- Alguns dias depois -
Já tínhamos voltado para casa e a nossa convivência estava boa até demais. Nós curtimos muito a nossa lua de mel e foi, com certeza, a melhor viagem da minha vida. Logo começa a pré temporada do São Paulo e eu já estou preparando o psicológico para o longo ano que virá. Neste momento eu estou sentada no sofá montando uma planilha de exercícios para os atletas e o Jonathan está tomando um pote de sorvete do meu lado.
Aproveita, logo acaba essa moleza - Digo.
Tá muito bom, quer? - Ele pergunta.
Não, valeu - Rio.
Tá muito ocupada? Precisamos conversar - Ele diz.
É sobre o que eu estou pensando? - Pergunto.
Provavelmente - Ele diz.
Vamos a discussão então - Deixo o celular de lado.
Maristela é amável, muito carinhosa e não dá trabalho nenhum - Digo.
Mas ela é uma criança, logo já entra na escolinha e vai precisar de muita atenção e da nossa presença, sendo que sempre estaremos viajando com o clube - Ele diz.
Você tem um ponto, mas nós resolvemos isso - Digo.
Como? - Ele pergunta.
Eu vou ser muito presente, acredito que você também. Nós viajamos em torno de uma vez por semana, podemos contratar uma babá - Digo.
E você não acha que ela vai se sentir abandonada? - Ele questiona.
Não, ela é muito esperta, vamos explicar certinho que esse é o nosso trabalho - Digo.
Isso vai ser complicado e vai ser uma burocracia do caralho. Você quer isso mesmo? - Pergunta.
Eu que preciso perguntar. Você quer isso? - Pergunto.
O que você topar, eu topo. Mas vamos educar ela do nosso jeito, com as nossas regras e se chegarmos a ter outro filho, não vai ter diferença nenhuma de tratamento. De acordo? - Ele pergunta.
Totalmente. Você acha que ela vai gostar da ideia? - Pergunto.
Ela gosta muito de nós dois, mas talvez esteja esperando que os pais voltem, é difícil saber - Diz.
Você realmente está certo disso, Jony? Eu vou compreender se você achar loucura - Digo.
Tudo bem, eu apoio. Formar uma família com você é o maior sonho da minha vida, e a Maristela é top, eu gosto dela - Ele diz.
Então tá bom. Vamos conversar com a Rebeca e ver tudo que precisa ser feito - Digo.
- Dia seguinte -
Nós fomos até a ONG para deixar o cheque desse mês e íamos aproveitar para conversar com a Rebeca. Nós falamos um pouco com as crianças e ficamos a sós com a Maristela. Ela estava meio triste.
O que foi, meu amor? - Pergunto.
Eu estava com saudade de vocês - Ela diz.
Eu também estava, é que aquele dia tivemos um imprevisto e fomos embora mais cedo - Digo.
Achei que vocês não iam mais voltar - Ela diz.
E deixar de visitar você? Nunca - Jonathan diz.
Nós somos amigos, não somos? - Ele pergunta estendendo o dedo mindinho.
Sim - Ela entrelaça o dedo dela com o dele.
Você gosta de morar aqui, meu amor? - Pergunto.
As tias são bem legais, mas eu sinto falta da minha casa - Ela diz.
Entendi - Digo.
[...]
Jonathan e eu fomos falar com a Rebeca e ela nos recebeu com um sorriso no rosto, como sempre. Entregamos o cheque e ela agradeceu.
Rebeca, nós gostaríamos de conversar com você - Digo e ela presta atenção.
Seria possível adotar uma das crianças que estão aqui? - Pergunto.
Bom, já recebi várias perguntas assim de algumas pessoas que vieram visitar - Ela ri.
É possível sim. A gente só precisa verificar as documentações e se a criança tem interesse em ser adotada - Ela diz.
Estamos falando da Maristela, não é? - Ela pergunta e Jonathan concorda.
Eu imaginei. Mas tem outro casal que tem interesse na menina - Rebeca diz.
O meu coração apertou com a frase que saiu da boca dela. Eu apertei a mão de Jonathan e ele a acariciou com o polegar.
O processo avançou? - Ele pergunta.
Não, eles só visitaram mesmo e disseram que gostaram dela - Rebeca diz.
Será que a gente poderia conversar com ela pra ver se ela gosta da ideia? - Pergunto.
Claro, desde que não criem expectativas nela - Rebeca diz.
Tudo bem - Concordo.
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𝙴𝚇 𝙰𝙼𝙾𝚁: 2° 𝘛𝘌𝘔𝘗𝘖𝘙𝘈𝘋𝘈 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶
Fanfiction"Segunda etapa da história EX AMOR." [+16]