𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:88

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- Seis semanas depois -

Era o fim de tarde de um domingo e estávamos deitados na cama olhando para o teto enquanto eu queria vomitar até os meus órgãos.

Eu estou falando que você está grávida e não quer admitir - Jonathan diz me olhando.

Amor, tira isso da sua cabeça. Eu só estou doente - Digo.

Até a Maristela passou mal com aquela pizza que a gente pediu anteontem - Digo.

Você está passando mal faz uns três dias já, não consegue comer nada, enjoou do cheiro de várias coisas - Ele diz.

Você quer que eu faça um teste? - Pergunto e ele concorda.

Tá bom, eu vou fazer. Você precisa ir lá comprar - Digo.

Eu já comprei - Ele diz pegando o teste na cômoda.

Eu vou fazer, teimoso - Digo e me levanto.

Fui até o banheiro e fiz o teste, esperei aparecer o resultado e voltei para o quarto.

E aí? - Ele pergunta.

Deu negativo, eu falei - Digo entregando o teste a ele.

Não fica assim, nós estamos deixando rolar. Uma hora vai acontecer - Dou um selinho nele.

Eu não estou mal não, só acho que é bom você passar no médico pra pegar um medicamento então - Ele diz.

Não precisa, eu mesma prescrevo alguma coisa - Rio e volto a me deitar.

Bateram na porta do quarto e o Jonathan falou para entrar. A Maristela entrou com um urso nas mãos e subiu na nossa cama.

Você melhorou? - Ela me pergunta.

Eu vou ficar bem, princesa - Sorrio.

E você, mocinha? - Jonathan pergunta.

Eu tô melhor, eu nem vomitei hoje - Ela diz orgulhosa.

Que bom, mi amor - Jonathan diz.

A minha mamãe cuidou muito bem de mim - Ela sorri.

Sempre vou cuidar, minha princesinha - Agarro ela e começo a fazer cócegas nela, que gargalha de tanto rir.

O Jonathan colocou um filme na televisão do quarto e nós ficamos assistindo todos deitados e grudados.

[...]

Alguém está afim de comer uma pizza? - Jonathan pergunta.

Não - Maristela e eu respondemos juntas com certo desespero, fazendo ele rir.

Calma, podemos pedir outra coisa - Ele ri.

Meu amor, mudando de assunto, temos que ver o passaporte dela - Digo ao Jonathan.

Verdade, vamos ir visitar os vovôs na data Fifa - Jonathan diz.

Aonde? - Maristela pergunta.

Na Argentina - Digo.

Eba, quando? - Ela pergunta.

Calma que falta um tempo ainda. Temos muitos jogos pela frente - Jonathan ri.

- Dia seguinte -

Amanhã o nosso jogo é fora do estado e era mais um dos dias que a Maristela ia ficar com a babá. Encontramos alguém de confiança que fica com ela quando viajamos, Maristela aceitou super bem isso, entende que é o nosso trabalho.

Nós fomos para o CT e seguimos para o aeroporto de ônibus. Não demorou muito para embarcarmo, mas eu tive um problema com o passaporte, quase tive que ficar para trás. Nós chegamos no hotel e fomos para o nosso quarto. Eu não estava totalmente bem, mas precisava trabalhar.

Quer comer alguma coisa? - Jonathan pergunta.

Agora não, meu amor. Quero dormir um pouco - Digo me deitando na cama.

Tá bom. Não esqueça de resolver as coisas do seu passaporte - Ele diz.

Tá bom, eu vejo isso quando for ver o da Maristela - Digo e ele concorda.

Eu fechei os olhos e acabei dormindo. Senti ele me cobrindo e dando um beijo no meu rosto.

[...]

Estava em um sono bem tranquilo e despertei com um barulho causado pela tempestade que começou. Eu olhei para o lado e o Jonathan estava dormindo virado para baixo. Peguei o meu celular e vi que tinha um áudio da babá.

Mamãe, tá chovendo muito aqui e eu tô com medo. A tia está cuidando de mim mas eu tô sentindo a sua falta - Ouço a voz de Maristela.

Eu me levantei e fui até a varanda, que era coberta. Eu apertei para iniciar a gravação e comecei a falar um recado para ela.

Oi, meu amor. Aqui tá chovendo muito também, e confesso que até eu estou com medo. Fica tranquila porque não vai acontecer nada, tá bom? Vamos voltar o mais rápido possível - Finalizo o áudio e envio.

Bloqueei o celular e fiquei olhando para a vista do hotel. Estávamos em um andar bem alto e isso me dava um pouco de medo, principalmente por essa chuva repentina.

Vem deitar, amor - Ouço a voz rouca de Jonathan.

Eu já vou - Digo.

Dei um longa respirada e voltei para o quarto, deixando a porta da varanda aberta. Entrava um ar muito gostoso e as cortinas se mexiam bastante por causa do vento, mas o ambiente estava agradável. Me deitei e o Jonathan me puxou para mais perto. Eu dei um beijo na bochecha dele e ele sorriu, depois eu fechei os olhos na esperança do sono vir.

𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 2° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora