𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:06

1.1K 73 59
                                    

Minha mãe e eu estávamos caminhando para o estacionamento e eu fui parada por um dos diretores, o último que chegou.

Oi, Isabela - Ele diz.

Oi - Digo.

Quero te convidar para ir até o CT amanhã, fazer uma visita - Ele diz.

Vou sim, com prazer - Digo sorrindo.

Estaremos te esperando - Ele diz e vai embora.

[...]

Você acha boa essa aproximação com o Calleri? - Minha mãe pergunta.

Eu gosto, me faz bem - Digo.

Entendi - Ela diz me encarando com um sorriso.

Não me olha assim. Eu me sinto uma vagabunda que está tendo até a alma julgada - Digo.

Não foi a intenção - Ela ri.

Fomos para o meu carro e seguimos para casa. Minha mãe foi tomar um banho para ir se deitar e eu fiquei na sala mexendo no celular, logo recebi uma mensagem do Lucas.

- WhatsApp On -

Oi, Isa

Oi

Tô indo pra balada com
os nossos colegas, se quiser
encontrar com a gente lá

Não tô animada

Vamos, vai ser legal

Vou pensar

Tá bom, é a mesma
que sempre fomos

Beleza, sei aonde é

Até

Até

- WhatsApp Off -

Decidi ir para me divertir um pouco e fui para o quarto me arrumar. Essa balada que sempre ia com o Lucas, é a mesma que conheci o Jonathan. É uma das únicas que tem na cidade e é a melhor entre elas. Já era bem tarde por termos acabado de chegar do jogo mas fui.

Estava com um body ombro a ombro na cor vinho, um short jeans preto curto e um tênis branco. Deixei o cabelo solto e passei somente um batom nude. Eu fui de táxi porque com certeza vou beber e não quero correr o risco de sofrer um acidente enquanto dirijo.

[...]

Peguei a pulseira do camarote e fui caminhando até lá. Encontrei com o Lucas e mais alguns colegas que tínhamos em comum e me juntei à eles.

Está cheio hoje, né? - Questiono enquanto viro um copo de tequila.

Sim, mais que o normal - Lucas diz soltando a fumaça do narguilé.

Quer? - Ele pergunta.

Não, obrigada - Dou um riso falso.

Ficamos conversando sobre alguns assuntos aleatórios enquanto bebíamos e eles fumavam. O papo era ótimo, fazia muito tempo que não víamos esses colegas.

[...]

Eu estava muito afim dessa mina aqui, mas ela não ligava pra mim - Lucas diz.

Talvez se ele tivesse pensado em me contar - Rio.

Vocês dois são muito fodas, dariam um casal legal - Uma das nossas colegas diz.

Ela não gosta de mim - Lucas diz me olhando e eu pego a mangueira do narguilé que ele estava segurando.

Complicado, né? - Coloco na minha boca e puxo a essência, era doce.

Não me daria uma chance - Lucas diz se aproximando do meu rosto.

Quer apostar? - Digo e ele começa a se aproximar pra me beijar. Eu soltei a fumaça no rosto dele e dei risada.

Isso aqui é horrível - Devolvo a mangueira pra ele e ele ri.

[...]

Nossos colegas tinham ido embora e ficou somente Lucas e eu. Talvez eu já estivesse um pouco alterada, mas um pouco.

Por que terminaram? - Ele pergunta.

Aconteceu, não quero entrar em detalhes - Digo.

Entendi, você realmente me daria uma chance? - Ele pergunta.

Talvez antes, se você tivesse me contado que gostava de mim - Digo.

Eu entendo, você nunca vai superar ele. Isso é brega, mas romântico - Lucas diz.

É, me deixa quieta com o meu romantismo brega - Rio.

Eu não sei o que fazer, estou perdida - Digo.

[...]

Eu preciso ir, vou chegar em umas meninas aí - Ele diz se levantando.

Obrigada, por me abandonar - Digo.

De nada, Isa - Ele diz sorrindo.

Sua resposta está ali, Isa. Você sabe o que fazer - Lucas diz apontando para o bar com a cabeça.

Ele saiu, me deixando sozinha. Eu olhei para o bar e vi o Jonathan sentado e bebendo. Fiquei o encarando por um tempo de longe. Ele parecia perdido, ficava rodando o líquido dentro do copo e bebendo. Eu respirei fundo e comecei a caminhar até ele. Recebi alguns assobios e elogios no caminho mas ignorei tudo, eu só precisava chegar até ele.

Um moço tão bonito não deveria estar sozinho aqui - Digo e ele se vira pra me olhar. Quantas lembranças dessa frase.

Pois é, fui abandonado pelos meus amigos - Ele diz assim que me vê.

Posso te pagar uma bebida? - Pergunto olhando o seu copo vazio.

Claro - Ele diz sorrindo. Ele entrou no meu jogo.

Eu não vou fazer a besteira de ir embora sem pedir o teu telefone - Digo me sentando do seu lado.

Eu deveria ter feito isso, bem pensado - Ele ri.

[...]

Que coincidência, Jony - Digo o olhando.

Nem me fale - Ele diz olhando para o copo vazio dele.

Veio com os amigos mesmo? - Pergunto.

Não, vim sozinho. Precisava esquecer um pouco de tudo e todos - Ele diz.

Acho que eu não seria mal educada se pedisse para te fazer companhia, né? - Pergunto.

Imagina - Ele diz.

O barman encheu o copo dele e trouxe um drink que eu pedi. Nós brindamos e depois tomamos.

Tá há quanto tempo aqui? - Ele pergunta.

O suficiente para dizer que eu estou completamente bêbada - Digo e ele ri.

Está sozinha? - Pergunta.

É - Minto. Não quero problemas.

Muito perigoso. Qualquer homem daqui pode se aproveitar de você nesse estado - Jonathan diz.

É, mas agora eu estou do lado de um cavalheiro que não vai deixar nada me acontecer, não é? - Questiono.

Eu seria um babaca se deixasse - Ele diz.

Seria, mas você não é um babaca - Digo.

𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 2° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora