Capítulo 21

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Falcão. - Rio de Janeiro, 13 de março, Complexo da Maré. 14:00 PM.

É uma puta sacanagem ter que trabalhar quando na verdade eu só queria aproveitar Carolina na minha cama e foder até ela esquecer o próprio nome. Mas eu precisaria de tempo pra isso, e era algo que no momento eu não tinha.

Ver Carol toda entregue e quase explodindo de tesão, é com certeza uma cena que eu quero repetir mais algumas vezes. O cabelo bagunçado, a boca aberta, ela gemendo meu nome e meu vulgo, puta que pariu, que mulher do caralho.

É uma pena não ter tempo pra fazer o que eu quero, mas o dia vai chegar.

- Ei, princesa, bora. - dei dois tapinhas na perna dela que ainda tava meio mole prendendo o cabelo e caçando a calcinha no chão do quarto, mal sabia ela que eu guardei a calcinha no bolso sem ela perceber.

- Tu viu minha calcinha? - ela perguntou de costas pra mim me olhando por cima do ombro e não dava pra me concentrar muito com aquela bunda bem na minha frente. Porra.

- Vish, vi não. - eu falei me levantando e apertando com força a sua bunda. Ela deu um gritinho e deu risada em seguida.

Depois de parecer frustrada por não achar a calcinha, ela só enfiou o short no corpo e me olhou colocando as duas mãos na cintura.

- Vamos? - ela me chamou e eu só andei na sua frente ajeitando meu pau duro dentro da bermuda.

Peguei a chave do carro e fui andando pra fora vendo que Caroline tava vindo atrás de mim. Abri a porta do carro pra ela e ela entrou fechando a porta. Dei a volta e entrei no banco do motorista.

- A gente vai ter que comprar um presente pra Natan. Você prometeu e se eu chegar em casa com as mãos vazias, ele vai me cobrar. - ela falou.

- Bora lá, a gente compra. - eu falei e comecei a dirigir até uma loja no complexo que vendia brinquedo. - Qual herói que ele gosta?

- Ele é louco pelo Hulk, mas já tem dezenas de hulks de todos os tamanhos lá em casa. - ela saiu do carro quando eu estacionei e foi entrando na loja.

- E aí, chefe. - um vapor me cumprimentou quando me viu entrando na loja e eu só acenei com a cabeça.

- Ele ama carros também, por isso pediu um de controle remoto. Tu já comprou inclusive? - ela perguntou e eu fui andando atrás dela com o celular na mão avisando PH que eu já tava indo pra boca.

- Pedi pra comprarem lá em SP que é mais barato, pai é economista. - eu falei e ela gargalhou. - Amanhã deve chegar.

- Esse aqui tá ótimo, ele vai adorar. - ela pegou uma bola de futebol meio colorida e jogou pra mim que peguei no ar.

- Bora pagar logo, te deixo lá na tua casa e tenho que ir trabalhar. - ela me olhou e concordou.

Passei no caixa e paguei ouvindo ela reclamar no meu ouvido falando que ia me devolver depois que chegasse em casa. Carolina é orgulhosa demais, ela ainda não entendeu que eu tô disposto pra caralho a arcar com os custos de Natan pra aliviar pra ela, desde o mais simples até o mais caro. Eu ficava puto quando ela não me deixava fazer isso.

Fui dirigindo pra casa dela e estacionei bem na frente.

- Obrigada, Thiago. - ela falou e foi abrindo a porta mas eu segurei seu braço.

- Nenhum beijo de despedida cara? - eu falei rindo e ela negou com a cabeça voltando a me olhar.

Ela se aproximou e ia me dar só um selinho, mas eu segurei sua nuca e aprofundei o beijo fazendo ela gemer contra minha boca.

- Valeu aí, princesa. Qualquer coisa liga que eu venho pra cá. - falei e dei um ultimo selinho antes de ver ela sair rindo e fechando a porta do carro.

(...)
- E então, mandou me chamar pra que chefe? - PH falou quando eu cheguei na boca, onde ele tava me esperando.

- E aí, cara. Quanto tempo. - fiz toque com ele que se levantou da cadeira pra me cumprimentar.

- E bote tempo nisso, porra. - ele respondeu e a gente riu.

- Danone e DG tão pra chegar aí, eles vão participar da reunião também. São os meus de confiança.

- Boto fé, pae. Vamo esperar eles então. - ele voltou a sentar no meu sofá e puxou assunto de como eu tava nesses dois anos.

- Porra, achei que tava cedo, foi mal aí pelo atraso. - DG foi chegando com Danone e foram logo fazendo toque com PH e comigo, e se jogaram no meu sofá também.

- Bora lá, foco na reunião. - eu me ajeitei na cadeira e peguei uns papeis que precisaria. - Recebemos essa merda aqui e te chamei exatamente pra ver de onde isso saiu, chegou junto com a cabeça de um dos vapores de linha de frente.

- Pelo visto é uma lista de gente pra matar, cara. Tem um nome só riscado. - ele falou o obvio.

- Isso aí. - ele continuou lendo e me olhou. - Tu vai descobrir tudo isso aí pra mim. De onde veio, quem tá mandando essa porra e quem tá na frente disso.

- Pode deixar chefe. - ele falou concordando com a cabeça.

- E outra coisa, eu e meus parceiros aqui estamos com uma pulga atrás da orelha por causa desse nome aqui. - apontei pro papel.

- Daniel... O que tem ele? - PH perguntou.

- Ele era pra tá morto, foi assassinado tem três anos.

- Deveria tá riscado da lista também, não? - ele perguntou sem entender também.

- Deveria, esse é o problema. O cara tem certidão de óbito e tudo. - peguei o documento que comprovava a morte desse filho da puta e entreguei na mão dele. - Quero que tu consiga essas informações pra mim, o mais rápido possível.

- Na hora, patrão. Tu que manda.

- Esses dois aqui vão ficar esperando tua resposta. - os dois me olharam de cara feia. - E eu tô confiando em tu, irmão. Sempre confiei. Se tu vacilar comigo tu tá ligado no que acontece né.

- Porra, Falcão. Sem caô parceiro, nós tamo junto nessa.

- Acho bom mesmo. - falei e ele só guardou os papéis e acenou pra ir embora.

- Tu tá pilhado, né? - DG perguntou e eu só concordei com a cabeça. 

- E tu não tá, pô? Teu nome também tá naquela lista, colega. - Danone falou e eu respirei fundo. 

- Bora manter a cabeça no lugar pra não pisar na bola. - falei e eles ficaram em silêncio. - Quem tiver por trás disso vai pagar caro, vai pagar com a vida. A gente vai vingar o mano Machado.

RENASCER [CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora