𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:35

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- Dia seguinte -

Acordei com um barulho vindo da cozinha e me levantei assustada. Fui correndo até lá e vi a minha mãe recolhendo alguns cacos de vidro.

O que aconteceu aqui? - Pergunto.

Eu derrubei a garrafa d'água e ela quebrou - Ela diz.

Eita, mãe. Deixa que eu te ajudo - Digo me abaixando.

Ajudei ela a recolher os cacos e colocamos tudo dentro de uma caixa de papelão para ninguém se cortar.

Eu vou ir pegar um pano pra secar essa poça d'água - Ela diz indo para lavanderia.

Fui andando atrás da minha mãe e dei a caixa com os vidros para ela deixar na lavanderia. Comecei a caminhar para cozinha enquanto esfregava os olhos pelo sono e escorreguei na água que estava espalhada por lá.

Eu caí bem em cima do meu braço direito e me contorci no chão de olhos fechados e com uma dor insuportável. Minha mãe voltou para cozinha com o pano nas mãos e caminhou rapidamente na minha direção.

Isabela, como você conseguiu essa proeza? - Questiona preocupada.

Eu não vi a água - Digo com uma expressão de dor.

Machucou alguma coisa? - Ela pergunta preocupada.

Eu caí em cima do meu braço - Digo segurando o meu braço direito.

Levanta - Ela diz me ajudando.

Calma aí, calma - Reclamo pela dor.

Ela me ajudou a levantar e eu fui caminhando lentamente até a sala. Eu estava toda molhada por causa da água, notei alguns cortes por causa dos pequenos cacos de vidro que restaram, estava com uma dor absurda no braço direito, estava com dor no quadril, dor nas costas.

Puta que pariu - Respiro fundo.

Deixa eu ver - Ela diz.

Não encosta, por favor - Digo me afastando.

Pode ser algo sério - Ela diz.

É sério, eu devo ter quebrado isso aqui - Digo bufando.

Eu estiquei o meu braço e procurei pelo ponto central da dor, que era o antebraço. Comecei a apertar e sentia perfeitamente o meu osso deslocado.

Está fora do lugar - Digo com uma expressão de dor.

Vamos para hospital então - Ela diz assustada.

Calma aí, eu não posso ir assim - Digo me referindo ao pijama.

Vem, eu te ajudo a se trocar - Ela diz.

Minha mãe me levou para o meu quarto e me ajudou a vestir uma calça jeans e uma camiseta básica. Eu não conseguia mover o braço, simplesmente não dava. Voltamos para sala e eu me sentei com dificuldade no sofá por causa da dor no quadril.

O que faço? Chamo um táxi? - Ela pergunta.

Liga para o Jonathan - Digo passando a mão esquerda pelo rosto.

Minha mãe ligou para ele e explicou o que aconteceu, depois desligou.

Ele disse que já está vindo pra cá - Ela diz.

Fiquei tentando controlar a respiração por causa da dor e minha mãe pegou os meus documentos para irmos para o hospital. Se passou poucos minutos e o Jonathan chegou em casa, estava bem preocupado.

Como você conseguiu fazer isso? - Jonathan pergunta.

Eu só escorreguei - Digo segurando o meu braço.

Melhor irmos rápido, pode acabar piorando - Ele diz me ajudando a levantar.

Eu tentei dar um passo e simplesmente não consegui, a dor não deixava. Me sentei no sofá novamente e comecei a chorar, nunca senti uma dor física tão intensa assim.

Você quer que eu te carregue? - Ele pergunta.

Não precisa - Digo.

Mãe, pega algumas faixas e uma camiseta - Digo e ela concorda.

[...]

Eu vou voltar no lugar e você vai apertar as faixas no meu braço o máximo que puder - Digo para minha mãe e ela concorda um pouco assustada.

E a camiseta? - Jonathan pergunta.

Coloca ela na minha boca e não solta por nada - Digo e ele me olha assustado.

Ele colocou a camiseta na minha boca e ficou a segurando, eu respirei fundo e coloquei a mão por cima da fratura. Fiz uma contagem regressiva mental de dez segundos e voltei o meu osso no lugar. Eu gritei muito por causa da dor e comecei a chorar. Jonathan me abraçou enquanto eu chorava e minha mãe enfaixou o meu braço.

𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 2° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora