Capítulo 56 - último.

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Chegamos no hotel depois de ter passado a manhã e metade da tarde lá com a mãe dele, ajudei ela com a ceia e aproveitei pra conhecer um dos tios dele que tava por lá. E agora eu estava quase pronta pra ir pra casa da minha sogra passar o natal.

Era até estranho falar isso, mas eu estava feliz que Russo me mostrou esse lado dele.

Antes de dormir ontem, ele me falou sobre como aconteceu tudo e o porquê de ter afastado eles.

E realmente a razão de ele ter feito tudo o que fez foi pra proteger a família dos inimigos dele. Infelizmente no crime, quando querem afetar alguém, eles colocam a família em mira.

Pra evitar isso, Henrique mandou todos pra cá.

- Tá pronta, pretinha? - Henrique perguntou saindo do banheiro com a toalha enrolada na cintura.

- Quase, falta só passar perfume e colocar meus acessórios. - ele assentiu colocando a calça. 

- Então faz o seguinte... - ele foi até a mochila que ele trouxe e tirou uma caixinha de veludo me fazendo automaticamente sorrir. - Coloca meu presente de natal também, pô.

- Mas já? - peguei a caixinha da mão dele abrindo e vendo que tinha um cordão dentro e um pingente cravejado da minha inicial. Abri a boca surpresa por ver aquela perfeição.

Russo acertou em cheio.

- Coloca aqui por favor. - eu estendi e virei de costas pra que ele colocasse o cordão no meu pescoço. Passei o dedo pelo pingente e meu sorriso abriu mais ainda.

- Obrigada, amor... - virei e encarei seu rosto. Beijei sua boca num selinho demorado pra não borrar o gloss e quando nos separamos ele passou a língua entre os lábios fazendo careta.

- Tu tem que me avisar quando tiver usando essa parada. Olha aí a minha boca agora. - ele reclamou e eu revirei os olhos rindo terminando de colocar os acessórios e a sandália baixa.

Meu presente de natal pra ele também foi adiantado, foi a camisa que ele tá usando agora, da marca que ele falou que queria a uns dias atrás e eu dei meu jeito de conseguir comprar e esconder pra entregar só um dia antes da viagem.

- Você tá um gato, lindo demais. - eu falei deixando ele sem graça.

- E tu eu nem preciso dizer né. Sempre tá uma deusa. - ele chegou mais perto beijando meu pescoço. - Vamos?

- Vamos! - peguei a bolsinha que eu separei e descemos o elevador indo pro estacionamento do hotel.

Henrique dirigiu tranquilo até a casa da dona Ana e na frente da casa dela tava cheio de carro. Deu um friozinho na barriga de conhecer a família toda dele, eu nunca fui tão sociável.

- Tá tranquila? - ele questionou.

- Tô nervosa, mas tô tranquila.

- Você é perfeita, eles vão te amar. - ele respondeu e saiu do carro. Esperei ele dar a volta e abrir a minha porta também, saí do carro e observei ele indo buscar no porta malas os presentes que compramos pra família mais próxima dele.

Entramos direto, passando pela porta. Estava um barulho de conversação, mas assim que Russo entrou pela porta segurando a minha mão, pararam de falar e encararam ele incrédulos.

A mãe dele pode ter mantido o segredo de que ele viria só pra ver a reação do restante da família, ninguém tava preparado.

- Caralho, mermão! - um homem muito parecido com Russo levantou do sofá e correu até nós pra bater na mão do Henrique e abraçar ele com força. - Bem vindo de volta, pô. Essa é a...? - ele me olhou rindo.

- Valéria. - respondi com um sorriso tímido.

- Minha mulher, pô. - ele olhou admirado pra Russo e me cumprimentou também.

Depois disso foi uma loucura, cumprimentei tanta gente, abracei pessoas que nunca vi na vida, mas foram extremamente simpáticas comigo.

A família dele é muito acolhedora, isso me deixou mais a vontade no ambiente.

Dona Ana me arrastou pra onde as mulheres estavam, os homens ficaram na sala e as mulheres vieram pra cozinha, estávamos conversando e observei que tinham duas meninas novas, pareciam ter acabado de sair da adolescência.

Elas olhavam de cinco em cinco minutos pra sala e cochichavam entre si. Ignorei e continuei prestando atenção no que dona Ana falava pra mim e pras cunhadas de Russo. E tinha a irmã dele também, que de primeira não falou muita coisa, mas agora desandava a falar.

- Cadu tava falando que vai me levar pra conhecer o Rio esses dias, Val. Vamos marcar da gente sair quando eu estiver por lá. - Beatriz, esposa do Cadu falou e eu sorri concordando.

- Poxa, claro! Me avisa quando vocês forem que a gente marca sim! - eu falei.

- Me avisa também quando vocês forem porque quero ir junto visitar meu filho. - dona Ana falou e nós rimos.

Olhei no relógio vendo que já ia dar onde e meia. Mandei mensagem pra Hanna perguntando se Lena tava bem e ela respondeu com uma foto da Lena sorrindo cheia de chocolate ao redor da boca.

Ouvi dona Ana chamando todo mundo pra ir pra mesa enorme que ela tinha preparado desde cedo perto da árvore de natal. Russo veio na minha direção e segurou minha mão.

Minha visão foi logo nas duas meninas que olharam Russo de cima a baixo e se encararam, eu suspirei apertando com mais força a mão dele.

- Quem são? Não lembro de ter falado com elas. - eu questionei baixinho e ele olhou na direção que eu tava apontando discretamente.

- Não faço idéia de quem seja. - respondeu dando de ombros e eu ri.

- Tão te secando desde que você chegou. Por isso eu vejo a necessidade de uma aliança daquelas enormes.

- Ciúmes, amor? Respira aí, eu sou só teu. - me passou pra frente dele e beijou meu rosto espalmando a mão pela minha barriga.

Ele era só meu. Porque eu tava preocupada?

Não dei mais atenção pra elas e aproveitei a noite com quem realmente importava.

VISITA INTIMA - Além do Sexo [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora