

Estávamos  todas sentadas na sala da casa de nossa mãe, minha avó serviu o almoço e todos almoçamos com ela, inclusive Renato, em seguida ela foi assistir sua novela favorita e, enquanto Estella lavava as louças com a ajuda de Renato, nós conversavamos sobre o resultado de nossas missões.

- Acha que elas vão denunciar mesmo? - Estella quis saber.

- Adrielle se mostrou mais do que disposta,Jéssica ainda está insegura,mas eu tenho certeza que com a ajuda da filha ela vai aceitar - expliquei.

- E sabe do que mais? Eu acho que devíamos deixar Marta falar com elas, ninguém melhor pra convencer uma vítima do que outra vítima, e ambas são vítimas desse cretino - Vitória observou.

- É, isso pode funcionar - concordei.

- E quanto a Marta como ela tá? - Estella questionou.

- Péssima, Samuel foi levado pra um abrigo e pior do que isso, Humberto disse que se ela perder essa causa ele pode ir parar em um lar adotivo, já que Sérgio não está mais apto pra assumir ele.

- Que horror! - ela disse indignada.

- Infelizmente são as leis, mas é bom verificar nesses casos, sempre existe uma brecha - Renato observou.

- Como assim? - Estella quis saber - tá dizendo que pode ter outra saída?

- Olha eu não tenho propriedade pra falar mas, eu ja vi casos assim e, geralmente existe uma maneira de pelo ao menos, entregar a criança pra um familiar mais próximo.

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