Capítulo 27

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Carolina. - Rio de Janeiro, 20 de abril, Complexo da Maré. 22:09 PM.

Autossabotagem.

É a definição de quem coloca obstáculos em afazeres simples, acompanhado de pensamentos negativos e atitudes autodestrutivas.

E era exatamente o que eu estava fazendo. No primeiro sinal de interesse que Falcão teve em mim, eu fugi, não só por isso, mas por outros fatores também. Eu me distanciei, eu não me permiti viver o que eu queria.

Me lembro da conversa que eu tive com Maria e as palavras que ela me disse, na verdade as coisas que ela falou serviu pra me alertar que eu realmente estava me autossabotando.

Há duas semanas eu voltei à terapia à pedido de Maria e Tamires, duas vezes por semana. A doutora Fernanda é um amor, me instruiu muito nas quatro únicas consultas que eu tive. Eu me senti a vontade pra contar tudo pra ela sem o medo de ser julgada.

As consultas com ela também abriram meus olhos sobre estar colocando obstáculos em coisas simples.

Eu tenho tido uma melhora e preferi me distanciar pra realmente ver resultado nas sessões. Eu estou melhorando pelo meu filho, quero estar bem pra ver ele crescer, e não quero que ele veja em mim uma desequilibrada.

- Porra, morena. Aí eu fico sem palavras. - eu olhei pra Thiago ainda sentada no colo dele, na varanda da sua casa.

Uma das coisas que minha terapeuta me indicou foi ser sincera comigo mesma e com Thiago. Sim, ela sabe sobre ele porque me perguntou se tinha algum outro homem no jogo e eu não queria ocultar nada pra não atrapalhar no resultado das sessões.

- Eu só queria ser sincera, você não precisa falar nada. - falei e ele riu.

- Não é assim não. Eu tô te curtindo e fiquei puto porque tu se afastou de mim. Mas eu entendi que voltar naquele assunto pra ti foi complicado, dei teu tempo.

- Realmente foi complicado, mas eu entendi que o que aconteceu já passou e eu não posso ficar me remoendo. - ele assentiu e colocou uma mão na minha nuca e a outra ficou ali na minha coxa.

Ele seguiu olhando nos meus olhos e nem precisava ele falar nada, eu entendia o que o seu olhar dizia e ele parecia entender o que o meu dizia também. Eu o queria.

Antes eu tava com frio mas agora eu tô com calor.

- Vamo deixar rolar, princesa. - eu fechei os olhos sentindo sua mão fazer um carinho gostoso no meu rosto.

- Vamos deixar rolar. - confirmei tomando a decisão sem pensar demais.

Sua boca encontrou a minha em um beijo cheio de desejo, nossas línguas se encontraram e se movimentavam juntas fazendo o momento ficar ainda mais gostoso.

Era um beijo calmo, sem segundas intenções mas quente. Porra, que beijo bom esse homem tem.

- Tu é viciante, Carolina. - falou e eu sorri ainda pertinho da boca dele, doida pra beijar de novo, mas olhar pra ele parecia mais atrativo.

- Sou? - provoquei ele mordendo seu lábio inferior e o filho da puta apertou minha coxa com força.

- Cuidado ein, Carolzinha. Tu provoca daí e eu provoco daqui, vamo ver quem cede primeiro. - ele brincou e eu ri.

- Parei. - falei rindo e ele ajeitou minhas pernas pra que eu sentasse de frente no seu colo, em cima do sofá da varanda.

- Mas eu não quero que tu pare não. Eu que não garanto parar se tu continuar me provocando assim. - falou no meu ouvido e mordeu a pontinha da minha orelha.

Falcão passou a ponta da língua no meu pescoço e eu suspirei passando as unhas na sua nuca sabendo que ele se arrepiava com isso. Eu colei minha boca na sua de novo sentindo o gosto da maconha que ele tava fumando antes e nem me importei. Nos separamos com alguns selinhos e só distanciamos nossas bocas fazendo nossos rostos se aproximarem e nossas respirações aceleradas se misturarem.

- Vai dormir aqui? - ele questionou depois de um tempo e eu balancei a cabeça concordando. - Que bom, porque eu não ia te deixar ir pra sua casa.

- Que tóxico. - falei e ele escondeu o rosto no meu pescoço, sentindo meu cheiro.

- Bora pro quarto, gostosa? - ele perguntou.

- Eu só preciso de um banho, só quem tomou banho hoje foi Natan. - ele riu.

- Toma banho comigo. - o tom dele não foi nem um pedido, foi uma ordem. Ele se levantou e me pôs no chão com cuidado e pegou na minha mão entrando dentro de casa.

Fomos pro corredor e ele abriu uma porta que era uma segunda suíte e me levou direto pro banheiro, tava tudo vazio e o banheiro parecia novo, tinha até uma banheira.

Falcão ligou a torneira pra encher a banheira e virou pra mim. Ele me olhou e se aproximou passando os dois braços pela minha cintura e me dando um selinho.

Minha mão passou por todo o seu peitoral e levantei sua camisa, ele me ajudou a tirar e fez o mesmo comigo pra tirar minha blusa, revelando a parte de cima da minha lingerie. Cobri meu peito com a mão e minha bochecha tava pegando fogo.

- Juro pra ti que tu é a mulher mais gostosa que eu já vi na vida. - ele falou e eu fiquei toda besta. Falcão tirou minha mão da frente dos meus peitos e olhou fixo pra eles.

- Eu duvido muito, mas vou concordar. - falei e ele me encarou.

- Vai se fuder, Carolina. Mal te beijei e olha como eu tô porra. - ele levou minha mão até seu pau por cima da calça e eu demorei mais minha mão ali, pensando estratégicamente no meu próximo passo.

- Eu te ajudo com isso. - fui descendo minha mão por sua perna até estar de joelhos bem de frente pro seu membro.

- Carolina, tem certeza? Tu não precisa! - nem respondi, só abri o zíper e o botão da bermuda dele e o ajudei a tirar.

Em seguida fui descendo sua cueca e ele tirou também, jogando em algum canto. Eu segurei com uma mão seu pau grande e grosso e com a outra mão me apoiei na sua perna. Comecei a masturbar ele de leve, percebendo que ele estava se segurando pra não agir da forma bruta dele. Falcão tava deixando acontecer no meu tempo.

Passei a língua na cabecinha dele, e suguei somente aquela região antes de começar a chupar por completo sua extensão.

- Puta que pariu. - ele sussurrou e jogou a cabeça pra trás.

Comecei a colocar mais do seu tamanho na minha boca, fazendo movimentos de ida e vinha com a cabeça, usei a mão também apertando de leve seu membro.

Falcão envolveu sua mão no meu cabelo e me incentivou a ir mais fundo, abri mais a boca e deixei que ele se movimentasse pra dentro enquanto puxava alguns fios. A visão que eu estava tendo era privilegiada. Uma delícia ver Falcão jogar a cabeça pra trás sentindo prazer enquanto metia fundo na minha garganta.

- Sai, Carolina. Eu vou gozar. - ele mandou e tentou afastar minha cabeça, mas eu segurei e continuei me movimentando, chupando com força até sentir seu pau contrair e começar a gozar.

RENASCER [CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora