Acordei Lena logo depois de Henrique sair daqui e a levei pra escola. Nem deu tempo de tomar o meu próprio café antes, mas quando voltei comi alguma coisa.
Uma mensagem chegou no meu celular de um número desconhecido e eu abri pra saber o que era.
"Deixei uma surpresa nos arquivados da tua galeria, pra tu não esquecer de mim." "Valeu por hoje, gostosa filha da puta" "obs. não abre em público"
Eu sabia exatamente quem era e por isso revirei os olhos rindo.
Eu abri minha galeria curiosa e fui na pasta de arquivados. A única coisa que tinha era um vídeo de 9 segundos. Eu apertei pra abrir e o vagabundo me gravou de quatro pra ele, enquanto metia em mim. O áudio dele gemendo baixinho misturado com o barulho dos nossos corpos se chocando era sensacional!
Minhas pernas automaticamente fecharam uma contra a outra me lembrando que agora a minha boceta tava ardida e sensível, do jeito que ele sempre deixava.
O sexo violento de Henrique mexia comigo num nível que nenhum outro sexo mexeu. Não que eu tivesse muitas experiências, mas eu nunca senti nada do que sinto com ele.
Não é nada sentimental, mas o jeito como ele me toca, sabendo exatamente onde e como tocar. Talvez faça o mesmo com todas as que ficam com ele, mas porra, eu sempre fico com um gostinho de quero mais.
"Você é um tarado, vou jogar esse vídeo em algum site pornô."
Sua resposta chegou em minutos.
"Pra todo mundo ver a sua bunda? Não não, esse privilégio é meu." "E se todo mundo ver o meu pau? Tu não quer que ele seja só teu?"
"Eu sei que não é só meu"
"Aproveita enquanto tá sendo, preta"
"Pode deixar, vou fazer bom proveito!"
"Isso mesmo. Vou trabalhar, daqui a pouco colo aí."
Eu só visualizei e bloqueei o celular. Suspirei passando a mão no rosto, desacreditada do ponto alto - ou baixo - que a minha vida estava chegando.
Porque se me dissessem que hoje eu estaria fazendo visita íntima e gostando, eu com certeza cairia na risada e obviamente não acreditaria.
Mas aqui estou eu, me submetendo ao trabalho mais baixo, pra prover dentro da minha casa e dar o meu melhor pela minha filha.
Milena é a minha vida, e agora eu sei que sou capaz de fazer qualquer coisa por ela, pra ver ela vivendo o que merece viver.
Meu telefone tocou e mais uma vez era um número desconhecido, eu atendi sem pensar duas vezes. Mesmo sabendo que não era Henrique, já que eu tinha acabado de salvar o número dele nos meus contatos.
- Alô? - eu não obtive respostas, mas ouvi um suspiro pesado do outro lado da linha e logo uma risada fraca. - Quem é?
- Oi, meu amor. - a voz dele ecoou na minha mente e eu respirei frustrada. Não era possível. Me ver no quarto da prisão não foi suficiente pra ele, pelo visto.
- Quem é? - eu perguntei me fazendo de doida, porque talvez assim ele pararia de vir atrás de mim.
- Ah, você é inteligente. E sua memória é boa demais pra esquecer de mim assim tão fácil.
- Tomara que você apodreça aí na prisão. - eu falei e desliguei na cara dele.
Eu tava tranquila, não queria ocupar minha mente com besteira. Por isso, levantei e fui colocar umas roupas pra bater na máquina.
O dia se passou rápido, era coisa de sete horas da noite e Hanna passou aqui pra buscar Lena pra ir pra casa dela, ela acabaria dormindo por lá, mas fiquei atenta se caso ela viesse devolver.
Eu já tinha jantado e arrumado a casa. Mas meu celular apitou, mostrando que era uma notificação de mensagem.
"Rola agora o açaí?" "É o TH"
"Oi, TH. Eu não posso agora, tô esperando a Lena voltar da Hanna."
"A gente deixa pra outro dia então." "Mas quer companhia? Posso até levar teu açaí aí na tua casa."
Meu Deus. Ele não parece que vai desistir.
"Hoje não, mas a gente marca algo pela semana!"
Eu dispensei e ele mandou só uma figurinha, eu não respondi mais.
Nem se eu quisesse iria rolar alguma coisa. Eu lembro bem das ameaças de Russo contra mim se eu me envolvesse com outras pessoas. Não quero comprometer ninguém.
As horas passaram, quando deu dez da noite, Hanna mandou uma foto de Milena dormindo na cama. Tão linda.
Respondi perguntando se ela queria que eu passasse lá pra buscar e ela negou dizendo que ia levar na escola amanhã de manhã.
Sabendo que Milena tava bem e dormindo, eu fui me organizar pra dormir também. Fiquei tranquila do meu horário de acordar amanhã, mas tenho certeza que meu corpo vai despertar antes das seis, como todos os dias.
Tomei um banho rápido e coloquei uma camisa grande, e uma calcinha de renda confortável. Me deitei na cama e simplesmente apaguei.
Acordei na madrugada com barulhos novamente na porta da frente e não me dei o trabalho de levantar, só senti a minha cama afundar e o cheiro amadeirado de Henrique passar pelo meu nariz.
Eu fingi que estava dormindo e ele passou o braço pela minha cintura, cheirando os meus cabelos. Puta que pariu, como que mantém os olhos fechados?
- Tu tem que parar de invadir minha casa, como você entra? - decidi falar baixinho, sentindo sua mão fazer um carinho de leve na minha nuca.
- Eu tenho a cópia da chave. E não, não vou parar de invadir. A casa é minha, tudo no morro é meu.
- Vou ignorar, porque não é você que paga. - eu falei ainda com os olhos fechados e ele soltou uma risadinha. - Tá fazendo o que aqui Russo? Gostou da minha conchinha?
- Tava difícil dormir, porra. Fecha o olho aí e finge que não me viu entrando, de manhã vai ser tudo sonho. - eu ri e ele beijou meu ombro e colou o corpo no meu. Eu só deixei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
VISITA INTIMA - Além do Sexo [CONCLUÍDA]
RomanceQuando não se tem opção, você acaba tomando decisões que podem mudar a sua vida. Foi assim com Valéria ao aceitar fazer visitas íntimas a um homem temido no Rio de Janeiro. Russo era conhecido no mundo do crime pelos olhos azuis intensos e por não...