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DEAN

O corpo da minha enteada parece relaxado contra o colchão macio, mas sua testa continua franzindo enquanto ela vira de um lado para o outro, parecendo inquieta no seu sono por breves segundos. Luto contra a vontade de deitar ao seu lado  e confortá-la em meus braços, porque eu sei onde acabaríamos se eu começar a tocar nela e prefiro não fazer quando minha mente está tão confusa. 

Relutantemente, deixo a cadeira ao lado da sua cama, de onde a estou observando pelas últimas duas horas e vou para o meu quarto. A casa está silenciosa e quase posso acreditar na fantasia que somos apenas nós aqui. Quase.

Encontro meu celular exatamente onde o deixei, em cima da minha cama, e ligo para Lily. Dois toques são o suficiente, mas é Sarah quem atende. Não é novidade que a mulher compartilha certo nível de  antipatia por mim, mas isso nunca me importou até agora, quando ela continua resistindo em entregar o telefone para Lily, enfatizando que vou atrapalhar sua evolução com minha negatividade.

Tipo, sério? Eu fui o cara que ficou ao lado dela nos últimos anos. 

— Você realmente não quer me irritar agora, querida.Passe o celular para minha esposa ou vou te fazer engolir a merda do aparelho quando te encontrar novamente.

— Sr. Lawrence! O senhor não pode me ameaçar.

— Bem, acho que já fiz isso. Você sempre pode se demitir e me processar, eu realmente não me importo. 

— Informarei a sua mulher que ligou, tenha uma boa noite.

— Não desl...

Porra!

Arremesso o celular contra a parede e agarro minha nuca. 

Tem algo muito errado com essa mulher e preciso descobrir. Vallie já me deu sua própria opinião e ficará do meu lado quando eu dispensar a maldita enfermeira. A única que pode resistir é Lily, mas isso não será problema quando eu oferecer uma vaga na equipe de pesquisa ao meu lado, porque embora ela negue, sei que sente falta. Ela é uma grande cientista e tenho certeza que sabe que seu ex está no comando da equipe principal. O que, obviamente, me deixa furioso. A porra do meu progenitor poderia ter me avisado.

Maldito Michael.

Eu o conheci quando ainda era o aluno de Lily, sua genialidade era famosa por tanto o campo e o homem andava pelos corredores do prédio como se fosse a porra de um Deus. Ele era arrogante e irritante, mas eu nunca fui um dos seus fãs. Eu odeio que ele tenha entrado em contato com a minha garota. 

Ela é minha. 

Não dele. 

Não de Lily.

Vallie Simmons faz parte de mim, da minha escuridão, mente e alma. Ninguém toca o que é meu.

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