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Amara
Fico muito apavorada com o que ela diz, a minha ficha de fato caiu e custo a acreditar e aceitar que o que resta da minha vida agora é ser escrava sexual ou seja lá o que for de alguém.- A gente precisa dar um jeito de fugir daqui o mais rápido possível.

Brenda - Tenho pensado muito nisso. Mas como? Estamos em alto mar.- falo observando ela que anda de um lado para o outro no quarto, abrindo todas as gavetas como se tivesse procurado por alguma coisa.- Você precisa parar de responder para a senhora Maddie, temo que ela se irrite e acabe te castigando como no outro navio com aquele general horrível.

Amara - Sei disso, mas falo no desespero. Quando dou por conta já falei...- tento olhar pela janela do nosso quarto a movimentação do corredor, mas não vejo nada.
No início da noite vieram nos buscar, nos arrumaram e não demorou muito para um iate muito elegante se aproximar do nosso navio. Desembarcaram quatro homens e uns oito seguranças armados. Maddie mandou preparar mais duas meninas as pressas, fiquei apreensiva e feliz ao mesmo tempo ao ver Zoe, mas ela está tão diferente... Olhos arregalados, rindo e com movimentos lentos, não parece nada com a Zoe que conheço. Fico triste, pois me dou conta de que provavelmente ela foi drogada ou está bêbada.
Maddie oferece coquetéis para os homens, e conversa com um deles, um muito elegante. Ela apresenta as meninas como se fossem mercadorias, a cena me causa certo asco.

Maddie - Leve-a de volta para o quarto.- falo ao guarda.- O sheik teve um imprevisto e vai chegar mais tarde.- falo para ela.- Continue preparada, a qualquer momento mandarei te buscar.

Lucas
No caminho para o quarto percebo que ela está chorando e tentando controlar a respiração, como se estivesse tentando se acalmar sozinha. Assim que chegamos em frente ao quarto, me preparo para abrir a porta, mas ela foi mais rápida e subiu no parapeito.- O que você está fazendo?- falo assim que consigo segurá-la e levar ela para dentro do quarto.

Amara - Eu prefiro morrer a fazer isso. Por favor me solta.- choro muito, ainda sendo amparada por ele.

Lucas - Me ouve.- cubro sua boca por um breve instante já que ela não parava de implorar para que eu a soltasse.- Vai ficar tudo bem, eu prometo.- ela me olha, ainda muito aflita.- Eu não sou um deles e estou tentando ajudar. Ninguém vai tocar em você, mas você precisa confiar em mim. Ok?- ela concorda com a cabeça.

Amara - Você disse que iria nos ajudar, mas sumiu...- falo chorosa enquanto ele me olha.

Lucas - Tenho muito trabalho a fazer, mas eu costumo cumprir o que prometo.- explico que ela precisa continuar agindo como se nada tivesse acontecendo, até o restante da ajuda que já está a caminho chegar. Saio do quarto e tranco a porta.

James - Soldado?- ele me olha.- O que estava fazendo dentro desse quarto?

Lucas - A menina tentou se jogar no mar, precisei conter ela e levá-la para dentro. Pode olhar na câmera se o senhor quiser.- ele pega o walkie-talkie e pede para alguém olhar as imagens, ao confirmar o que eu disse ele agradece.

James - Volte para o seu posto.- estendo a mão e ele me entrega a chave do quarto.

Lucas
Volto para o meu posto e fico observando a orgia lá no deque, muita bebida, drogas  e música alta. Pela primeira vez, tenho a sensação de que não vou conseguir ajudar todas as meninas e isso me chateia. Como soldado, cada vida salva vale muito mais que a minha própria vida.

Dom - Consegui colocar a cocaína preparada para as meninas, nos drinks que foram entregues para os caras.- falo me aproximando dele.

Lucas - Eu já estava nervoso aqui, está tudo fugindo do controle, pela primeira vez não vejo uma solução se a ajuda não chegar logo.

Dom - Também estou preocupado, mas esperançoso. Daqui a pouco eles vão levar as meninas para os quartos, o negócio não vai nem levantar de tanta droga.- ele ri de canto e me afasto pra não dar muito na vista.

- ele ri de canto e me afasto pra não dar muito na vista

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