Paulo Henrique.
Valéria me paga.
A filha da puta veio com aquele discurso de "só dormir" mas agora tá aqui, nove da manhã chupando a cabeça do meu pau. Foi assim que ela me acordou hoje, acordei duro e ela decidiu que era uma boa ideia se enfiar embaixo das cobertas pra resolver meu problema.
- Valéria, porra... - falei baixinho e fechei os olhos com força sentindo sua língua explorando a extensão do meu membro.
Eu já tava vendo estrelas.
Ela começou a colocar pra dentro, fazendo uma garganta profunda bem devagar, me fazendo soltar um gemido arrastado. Tava bom demais, aquela mulher era um pecado de tão gostosa.
Ela fez movimentos com as mãos, apertando e chupando ao mesmo tempo, entreabri minha boca sentindo ela chupar com força e vontade, eu não via a cara dela, mas só de saber que era a boca dela trabalhando ali, eu já ficava excitado.
Eu não demorei pra gozar na sua garganta, ela foi tirando o cobertor de cima e apareceu com a cabeça bem em cima da minha barriga com as duas mãos apoiadas na cama, os cabelos cacheados estavam bagunçados, mas o olhar dela pra mim não negava que ela gostava.
- Porra, me acorda assim todo dia que eu te dou o que você me pedir. - eu falei com a voz mais rouca que o normal.
- Eu quero um carro, uma carteira de motorista, uma casa de dois andares com piscina e jardim, um cachorro e um macaco. - ela falou e eu ri. - Se você tiver tudo isso pra me dar, eu posso pensar em te acordar assim todo dia.
- O cachorro tu já tem eu, o macaco a gente pode negociar. - eu falei ouvindo a risada dela.
- Gostou? - ela perguntou e eu neguei com a cabeça.
- Minha porra na tua garganta é a resposta. - eu respondi e ela me encarou engatinhando mais pra cima até estar sentada no meu abdomem.
- Bom dia, Russo. - ela falou arranhando meu peitoral e eu sorri de lado.
- Bom dia, preta. Ótimo dia, excelente. - ela riu se aproximando mais. - Quer tomar café fora?
- Milena tá em casa e ela não te conhece ainda, fora que ela não vai acordar tão cedo, dormiu praticamente de manhã. - ela falou e foi se levantando me dando uma visão privilegiada da sua bunda redondinha com a calcinha de renda preta.
Minha mão foi no automático pra deixar um tapa bem dado ali, pra ficar a marca dos meus cinco dedos.
Ela riu safada e pegou a toalha pra tomar um banho.
- E um almoço? - ela me olhou por cima do ombro, ainda de costa pra mim.
- Pode ser, depois você vem aqui. - ela deu de ombros indo pro banheiro e eu fiquei ali. Peguei meu celular respondendo Fogo
"Dez da manhã já, porra. Tá aonde?"
"Na puta que pariu."
Eu tava de saco cheio dele, o cara é meu parceiro, mas quando se trata de trabalho, ele não sabe separar.
Parceria é parceria, trabalho é trabalho.
Ouvi o barulho do chuveiro sendo ligado e fiquei na dúvida se entrava no banho com ela ou não. Mas ela não me chamou, então fiquei ali pensando na vida e no que faria assim que pegasse o morro de novo.
Fogo assumiu assim que eu fui preso, deixei tudo na mão dele e eu sempre estava ciente do que acontecia.
Mas eu não podia assumir de volta enquanto não conseguisse limpar minha ficha, pra deixar de ser foragido. Aí sim também conseguiria me manter fixo aqui.
Mas antes de tudo se resolver, eu estava sem casa, sem cargo, só existindo e me escondendo.
Valéria saiu do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Um cheiro de sabão veio e eu até respirei fundo pra sentir melhor.
- Vai tomar banho não? - ela perguntou.
- Lá na boca, preta. - eu falei e ela assentiu.
- Mas se quiser tomar aqui, tem problema não. - observei ela abrindo as portas do guarda roupa. Ela pegou um short, uma camisa que reconheci ser minha. Como que veio parar aqui?
Eu travei quando ouvi um barulho de helicóptero. E gelei ainda mais percebendo que ele tava baixo, ao ponto de sentir o tremor na terra.
- Puta que pariu. - eu falei.
- O que é isso? - Val me encarou desesperada.
- Não posso sair daqui tão cedo, se esses filhos da puta me verem saindo, vão atirar pra cima. - eu falei pegando a minha arma que sempre deixava na gaveta dela e abri um pouco da janela.
- Henrique, o que é isso?
- Polícia. Bope, federal, um desses caralhos. Se vieram com helicóptero é porque tão preparando pra invadir. É um aviso.
A menina dela começou a chorar no quarto ao lado e Valéria tratou de vestir a roupa que tinha escolhido, nas pressas mesmo.
- Fica aqui. Se esconde aqui, eu vou ficar com Lena. Mas assim que ela tiver melhor, eu venho e você tenta sair.
- Te preocupa não, daqui eu me viro. - puxei meu celular vendo ela sair do quarto correndo pra o outro cômodo.
Mandei logo mensagem pros caras que estão na barreira.
"Tem sinal de verme aí pela entrada?" - eu mandei no grupo da contenção.
"Não, Russo. Movimento tá só no ar." - um dos vapores respondeu.
"Preciso que me cubram, tô aqui na rua de cima. Rua 6." "Mantém essa porra longe daqui, tem inocente perto."
Eles confirmaram e logo uma mensagem do Fogo chegou no meu privado.
"Tá na casa da tua fiel?" - ele mandou e eu sabia que era num tom de sarcasmo, não era a primeira vez que ele tocava nesse assunto, mas o clima tava tenso demais pra me fazer rir.
"Não fode, caralho. Tá aonde que não tá tacando bala pra cima desses filhos da puta?"
"Tá bravinho? O chá não tá dando conta?"
"Vai tomar no cu, sinceramente."
"Tô na boca, porra. Não dá pra sair não, e nem atirar pra cima. Os olheiros da laje disseram que eles estão armados, são seis voando lá."
"Só vou sair daqui quando esse bagulho parar de sobrevoar."
"Qualquer coisa aciona aí, parceiro."
Desliguei o celular e sentei na beirada da cama passando a mão no rosto.
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VISITA INTIMA - Além do Sexo [CONCLUÍDA]
RomanceQuando não se tem opção, você acaba tomando decisões que podem mudar a sua vida. Foi assim com Valéria ao aceitar fazer visitas íntimas a um homem temido no Rio de Janeiro. Russo era conhecido no mundo do crime pelos olhos azuis intensos e por não...