Capítulo 23

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NARRAÇÃO DA AUTORA.

A madrugada era fria no Rio de Janeiro, não tinha muito movimento nas ruas, caía uma chuva fraca, pra deixar o clima ainda melhor.

Mas tinha um homem, disposto a qualquer coisa pra ter de volta o que pra ele, nunca se perdeu.

André andava mancando devido à perna que foi quebrada durante a rebelião, ele não tinha se recuperado, a ferida ainda estava aberta, fedendo e doendo.

E ele sabia que não dava pra se esconder por muito tempo, ele não podia correr, nem dirigir. Por isso, decidiu fazer o que ia fazer nesse exato momento.

Ele andava desorientado, mas sabia exatamente pra onde ia. Sabia exatamente o caminho da liberdade dele.

Ele só precisava de um passo e então tudo estaria resolvido. Fácil.

Finalmente André chegou na delegacia, local que ele estava passando longe nos últimos dias, mas hoje era o fim disso.

Ele faria isso pela mulher e pela filha.

André há três anos atrás, quando abandonou a namorada com a filha em casa, achava que tinha acabado com a vida delas. Achava que Valéria não conseguiria se reerguer.

O dia em que a viu na cadeia, fazendo visita íntima pra Russo, foi o dia em que viu que perdeu uma vida do lado dela. Mas agora não ia adiantar muito, mesmo que ele fizesse a maior loucura da vida dele pra que tenha as duas de volta.

- Boa noite, senhor! - uma policial de plantão da delegacia falou e ele acenou observando seu crachá com o nome "Duarte" estampado.

- Boa noite! - ele tirou o chapéu e os policiais ficaram logo alarmados, reconheceram ele depois de ter a sua foto passando por todos os canais policiais.

- Mostre suas mãos! - ele estendeu as duas mãos e olhou tudo em volta.

Tudo estava contra ele, tinham duas armas apontadas na sua direção.

- Eu preciso falar com um delegado. - ele falou decidido e a policial tratou de algemar suas duas mãos atrás do seu corpo.

Não foi falado mais nada. André apenas foi encaminhado pra sala de interrogatório onde fez uma careta de dor ao ser forçado a sentar na cadeira de ferro.

Não demorou muito até que Guimarães aparecesse, o agente do BOPE estava incansável a procura de André e Henrique. Ele era o responsável pela busca dos dois fugitivos que saíram da cadeia.

- André Torres... Se eu soubesse que ia se entregar fácil assim, eu não teria ido atrás da sua ex mulher. - ele entrou na sala falando e atraindo a atenção de André.

- Eu não vim pra me entregar! - ele falou e Guimarães fez uma cara duvidosa. - Eu vim negociar a minha liberdade. Tenho o paradeiro exato de Paulo Henrique, vulgo Russo.

VISITA INTIMA - Além do Sexo [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora