Ninguém fica para trás

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— Todd! — chamou Black — Não atire em ninguém aí de cima, eles irão desconfiar que temos atiradores e mandarão outros atrás de vocês.

— Tud...

O som alto de uma troca de tiros pôde ser ouvido no fone de todos, e antes que o barulho cessasse, Sean e White logo começaram a atirar, assim como os homens de Todd. Todos estavam em alerta, e foi por isso que entraram em conflito ao mesmo tempo. Tudo estava indo conforme o combinado. Os seguranças que desciam o prédio pelas saídas de emergência estavam mortos, os do elevador e os das escadas ao lado dos mesmos também.

— Baylee, sua equipe pode entrar e remover os corpos... — pediu Todd e novamente os rapazes se reagruparam.

— Podem seguir! — informou Gumpa — Usem os elevadores e vão direto para os andares superiores. No penúltimo e último andar tem o dobro de seguranças, eles não permitirão a entrada de forma alguma, vocês tem que tirá-los de lá. Usem algo como distração.

— Todd! — chamou White — Nós podemos descer no antepenúltimo andar e seguir para os superiores através das escadas, mas preciso que peça aos seus homens que cuidem dos seguranças do andar que a gente vai estar, para baixo.

— Tudo bem, White! Eu entendi como vai funcionar. Podem ir.

Conforme o elevador passava por cada um dos 12 andares, as luzes também se apagavam. Os homens de Todd dariam conta dos seguranças, enquanto a pequena gangue se deslocava para os últimos andares.

— Prepare os atiradores de sniper, eles são muitos.

— Ok, Gram.

Quando o elevador parou e logo abriu, os rapazes estavam em posição de ataque, então não esperaram sinal algum para começar e já chegaram atirando. Como não esperavam o ataque daquela noite, os guardas do penúltimo andar foram aniquilados.

— Gumpa, qual a sala?!

— 64, a última a direita! Nesta sala está o caso do Jeon. Nas duas de cima estão o de vocês e o resultado das eleições. Vocês precisam se apressar! A equipe de Todd pode voltar pro primeiro andar, guardem todas as entradas!

— Todd?

— Black?

— Nós vamos para a sala 64, sinta-se a vontade para permitir que atirem nos guardas do andar superior.

— Como desejar. Theo, pode mandar que comecem o ataque no andar de cima.

— Tudo pronto!

— Atirem!

Os tiros não podiam ser ouvidos, pois as armas eram silenciosas e de precisão, então eles não tinham ideia de quem os atacaram e nem de onde vieram os disparos.

— Black, na porta da sala há um sistema de digitais onde só pessoas registradas tem acesso, se você tocar, o prédio saberá que você não é um deles e ligará o gerador. Isso também pode apagar automaticamente todos os dados dos computadores.

— Eu me enganei quando disse que o sistema não era complexo... Eles tem cartas na manga para invasões como essas...

— O que fazemos agora?

— Nada, só esperem o Theo reativar esses sistemas. A porta será aberta automaticamente. — dito e feito — Como agora... Podem entrar. O andar de cima também está livre e o acesso às salas está liberado.

— Vasculhem as gavetas. — mandou Gram.

— Não é necessário. Na estante atrás de você, Sean, há uma grande prateleira.

— Essa de livros? — perguntou aproximando-se.

— Não são livros...

— Não, são casos arquivados...

— O do Jeon está em uma dessas pastas, procurem. Sean e Gram, subam. Não precisam mais ficar aí. Um vai para a sala 75 e o outro para a 78, não há ninguém no caminho.

Tudo estava saindo perfeitamente bem, bem melhor que o planejado. Haviam homens de prontidão na frente do prédio e no portão principal. Atiradores escondidos na densa vegetação que cercava o lugar... Tudo estava perfeitamente organizado.

— Eu vou na sala 78. — disse Gram.

— Por que?! Eu quero ir lá!

— Que?! Por quê?!

— Eu gosto do número...

— Façam-me o favor de não discutirem agora! — reclamou Gumpa e os dois se separaram — Gram, na sala 75 tem um cofre muito complicado de ser aberto. Theo está tentando abrir. Lá dentro está o resultado das urnas, mas, um passo em falso e todos os documentos presentes virarão cinzas.

— O que quer dizer?!

— Dentro da caixa de metal há um sistema de gás... Se a senha for digitada incorretamente, esse sistema é ativado e gera um calor enorme dentro do cofre, isso vai fazê-lo incendiar.

— Levando consigo todas as provas...

— Não toque em nada...

— Gumpa! Nós achamos o caso do Jeon! — comemorou Black e White.

— Esperem os outros na porta do elevador, eles logo se juntarão.

Sean não ligava para a bagunça que estava fazendo enquanto procurava os documentos sobre o incêndio à delegacia inativa da cidade. Os papéis voavam o tempo todo, até ele finalmente tê-lo achado.

— Gumpa, eu achei!

— Sean, desça e os encontre no andar de baixo!

— Gram, tudo bem?! — perguntou Black para seu amigo que estava demorando mais que o normal.

— Eu tô com medo, Black... Eu sei que eu disse que poderia me parar se o Yok aparecesse, mas não me deixa pra trás...

— Nós não saímos sem você... Eu prometo...

— Gram... Eu tô aqui... — falou Gumpa — Olha pela janela esquerda... Nós ainda estamos aqui e não sairemos sem você.

— Todd, o acesso tá liberado, ele pode abrir o cofre.

— Gram, pegue tudo e saia daí!

O cofre foi aberto e tudo que estava dentro dele foi removido. Tudo havia saído como planejado e já era hora de ir embora. Nenhum erro foi cometido e todos se encontraram no andar de baixo, assim como Gumpa havia dito, então desceram todos juntos. Mas, dois andares antes de chegar ao primeiro, um carro chegou à frente do prédio, um único carro.

— Gumpa, é o Yok e o Dan bem ali!

— Yok... O que aconteceu com ele?! — perguntou Aye ao vê-lo cambaleando.

— Peça que não atirem!

— Pessoal, recuem! Não atirem! Black?! — chamou através do rádio — Dan está no prédio... Theo, desligue a energia!

Ao passar pela porta de entrada do prédio, Dan jogou o moreno no chão, foi quando Aye saiu de onde estava e correu até ele.

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