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Uma semana depois...

Júlia - Mas o que você está fazendo aí?- falo ao vê-la torcendo roupas no tanque e o varal já com algumas peças estendidas.- Eu e a Karina dissemos que iríamos te ajudar. Dio mio!- ela sorriu.

Amália - Eu sei, mas hoje acordei com uma disposição fora do comum e além do mais já estou enrolando muito pra fazer isso.- ela ri e se apressa em vir me ajudar.

Karina - Mas, como assim? Nem me esperaram.- reclamo ao ver o varal cheio das roupinhas de bebê. Rimos as três, por achar um mimo aquele monte de mini peças muito fofas.

Amália - Não se preocupe, tem mais um monte para lavar, só precisamos esperar essas secarem para desocupar o varal.

Karina - Ah, que bom. Quero muito ser útil de alguma forma.- sento e começo a tirar as etiquetas das roupinhas que ainda serão lavadas.

Amália - A senhora é útil todos os dias, desde que cheguei aqui.- ela sorriu.

Júlia - Eu faço questão de passar tudo depois, você não pode fazer muito esforço com essa barriga e nem se atreva a negar.- ela ri.

Amália - Eu vou amar!- coloco as mãos nas costas, de fato estou enorme e qualquer pouca coisa me cansa. Sento na cadeira e a dona Júlia logo fez o mesmo, não demorou muito para a Karina trazer uma jarra de limonada e cookies para nós três. Ficamos ali por um bom tempo conversando, eu particularmente estava admirando as roupinhas voando por causa do vento e imaginando que logo minha filha estará usando cada uma daquelas peças.

Paulo - Mas que bellissimo cortile (quintal lindo), e não estou me referindo as flores.- elas sorriram.

Amália - Como pode, um serzinho tão pequeno ter mais roupas do que eu.- rimos.

Karina - E se bobear, ainda é pouco. Pois sujam muito e crescem muito rápido.

Amália - Vai dar tudo certo!- acaricio a barriga, tentando convencer a mim mesmo.

Karina - Vai sim querida, estaremos aqui para o que vocês duas precisarem.- seus olhos ficam marejados e ela agradece.

Júlia - E já vai se acostumando porque essa bambina vai ser muito mimada.- todos concordam rindo.

Amália
A tarde, Karina lavou as roupinhas que faltavam enquanto dona Júlia se adiantou em passar as que já estavam secas e depois me ajudou a guardar. Foi gratificante ver as gavetas da cômoda quase completas, já que as outras roupas ainda estão no varal. O cheirinho de amaciante de bebê invadiu o meu quarto.
Acordei muito agitada hoje, subindo e descendo essas escadas, lavando roupinhas, arrumei todo o meu quarto e até o meu guarda roupa. Peguei a bolsa maternidade e já fui separando algumas coisas, para ela e para mim, mas a realidade é que estou um pouco perdida e nem sei o que colocar ali dentro direito.

Karina - Você tem consulta quando?- falo entrando no quarto dela com o restante das roupinhas já passadas pela minha mãe.

Amália - Minha nossa, coitada da dona Júlia, já tinha passado aquele monte e agora mais essas...

Karina - Ela amou fazer isso.- falo ajudando ela a guardar na cômoda.- Você ainda não respondeu.

Amália - Ah, na terça feira.

Karina - Eu e a mãe iremos junto com você, já não achamos boa ideia você sair sozinha com esse barrigão.

Amália - Eu estou bem, além do mais não quero atrapalhar, sei que vocês duas tem seus afazeres...

Karina - Você não atrapalha em nada, e além do mais já não tem muita escolha.- ela ri.

Amália - Vou amar a companhia das duas.

Karina - Eu quero aproveitar para andarmos pela cidade e comprar o que falta. O que vocês precisam.

Amália - Obrigada, não precisa se incomodar, acredito que já tenho tudo para esse início...

Karina - Pannolini, pannolini (fraldas), nunca são demais. Bambinos usam muitas por dia.- ela ri.

Amália - Obrigada! Estou um pouco perdida, não sei muito o que devo colocar na mala maternidade, mas essa dica foi ótima.- ela ri.

Karina - Não se preocupe, a gente sempre se sente perdida na primeira vez e é muito normal.

Amália - Muito obrigada por tudo.

Karina - Você está se sentindo bem? Estou te achando um pouco tristonha hoje, apesar das nossas risadas mais cedo.

Amália - Estou um pouco aflita, acho que é por estar muito perto do parto e eu queria ter encontrado com o pai dela, mas não consegui... É um misto de ansiedade e um pouco de medo.

Karina - Eu te compreendo perfeitamente, mas o que estiver ao nosso alcance iremos fazer por vocês duas.- seguro em sua mão.

Amália - Eu nem sei o que seria de mim sem vocês, não tenho nem palavras mais para agradecer tudo o que fazem por mim.- conversamos mais um pouco e ela desceu para fazer o jantar.

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