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Dia seguinte...

Lucas - Amara?- ela me olha ainda sonolenta.- Seu café.- levanto um pouco a cama enquanto ela se espreguiça.- Bom dia!

Amara - Bom dia!- ele senta na beira da cama e me alcança a xícara de café com leite que, olho com cara de poucos amigos fazendo ele rir.

Lucas - Toma.- troco o café com leite que visivelmente ela não gostou por um café preto. Não muito quente, não muito forte e com duas colheres de açúcar. Foi só o que consegui fazer ela aceitar, depois ela levantou tomou banho e ficou perto da janela pegando um sol.

Dom - Bom dia!- ambos respondem.- Passei pra você ir pra casa descansar um pouco.

Lucas - Eu aceito.- olho para ela.- Dom vai ficar aqui com você, mais tarde eu volto.

Amara - Tá bom!- ele se aproxima, pareceu que iria se despedir de alguma forma, mas desistiu, apenas disse um até logo e saiu.

Dom - Você já almoçou?

Amara - Não...

Dom - Bom, então esse é o nosso segredo.- tiro da mochila uma pequena bolsa térmica, dentro dela trouxe um sanduíche natural bem saudável e uma vitamina de banana e aveia. Fiquei feliz quando ela começou a comer.

Amara - Está uma delícia. Foi você que fez?

Dom - Sim, é uma das poucas coisas que aprendi com o Lucas.- ela ri.- Porque se depender de mim, sei que não devo, mas só como besteiras.

Amara - Obrigada, eu adorei.

Dom - Só não conta pro Lucas, se não ele vai tretar comigo.

Lucas - Tretar com o que?- volto para buscar a chave do carro que esqueci na cômoda dela.

Dom - Com nada!- ele olha para ela.

Lucas - Que isso?- ela olha para o Dom.- Você trouxe comida da rua pra ela?

Dom - Trouxe. Olha, ela está comendo.- falo animado.

Lucas - Cara, ela está hospitalizada. Não pode comer qualquer coisa.

Dom - Não é qualquer coisa, é aquele sanduíche de atum e a vitamina de banana com aveia, que você me ensinou. Tudo saudável.

Lucas - É inacreditável!

Dom - Deixa de ser chato! Ela tá comendo. Tá bom, não está?- pergunto para ela enquanto ele olha no celular.

Amara - Está uma delícia.

Dom - Tá vendo?- me exibo.

Lucas - Pode ficar? Estão pedindo para eu ir até o batalhão.

Dom - Claro, vai lá.

Lucas - Não sei que horas vou sair de lá, mas qualquer coisa eu te aviso.

Dom
Ele saiu um pouco preocupado com a mensagem que recebeu do batalhão. No final da tarde o médico do plantão passou e como ela estava bem e se alimentou, ele deu alta.

Amara
Fiquei feliz por sair do hospital, mas um pouco preocupada. Pensei em como seria esse abrigo para onde eu iria. O Dom só recebeu o endereço quando tive alta. É tão sigiloso que até o soldado só soube praticamente na hora.

Dom - Você vai ficar lá até a sua nova documentação ficar pronta, com certeza o lugar que você será enviada também será escolhido próxima a data de embarque...- explico enquanto andamos até o meu carro.

Amara - Quanto tempo mais ou menos?- pergunto já saindo do estacionamento do hospital.

Dom - Depende, mas geralmente é de duas semanas a um mês.- ela parece um pouco tensa e dá pra notar o seu nervosismo. Sigo dirigindo até o abrigo que ela irá ficar esses dias, até sermos fechados por um carro preto com os vidros escuros. Ela se assustou, mas já conheço aquela placa.- Calma, tá tudo bem.- afirmo. Não demorou muito para o Lucas descer do carro e vir na nossa direção, deixando ela mais tranquila.

Lucas - O que você está fazendo?- falo abrindo a porta do passageiro, onde ela está.

Dom - Estou seguindo o protocolo e levando ela para o abrigo.- ele estende a mão e tira ela do carro.

Lucas - O protocolo sou eu!- a levo até o meu carro, abrindo a porta para ela entrar.

Dom - Cara! O comandante sabe disso?- pergunto assim que ele volta para perto de mim.

Lucas - Você estava lá. Não ouviu quando ele disse que era pra mim cuidar dela?- ele ri de canto enquanto pego a mochila dela no banco de trás.- Nada de gracinhas.- falo saindo.- Depois te ligo.

Dom - Ok!- ele arrancou com o carro, levando Amara com ele.

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