Falcão. - Rio de Janeiro, 13 de março, Complexo da Maré. 14:00 PM.
É uma puta sacanagem ter que trabalhar quando na verdade eu só queria aproveitar Carolina na minha cama e foder até ela esquecer o próprio nome. Mas eu precisaria de tempo pra isso, e era algo que no momento eu não tinha.
Ver Carol toda entregue e quase explodindo de tesão, é com certeza uma cena que eu quero repetir mais algumas vezes. O cabelo bagunçado, a boca aberta, ela gemendo meu nome e meu vulgo, puta que pariu, que mulher do caralho.
É uma pena não ter tempo pra fazer o que eu quero, mas o dia vai chegar.
- Ei, princesa, bora. - dei dois tapinhas na perna dela que ainda tava meio mole prendendo o cabelo e caçando a calcinha no chão do quarto, mal sabia ela que eu guardei a calcinha no bolso sem ela perceber.
- Tu viu minha calcinha? - ela perguntou de costas pra mim me olhando por cima do ombro e não dava pra me concentrar muito com aquela bunda bem na minha frente. Porra.
- Vish, vi não. - eu falei me levantando e apertando com força a sua bunda. Ela deu um gritinho e deu risada em seguida.
Depois de parecer frustrada por não achar a calcinha, ela só enfiou o short no corpo e me olhou colocando as duas mãos na cintura.
- Vamos? - ela me chamou e eu só andei na sua frente ajeitando meu pau duro dentro da bermuda.
Peguei a chave do carro e fui andando pra fora vendo que Caroline tava vindo atrás de mim. Abri a porta do carro pra ela e ela entrou fechando a porta. Dei a volta e entrei no banco do motorista.
- A gente vai ter que comprar um presente pra Natan. Você prometeu e se eu chegar em casa com as mãos vazias, ele vai me cobrar. - ela falou.
- Bora lá, a gente compra. - eu falei e comecei a dirigir até uma loja no complexo que vendia brinquedo. - Qual herói que ele gosta?
- Ele é louco pelo Hulk, mas já tem dezenas de hulks de todos os tamanhos lá em casa. - ela saiu do carro quando eu estacionei e foi entrando na loja.
- E aí, chefe. - um vapor me cumprimentou quando me viu entrando na loja e eu só acenei com a cabeça.
- Ele ama carros também, por isso pediu um de controle remoto. Tu já comprou inclusive? - ela perguntou e eu fui andando atrás dela com o celular na mão avisando PH que eu já tava indo pra boca.
- Pedi pra comprarem lá em SP que é mais barato, pai é economista. - eu falei e ela gargalhou. - Amanhã deve chegar.
- Esse aqui tá ótimo, ele vai adorar. - ela pegou uma bola de futebol meio colorida e jogou pra mim que peguei no ar.
- Bora pagar logo, te deixo lá na tua casa e tenho que ir trabalhar. - ela me olhou e concordou.
Passei no caixa e paguei ouvindo ela reclamar no meu ouvido falando que ia me devolver depois que chegasse em casa. Carolina é orgulhosa demais, ela ainda não entendeu que eu tô disposto pra caralho a arcar com os custos de Natan pra aliviar pra ela, desde o mais simples até o mais caro. Eu ficava puto quando ela não me deixava fazer isso.
Fui dirigindo pra casa dela e estacionei bem na frente.
- Obrigada, Thiago. - ela falou e foi abrindo a porta mas eu segurei seu braço.
- Nenhum beijo de despedida cara? - eu falei rindo e ela negou com a cabeça voltando a me olhar.
Ela se aproximou e ia me dar só um selinho, mas eu segurei sua nuca e aprofundei o beijo fazendo ela gemer contra minha boca.
- Valeu aí, princesa. Qualquer coisa liga que eu venho pra cá. - falei e dei um ultimo selinho antes de ver ela sair rindo e fechando a porta do carro.
(...)
- E então, mandou me chamar pra que chefe? - PH falou quando eu cheguei na boca, onde ele tava me esperando.- E aí, cara. Quanto tempo. - fiz toque com ele que se levantou da cadeira pra me cumprimentar.
- E bote tempo nisso, porra. - ele respondeu e a gente riu.
- Danone e DG tão pra chegar aí, eles vão participar da reunião também. São os meus de confiança.
- Boto fé, pae. Vamo esperar eles então. - ele voltou a sentar no meu sofá e puxou assunto de como eu tava nesses dois anos.
- Porra, achei que tava cedo, foi mal aí pelo atraso. - DG foi chegando com Danone e foram logo fazendo toque com PH e comigo, e se jogaram no meu sofá também.
- Bora lá, foco na reunião. - eu me ajeitei na cadeira e peguei uns papeis que precisaria. - Recebemos essa merda aqui e te chamei exatamente pra ver de onde isso saiu, chegou junto com a cabeça de um dos vapores de linha de frente.
- Pelo visto é uma lista de gente pra matar, cara. Tem um nome só riscado. - ele falou o obvio.
- Isso aí. - ele continuou lendo e me olhou. - Tu vai descobrir tudo isso aí pra mim. De onde veio, quem tá mandando essa porra e quem tá na frente disso.
- Pode deixar chefe. - ele falou concordando com a cabeça.
- E outra coisa, eu e meus parceiros aqui estamos com uma pulga atrás da orelha por causa desse nome aqui. - apontei pro papel.
- Daniel... O que tem ele? - PH perguntou.
- Ele era pra tá morto, foi assassinado tem três anos.
- Deveria tá riscado da lista também, não? - ele perguntou sem entender também.
- Deveria, esse é o problema. O cara tem certidão de óbito e tudo. - peguei o documento que comprovava a morte desse filho da puta e entreguei na mão dele. - Quero que tu consiga essas informações pra mim, o mais rápido possível.
- Na hora, patrão. Tu que manda.
- Esses dois aqui vão ficar esperando tua resposta. - os dois me olharam de cara feia. - E eu tô confiando em tu, irmão. Sempre confiei. Se tu vacilar comigo tu tá ligado no que acontece né.
- Porra, Falcão. Sem caô parceiro, nós tamo junto nessa.
- Acho bom mesmo. - falei e ele só guardou os papéis e acenou pra ir embora.
- Tu tá pilhado, né? - DG perguntou e eu só concordei com a cabeça.
- E tu não tá, pô? Teu nome também tá naquela lista, colega. - Danone falou e eu respirei fundo.
- Bora manter a cabeça no lugar pra não pisar na bola. - falei e eles ficaram em silêncio. - Quem tiver por trás disso vai pagar caro, vai pagar com a vida. A gente vai vingar o mano Machado.
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RENASCER [CONCLUÍDA)
RomanceCarolina conhece muita coisa sobre relacionamento, principalmente tendo passado pelas mãos doentias do ex abusivo, ela só conhece o lado negativo de se relacionar. Natan, seu filho, foi a única coisa boa que lhe aconteceu nesse período conturbado da...