𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:69

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Pedi para uma das monitoras ficar de olho nas meninas e nós fomos para o local da festa novamente. A Lorena pegou uma bebida e se juntou ao Luciano, ele estava jogando truco com os meninos do time. Eu me sentei sozinha em uma mesa e vi o Jonathan de longe, ele estava concentrado enquanto falava com o Galoppo e o Ferraresi. Eu notei a falta de muita gente, provavelmente foram embora enquanto eu não estava aqui.

Ergui as minhas pernas na cadeira que estava na minha frente e fiz uma expressão de dor, os saltos só servem para machucar os nossos pés. Jonathan desviou o olhar dos meninos e pareceu procurar por alguém, ele me viu e mandou um beijo. Os meninos comecaram a rir e ficaram dando tapas na cabeça dele.

[...]

Eu deitei a minha cabeça para trás e fechei os olhos no intuito de descansar um pouco, uma missão impossível já que o local estava cheio de pessoas e estava tocando uma música altíssima. Senti alguém pegando nos meus pés e despertei assustada.

Calma - Jonathan diz.

Que susto, porra - Rio.

Que pezinho de princesa - Ele diz sarcasticamente.

Os meus pés estavam encardidos por estar andando descalço por aí, a barra do vestido não estava muito diferente. Eu mostrei o dedo do meio e ele riu, depois pegou uma cadeira e se sentou ao meu lado.

Comeu alguma coisa? - Ele pergunta.

Nada, só bebi - Digo.

Você tem que comer, Bela. A gente já conversou sobre isso - Ele diz sério.

Não tive tempo, estava ocupada demais dançando - Rio.

Vou pegar alguma coisa pra você - Ele diz se levantando.

Me ajeitei na cadeira e peguei uma taça de vinho da bandeja de um garçom que estava passando. Comecei a beber e o Jonathan voltou com um prato de comida, ele tirou a taça da minha mão e me deu um copo d'água para acompanhar a comida.

Obrigada, pai - Digo sarcasticamente.

Não me chama assim - Ele ri e eu rio também. É, já estávamos bêbados.

Comecei a comer e ele ficava me olhando. Eu tentava não olhar para ele, mas era impossível. Eu terminei de comer e levei o prato até o pessoal que estava trabalhando aqui. Eu perguntei para o barman se ele tinha uma pastilha de menta e ele tinha mesmo. Eu agradeci e depois comi para disfarçar um pouco o gosto.

[...]

Tem algum desses que eu ainda não bebi? - Pergunto tentando ler o cardápio que ficava no bar.

Acho que não. Já tomou todos eles - O barman diz.

Então me dá um daquele azul de novo - Digo e ele concorda.

Fiquei esperando e ele me entregou o copo com um canudo. Eu tomei um gole e estava bem forte, capricharam na vodka.

Misericórdia, eu vou vomitar - Digo respirando fundo.

A senhora está bem? - Ele pergunta.

Relaxa, eu estou bem - Me recomponho e volto a beber o drink.

Eu gostei muito desse azul - Digo.

Que bom que gostou - Ele diz.

Vou chamar vocês para o meu aniversário, vocês são muito gente boa - Digo estendendo a mão e ele a aperta estranhando um pouco.

Não liga, cara - Caio na gargalhada.

Eu estou bêbada pra caralho - Digo e ele ri.

Muito obrigada por ter feito esse drink, muito obrigada - Estendo a minha mão novamente.

De nada - Ele diz e aperta a minha mão.

Acho que já deu - Ouço a voz de Jonathan atrás de mim.

Amor, olha você aí - Digo assim que o vejo.

Vamos tomar uma água? - Ele pergunta.

Água não, eu quero vodka, tequila, cachaça, o que tiver álcool - Digo e Jonathan ri.

Vem - Ele diz pegando na minha cintura e saindo comigo.

Quantos copos você já bebeu desde o início da festa? - Pergunta tirando o copo da minha mão.

Foram mais de dois, com certeza - Digo.

Eu vou te levar pra jogar uma água no rosto - Ele diz.

Não, vai tirar a minha lindíssima maquiagem. Eu demorei tanto pra ficar bonita pra você - Digo.

Você não precisa disso pra ficar bonita - Ele diz me dando um selinho.

Ele foi me levando para a área da casa e eu parei de caminhar quando estávamos passando pela grama, eu coloquei as mãos no joelho e depois vomitei tudo que tinha no estômago, me senti até sem forças. Jonathan tirou o cabelo do meu rosto e me olhou.

Você tá bem? - Ele pergunta e eu concordo.

Vem, mi amor - Ele diz me levando para dentro da casa praticamente arrastada.

Lavei a boca e joguei uma água no rosto, me olhei no espelho, mas a maquiagem continuava intacta, bendita prova d'água.

Que horas são? - Pergunto.

02:49 da manhã - Ele diz assim que olha para o relógio em seu pulso.

Quem tanto ainda está aí? - Pergunto.

Ficou todo o povo que vai dormir por aqui, de fora está somente o Nestor e o Diego com as namoradas, o Galoppo e o Ferraresi - Jonathan diz.

Os seus pais estão lá? - Pergunto.

Meus pais já foram dormir no quarto deles, a sua mãe está jogando truco com o Luciano, o Galoppo e o Ferraresi e as minhas irmãs estão dançando igual duas loucas - Ele diz.

Entendi - Rio.

Voltamos para festa abraçados e estava aquele clima agradável de fim de festa. A música estava baixa e os funcionários arrumavam o que podiam. Para ser mais exata, vou citar quem ainda estava por aqui: Minha mãe, Luciano, Lorena, Galoppo, Loris, Ferraresi, Guadalupe, Agustín, Estefania, Diego e a namorada Ana e Nestor com a namorada Jennifer. Todos reunidos em uma mesa só. Nos juntamos a eles e ficamos apenas observando o assunto.

Então se a gente quiser adotar uma tartaruga, a gente precisa de autorização? - Luciano pergunta.

Sim, legalmente sim - Minha mãe diz.

É muita burocracia, nem compensa - Nestor diz.

Que assunto é esse? - Jonathan ri.

Nem pergunte como chegamos nisso - Galoppo diz.

𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 2° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora