Padrasto. (+18)
Vice= Vício.
Vallie Simmons sente que Dean Lawrence é perigoso, mas não consegue resistir à paixão avassaladora. Ela terá que escolher entre a lealdade à sua mãe e o amor proibido por seu padrasto, que pode custar a sua vida.
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DEAN
Encaro a xícara de café na minha mão como se fosse uma planta carnívora prestes a devorar meu braço.
Eu me sinto como um rato em um laboratório cheio de cientistas malucos que vão me usar para as mais perversas experiências sem pensar duas vezes. A pior das pegadinhas e eu não posso fazer nada a respeito. Estou de frente para o meu pai e eu nunca odiei mais em toda minha vida. Deveria ter previsto seus movimentos antes que as consequências pudessem chegar à minha porta. Tarde demais.
Lava tudo de mim para que eu permaneça sentado na porra dessa mesa, respirando o mesmo ar não só dele, mas o ex-marido da minha mulher e a própria Lily.
Faz uma semana desde que vallie confrontou à mãe no café da manhã, eu deveria saber ali que não deveria confiar na minha adorável esposa. Apenas as peças não faziam sentido, mas agora eu vejo com clareza. Como seus olhos brilham de forma desesperada e até mesmo obsessiva, a mulher que passei anos da minha vida, gastei minha energia, minha juventude nunca esqueceu do seu ex. Espero que a descoberta disso me cause algum dano, porém nada acontece. Meu relacionamento com Lily foi regido por raiva e culpa, dei-lhe meu sobrenome e apoio para recompensar o que eu tirei dela. Apesar de todo esse tempo juntos, nunca conseguimos estabelecer uma conexão mais profunda.
A mistura de vozes entorpece meus sentidos e quase me perco novamente. Essa voz.
Fecho os olhos, respiro e volto ao controle dos meus pensamentos.
— Filho, quero apresentar Michael Davie's.
Bufo.
Fodido Michael em carne e osso.
— O que você pretende com isso? — questiono, segurando o olhor do meu pai. Seu rosto é uma paisagem inexpressiva, um deserto morto.
— O que eu pretendo com isso? — ele joga de volta, um pequeno tic fazendo o canto esquerdo da sua boca tremer. Meu pai se levanta do seu assento e descansa a mão no ombro de Lily. É um aviso. Ele quer que eu olha para minha mulher, olhe de verdade e enxergue o óbvio.
Eu já fiz isso, pai.
A sala inteira está em silêncio, observando nossa interação. Pai e filho. Somos o reflexo um do outro fisicamente, seu cabelo sendo um tom mais escuro que o meu, apesar de curto. A diferença está nos mínimos detalhes, enquanto a postura dele atrai todo tipo de atenção, cada parte de mim grita para manterem distância.
— Estou apenas retomando um investimento promissor. — argumenta, com seu tom profissional.
Meus músculos contraem.
— Promissor? Essa pesquisa quase destruiu o nome da nossa família, você precisou gastar milhões para esconder as consequências das experiências desse maluco! — estou praticamente perdendo o controle, gritando e mostrando o quanto me importo. Isso é um erro.